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27 de dezembro de 2018

Iluminada pela lua

Série A Sociedade de St. James

Royden Napier, Barão de Saint-Bryce, é um homem alto, moreno e implacável...e está a caça de uma perigosa beleza...

Na véspera de sua fuga ao Continente, a formosa e audaz Lisette Colburne aceita uma proposta que não se atreve a recusar, se passar pela futura esposa de Royden Napier, o homem de olhos de aço e ajudar-lhe a resolver seu caso mais perigoso. 
Logo Lisette se vê imersa em um perigo ainda maior: o seu coração despertar nas mãos do único homem que tem o poder de destruí-la.
Repudiado por sua aristocrática família, o enigmático Napier tem a reputação de um Inspetor de polícia implacável. Prometeu levar Lisette à justiça, mas com cada beijo proibido e a cada tentadora carícia, cada vez está menos convencido de sua culpa... e mais seguro de que Lisette precisa ser sua.
Mas quando o perigo a tocar poderá salvá-la?








Série A Sociedade de St. James

18 de dezembro de 2018

As Pérolas da Noiva

Série A Sociedade de St. James
Sob a elegante fachada da alta sociedade vitoriana, as regras do perigo e do desejo são as únicas aplicáveis aos homens misteriosos da Sociedade St James. 


Uma dama muito apropriada que foge de sua casa em um canto distante do Império Britânico, confiando sua segurança e seu coração a um estranho fora da lei de uma Londres vitoriana. 


Série  A Sociedade de St. James
1 - Tocada pelo Escândalo
2 - O Vestido da Noiva
3 - As Pérolas da Noiva
4 - Iluminada pela lua

O Vestido da Noiva

Série A Sociedade de St. James
Desde sua primeira infância, Anaís de Rohan foi treinada para fazer parte de uma sociedade secreta cuja presença é, para muitos, dificilmente uma lenda.
Mas quando apresentada na cerimônia de iniciação, o resto dos membros, todos os homens, revelam-se interessados apenas em sua atratividade física e em seu caráter apaixonado.
Quando tudo parecia perdido, um dos líderes mais enigmáticos do grupo a desafia: se Anaís deseja fazer parte da sociedade, ela deve participar de uma missão cheia de perigos para resgatar uma garota que esconde um presente misterioso.
Para fazer isso, Anaís não só deve arriscar sua própria vida, mas também se passar como a nova noiva de Lord Bessett, um nobre de reputação duvidosa.
À medida que a intriga e conspirações crescem, Anaís percebe que talvez o perigo real seja o próprio Senhor, que se tornará uma tentação impossível de resistir.


Série A Sociedade de St. James
1 - Tocada pelo Escândalo
2 - O Vestido da Noiva
3 - As Pérolas da Noiva
4 - Não Traduzido

16 de junho de 2018

Tocada pelo Escândalo

Série A Sociedade de St. James
A única coisa que Grace Gauthier sempre quis foi a segurança de um bom matrimônio, uma família e um lar.

Em lugar disso, desprezada pela aristocrática família de seu pai por causa da origem estrangeira de sua mãe, aceitou um emprego seguro como governanta. 
Agora, desprotegida e sozinha em Londres, acusada do escandaloso assassinato de seu empregador, não tem ninguém a quem recorrer exceto o misterioso, e possivelmente perigoso, lorde Ruthveyn. Um demônio de olhos negros, Ruthveyn guarda seus segredos com muito zelo. Seu turvo passado é uma fonte de sofrimento e rumores… só sussurrados. A precária situação de Grace, que lhe recorda a sua, comove — o, assim como sua serena beleza. Ruthveyn está decidido a salvar Grace desmascarando um assassino. Mas sua crescente paixão ameaça seu coração e ameaça trazer à luz seus obscuros dotes ante o mundo.

Capítulo Um

Somente os bons morrem jovens
Londres, 1848.
Sangue, sangue por toda parte.
Surda aos sussurros e aos passos apressados que foram e vinham pelo corredor, Grace Gauthier levantou suas mãos e as olhou com desapaixonado atordoamento a olhou para elas com um deslumbrante desapontado com a luz cintilante das lâmpadas. Tinha a sensação de que seus dedos e palmas, e até os punhos rasgados de sua túnica, pertenciam a outra pessoa.
Do outro lado do corredor chegavam sussurros cautelosos.
— Está atordoada pela impressão, verdade?
— Sim, e ele morreu assim que caiu no chão.
Grace estremeceu.
Ele sofreu? Tomara que não. Baixou as mãos, fechou os olhos e se recostou contra a parede da sala para deixar de tremer, mas em seguida compreendeu que o tremor lhe vinha de dentro, dos mesmos ossos, e que não seria fácil pará-lo.
Em alguma parte, no piso abaixo, soluçava uma mulher. Ela também deveria estar chorando. Por que não chorava? Por que não conseguia entender tudo aquilo?
— Senhorita Gauthier?
Aquela voz que assassinou seu nome, lhe chegou de muito longe, mas Grace não se alterou. Sentia — se como se estivesse em um túnel, muito, muito longe daquele silencioso caos. Mas não o estava. Estava ali, Ethan tinha morrido e tudo aquilo lhe pareceria de repente espantosamente real. Os longos meses que tinha passado nos campos de batalha do norte da África tinham-lhe ensinado que o atordoamento ante a morte não era mais que um alívio passageiro.
— Senhorita? —repetiu aquela voz.
Uma voz inglesa, mas não cultivada. Tampouco como a do Ethan, entretanto. Desprovida da dureza e o aprumo da voz de um homem que fez a si mesmo.
— Sim? —disse e se obrigou a abrir os olhos.
Uma mão cálida e grosa se deslizou sob seu cotovelo.
— Lamento, mas tem que me acompanhar à biblioteca, senhorita.
Separou-se da parede e avançou com ele pelo corredor como um autômato. Como se chamava? Havia dito a ela quando entrou no escritório de Ethan, aquele homem largo e corado que a segurou firmemente pelo cotovelo. E repetiu quando a tirou do cadáver, com uma voz suave e reconfortante, como se estivesse falando com uma garota.
Ou com uma mulher louca.
Mas seu nome lhe escapou, juntamente com todas as suas esperanças.
A puxou rapidamente para o escritório, onde vários homens de uniforme azul e botões metálicos falavam em voz baixa, e a fez descer pela ampla escada, onde a corrente que entrava pela porta aberta agitou as saias de seu roupão. Os soluços procedentes do interior da casa se converteram em um desumano gemido de aflição.
Ela vacilou, o corrimão da escada era frio como o corpo do Ethan sob sua mão.
— Deveria ir —murmurou— Devo ver Fenella… à senhorita Crane.
Mas o homem a ignorou.
— Só um par de perguntas mais, senhorita —disse sem afrouxar o passo — logo poderemos…
Interrompeu-se ao ver aparecer outro homem. O quarto, pensou Grace. Ou o quadragésimo, possivelmente. Estava tão aturdida que não tinha idéia.
Mas, a diferença dos outros, aquele não levava uniforme. Ia elegantemente vestido, para ir ao teatro. Com a capa negra agitando-se ao redor de seus tornozelos, materializou-se como um espectro entre a névoa de Londres, subiu os degraus e, tirando as finas luvas de pelica, cruzou a porta aberta como se fosse o dono daquela casa e de tudo que havia nela.
O absurdo de tudo ameaçou mergulhar Grace em histeria. Ethan morreu em um poço de sangue, atrás de sua mesa, em sua própria casa. E o resto de Londres continuou assim? As pessoas ainda foram ao teatro?
O recém-chegado caminhou com entusiasmo pela pilha de malas no lobby e se dirigiu para elas. Seus passos ecoaram energicamente no belo piso de mármore.
— Boa noite, vice-comissário.
O homem que escolta Grace permaneceu firme enquanto colocava o chapéu alto debaixo do braço.
O recém-chegado parou a poucos passos de distância deles e rapidamente olhou para Grace.
— Boa noite, Minch. Esta é senhorita Gauthier?
Pronunciou seu nome impecavelmente, Go-tié, como se fora francês de nascimento.
— Sim, senhor —disse Minch—. O capitão informo-lhe?
— Não foi preciso. O próprio Sir George considerou conveniente arrastar-me para fora da ópera.
O homem, o comissário ou o que quer que fosse, inclinou a cabeça para olhar nos olhos dela. — Meus mais sinceros pêsames, senhorita. Entendo que o falecido era seu noivo.
Grace tentou segurar seu olhar, mas estava frio como gelo.
— Oui, eu… nós… tínhamos… —de repente, uma quebra de onda de pena e horror esteve a ponto de afogá-la. — Tinhamos um acordo.
O recém-chegado assumiu o controle da situação.
— O sargento Minch nos acompanhará ao salão, onde podemos falar em privado —disse— Se tiver a bondade de acompanhá-lo…
Era a primeira indicação que lhe davam que não soava como uma ordem marcial. Soava, em realidade, como algo muito mais perigoso que isso. O vice-comissário a agarrou pelo braço e um instante depois Grace se achou sentada na poltrona favorita da Fenella, junto à chaminé, com uma taça de conhaque na mão.
— Beba-lhe senhorita.
Passado um tempo, levantou o olhar e viu que estava a sós com aquele homem moreno de nariz afiado como uma espada. Tirou a capa e as luvas e a olhava com serena intensidade.
— Onde está a senhorita Crane? —sussurrou Grace, puxando nervosamente os punhos ensangüentados de sua bata—. Deveria… deveria me trocar e ir em sua busca.
O vice-comissário desviou o olhar.
— Dou-lhe meus mais sinceros pêsames, senhorita —repetiu. — Os baús e as malas que há no corredor… entendo que são deles.
Grace umedeceu os lábios e sentiu o sabor do conhaque, que não recordava ter bebido.
— Sim, ia a casa de minha tia —conseguiu dizer. — Para que Ethan, o senhor Holding, mandasse o anúncio aos jornais manhã.
— O anúncio? —Entreabriu os olhos. — De seu compromisso?
— Sim. — Sua voz quebrou. — Seu ano de luto havia… tinha acabado.
E o seu acabava de começar, de novo.
—Temo, senhorita —acrescentou ele— que não posso permitir que leve a bagagem esta noite.
—Esta noite? —Grace piscou. — Mas…





Série A Sociedade de St. James
1 - Tocada pelo Escândalo
2 - O Vestido da Noiva
3 - As Pérolas da Noiva
4 - Não Traduzido