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10 de janeiro de 2009

Série Blackthorn

1 - TORRENTES DE PAIXÃO

Um romance místico numa época medieval com crença de vidas passadas.

A Heróina ousada vive um romance numa época, em que as bruxas eram temidas e perseguidas.

Aqui vemos a combinação de personagens modernos com todo ambiente de época.


Escócia 1072

Lorde Damron não passa de uma presença poderosa e sombria nas ruínas do Castelo Blackthorn.
Mas o olhar penetrante no rosto retratado naquele quadro parece hipnotizar Lydia Hunter, levando-a a se postar diante dele e se deixar transportar através dos séculos, para tornar-se lady Brianna, a doce amada do senhor do castelo...
Sua atitude feroz nos campos de batalha são de grande valia para dispersar rapidamente os inimigos.
Ele precisa reivindicar seu reino e sua noiva, mas só existe uma maneira de reivindicar o coração de Brianna...
Pois somente o intenso desejo e a natureza intempestiva de Damron e firme determinação será capaz de recuperar um amor que transcende o tempo...

Prólogo

País de Gales, 1072
Olhares curiosos seguiam a subida do homem.
Seu casaco agitado pelo vento lembrava as asas de um pássaro. Todos jurariam mais tarde que os pés do homem não haviam tocado nas pedras.
Ninguém ousava se intrometer em sua solitária escalada; porém, o homem se prontificava a ajudá-los sempre que precisavam de alguma coisa.
O povo do lugar apenas o observava, pois ele já havia ajudado os seus pais, assim como os seus avós.
Ele nunca envelhecia.
A figura mística parou no topo dos recifes diante do mar turbulento e ficou à espera do Dançarino das Nuvens.
Seu olhar seguia o vôo da enorme águia. Atento, escutou o grito estridente, que lhe disse o que ele esperara ouvir por tantos séculos.
Brianna está chegando.
O homem saudou a aproximação da tempestade e riu quando sentiu em sua cabeça o roçar das penas brilhantes e negras da ave.
Em seus olhos e em seus lábios surgiu um sorriso de alegria e antecipação.
O Dançarino das Nuvens pousou no pulso do homem. Os dois não precisavam de palavras para se entenderem, e ambos olharam para nordeste, em direção à Irlanda.
A tempestade chegaria logo.
O homem tinha muito a fazer antes de começar a sua viagem. Levantando o braço, ele lançou ao ar a enorme águia, que mais uma vez voou ao encontro das nuvens.
O homem tocou o talismã que estava pendurado em seu peito.
Levantou o rosto para os céus e fechou os olhos. Uma palavra saiu de seus lábios. Tocada pelo vento, ela soou forte, vencendo o rugido de um trovão.
— Venha!


  2 - O GUERREIRO SEM ALMA








Escócia, 1073

Coração de guerreiro...
Alma de amante!

Mereck de Blackthorn jurou que jamais se apaixonaria, pois fora amaldiçoado com o poderoso sangue dos Sem Alma.
Contudo, ele precisava se casar, e ao conhecer Lynette de Caer Cadwell, viu-se disposto a afastá-la do jugo do pai violento, ainda que se recusasse a lhe entregar o coração...

Com um pai cruel e determinado a livrar-se dela, a corajosa Lynette não conseguiu evitar o casamento com o temível Mereck.
Logo, porém, descobriu que Mereck não era o bárbaro selvagem que ela imaginava, e que os beijos daquele homem a incendiavam por dentro, despertando uma paixão intensa e avassaladora, que ela ansiava por libertar...

Prólogo

Castelo Blackthorn, Escócia, 1050

O jovem Mereck de Blackthorn espiava a mulher corcunda, que se arrastava com os pés retorcidos e as pernas tortas. Ela exigira entrada nos portões do castelo com voz surpreendentemente forte, que tinha se sobreposto ao falatório da multidão e aos ruídos das carroças e dos cascos dos cavalos.
— Meu nome é Beyahita e vim para contar a história dos Baresark mais conhecidos como Sem Alma.
A voz da mulher causava arrepios, mas Mereck aproximou-se mesmo assim. Beyahita, mais astuta do que a aparência levava a crer, havia feito um acordo com lady Neilson, que com freqüência buscava avivar as longas noites de inverno com contadores de histórias.
Em troca de comida e abrigo, ela tinha prometido uma nova narrativa a cada noite. Contaria as lendas do País de Gales sobre os Sem Alma, homens que se transformavam parcialmente em animais quando enraivecidos.Naquela noite sem lua, após todos terem jantado e as crianças terem sido levadas para a cama, Mereck saiu nas pontas dos pés do quarto que dividia com o meio-irmão e os primos.
Os dentes tremiam, por isso apertou o manto que trazia nos ombros.
Conforme ele avançava rente às paredes escuras do grande salão, Beyahita dava início à primeira narrativa.
— Um menino robusto de nome Gruffyd nasceu à meia-noite do último dia de junho no ano de 943. O bebê deu o seu primeiro grito quando a mãe suspirou pela última vez.

Capítulo Um

Castelo Wycliffe, Inglaterra, 1073

Lynette observava com olhos arregalados o homem que estava diante da lareira.
Era mais baixo do que ela, as calças sujas pendiam sobre os ossos finos, a túnica, manchada com os alimentos que consumira nos últimos dias, estava suspensa em um ombro estreito. O barão Thomas Durham tinha, talvez, uma dúzia de fios de cabelo, ainda menos dentes e a audição prejudicada.
—Virgem Santa! Ele é mais velho que o senhor, papai! — Lynette exclamou. — Pensei que vomitaria o desjejum quando ele tocou minha mão. Não suporto pensar em me casar com ele. Não! Jamais!
—Vai, sim — disse o barão Wycliffe cheio de ódio. — Fingir estar grávida não mudará isso — acrescentou, enfiando um dedo no travesseiro escondido sob as roupas da filha. Ele é seu décimo pretendente em meses e suas irmãs já se cansaram de esperar que você encontre o marido perfeito. Esse homem não existe. — Ele esmurrou a mesa, cuspindo ao esbravejar. — Garota detestável, já tem dezoito anos e logo estará velha demais até mesmo para um homem como o barão.
—Ele é magro demais. — Revirou os olhos com desagrado. — Toda vez que me vê, a baba escorre por entre os poucos dentes podres que tem. Ele tentou agarrar meus seios.
O homem cambaleante a observava com cobiça.
—Ficarei em meu quarto até que ele vá embora. Não me casarei com ele, nem hoje, nem nunca!
—Recuse e sentirá o peso de minha bengala em suas costas — o pai ameaçou. — Não comerá nada além de pão e água até voltar à razão. — Ele a levantou da cadeira com tanta força que a derrubou no chão.
O pretendente observava a cena sorrindo.
— Mostre a ela, milorde, que falamos a sério. Casaremos assim que ela parir — disse, deixando de sorrir quando o pai levou a filha pelos cabelos para fora do salão.
Não pela primeira vez, o barão Wycliffe jogou a filha para dentro do quarto, trancando-a. Sempre que desprezava um pretendente, ele batia nela e tentava obrigá-la. O pai não avaliava sua forte determinação.
O sol já começava a se pôr quando a porta foi aberta pelas meias-irmãs.
Ao ver as criadas trazerem uma tina para o banho, Lynette logo se pôs em guarda, pois o pai nunca permitia que ela se banhasse após terem discutido.
— Pensamos em trazer algum conforto enquanto reflete sobre a proposta do barão — Priscilla disse num tom de voz afetado demais. — Aqui está seu sabão preferido — continuou, depositando-o num banquinho próximo à tina.
— E eu trouxe queijo, pão e vinho, Netta. Papai está tentando forçá-la e nós desejamos ajudá-la. — Elizabeth deu um tapinha nas costas dela, mas não conseguiu esconder a malícia no olhar.
Duas taças? Quem estará aqui comigo?


 3 - AMOR E VINGANÇA

Pelo amor daquele homem, ela arriscaria tudo! Numa noite sem luar, com o rosto oculto pelas sombras, um homem se aproximava silenciosamente, montado em seu cavalo. 

Seria possível que fosse... ele? Mas o que estaria fazendo ali, tão longe de suas terras e de sua gente? 
Meghan não se enganaria... Não quando seu coração ainda bradava o nome de Rolf MacDaidh, o homem que no passado ela amara em segredo! 
E esse mesmo homem, agora conhecido como Senhor da Vingança, estava ali... para buscá-la! Para Rolf, Meghan de Blackthorn é mais preciosa que um tesouro. 
Mas ele precisa esquecer que um dia sonhou em tê-la como sua noiva, e lembrar que agora ela é apenas sua prisioneira. 
No entanto, a beleza de Meghan ainda o enfeitiça, e sua personalidade fascinante desperta nele uma paixão incontrolável, que poderá ser destruída se alguns segredos não forem revelados... 

Capítulo Um 

Sudeste de Kyle de Tongue, Escócia, 1074 
Meghan de Blackthorn saiu de sua cama no meio da noite. Não acendeu uma vela, pois os vigias da amurada perceberiam a claridade. 
Abaixou-se junto ao leito, quase encostando o rosto no lajedo frio, para resgatar as roupas que tinha escondido ali. Vestes de guerreiro. 
Vestiu-as rapidamente, item a item. Até mesmo o capacete e a cota de malha. 
E, ao passar os dedos pela trama gelada de metal, chegou a sorrir. 
Mas logo lhe veio um sentimento de frustração, não era tarefa fácil colocar a armadura. 
Logo se cansou, depois de algumas tentativas e acabou por deixar o aparato sobre a cama. 
E entrou nele como um animal tentando enfiar-se numa toca, primeiro os braços, depois a cabeça e os ombros. Respirou fundo quando conseguiu retirar as mãos pelos buracos apropriados. 
Continuava sorrindo ao passar uma faixa de couro pelos cabelos longos e empurrá-los para dentro do capacete cônico, de elmo fechado. 
Assim, escondida sob a armadura, passaria por um guerreiro jovem seguindo ordens de Mereck. Simple, sua ave de estimação piscou quando Meghan a ergueu do poleiro para depois cobri-la com um tecido escuro. 
Pedia a Deus que o falcão não se assustasse e começasse a gruir, estragando tudo e expondo-a aos ouvidos dos guardas. 
Lançando olhares furtivos atrás de si, seguiu até a entrada do aposento e tocou a porta pesada. 
Com muito cuidado, abriu-a devagar para não provocar ruídos nas dobradiças. 
Mesmo assim, eles vieram, como não os notara antes?! Saiu, apressada, esgueirando-se pela fresta aberta, e desceu os degraus de pedra até o pátio central do castelo. 
Assim que entrou nos estábulos, pôde respirar melhor. 
A tensão pior já passara. Para sua sorte, os guardas mantinham seus cavalos numa outra parte do lugar. Sempre muito rápida e eficiente, preparou Tempestade e montou. 
E, ao avançar sobre ele para o pátio, seus olhos mantinham-se mais alerta do que nunca, sem perder nenhum detalhe de tudo que estava a sua volta. 
Os guerreiros estavam já reunidos ali e foi com calma que ela se colocou atrás do último deles. 
Mantinha os olhos baixos, as costas retas. 
Se a lua estivesse cheia, seu plano estaria frustrado, e não conseguiria passar pelos guardas da entrada sem que a percebessem

Série Blackthorm
1 - Torrentes de Paixão
2 - O Guerreiro 
3 - Amor e Vingança
Série Concluída