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2 de novembro de 2020

Série Danby

1- Conquistando o Coração de uma Lady

Para Lady Alexandra, ser fonte de uma aposta fria e calculada já é ruim o suficiente… 

Mas quando é realizada por Nathaniel Michael Winters, quinto conde de Pembroke, o homem por quem ela está apaixonada, resulta em um coração partido, o escândalo da temporada e uma intimação de seu avô, o Duque de Danby.  Para escapar das fofocas da sociedade, ela se apressa para se encontrar com o duque, determinada a deixar as memórias do conde para trás. Exceto que o duque tem outros planos para Alexandra… planos que incluem o quinto conde de Pembroke!

Capítulo Um

Havia algo estranhamente suspeito sobre Nathaniel Michael Winters, quinto conde de Pembroke. Não era o tipo de desconfiança estranha que despertava o medo, por si só. Mas mais o tipo de… algo estava… bem, errado. Lady Alexandra Foster inclinou a cabeça e estudou Nathan de seu lugar no sofá de brocado de seda verde Pomona na sala de seu pai. Nathan ficou olhando pela janela, seu corpo alto e musculoso rigidamente ereto, as mãos cruzadas atrás das costas.
Seus olhos se voltaram para o relógio Ormolu que fazia muito barulho na lareira.
Tique. Taque. Tique. Taque.
Ela contou nada menos que vinte batidas do ritmo estridente que enchia a sala de estar silenciosa e ameaçadora. Contar sempre foi uma técnica calmante para Alexandra, já que ela dominava os números na sala de aula. Nathan a provocou sobre isso desde o momento em que ela confessou a estranheza para ele.
— Nathan, eu…
Ele girou sobre os calcanhares como se repentinamente alertado de sua presença, como se não tivesse percebido que vinte batidas do ritmo do relógio se passaram desde que ela se sentou.
O coração de Alexandra acelerou como sempre acontecia quando ele dirigia aquele lindo olhar de safira para ela. Ela ainda não conseguia imaginar que ele, em toda a sua impressionante demonstração de beleza masculina, deveria ter se dignado a notá-la. Ela nunca se cansaria de apreciá-lo. A forma esguia e flexível de um metro e oitenta. Os cachos pecaminosamente escuros que complementavam seu tom oliva. As linhas perfeitas e fortes de seu rosto, marcadas por uma ligeira curvatura em seu nariz por causa de uma fratura que nunca cicatrizou adequadamente. Alexandra descobriu que isso só aumentava seu charme.
Seu coração bateu forte contra a parede de seu peito tão alto que ele certamente podia ouvir a batida reveladora. Desta vez, a intensidade com que ele a estudou causou algo diferente de felicidade para acelerar seu coração.
— Contei vinte batidas no relógio — disse ela nervosa.
Ela esperou por aquele sorriso lento e sedutor que ele sempre reservava apenas para ela.
Exceto que desta vez, nenhum sorriso provocante apareceu nos cantos de seus lábios. Desta vez, não houve uma réplica espirituosa. Nem um movimento brincalhão de um de seus cachos errantes.
— Está me assustando. — Ela se encolheu no limite do medo envolvendo suas palavras.
Nathan abriu a boca e fez uma pausa. O que quer que ele estivesse prestes a dizer não foi dito.
Seus braços caíram para os lados e ele andou de um lado para o outro.
— Isso não é nada reconfortante. — ela murmurou em uma tentativa de leviandade.
Ele parou no meio do caminho e de repente foi até Alexandra. Ele se ajoelhou ao lado dela e segurou sua mão. Ela estudou as duas mãos entrelaçadas como velhos amantes. A dela pálida e delicada, a dele em tom oliva e poderosa. Ela deixou de lado o medo enjoativo que ameaçava dominá-la. — Por que essa escuridão hoje?



2- Uma Temporada de Esperança

Cinco anos atrás, quando seu amor, Marcus Wheatley, não conseguiu retornar da luta contra as forças de Napoleão, Lady Olivia Foster enterrou seu coração. 

Incapaz de trair a memória de Marcus, Olivia saiu de seu caminho para afastar possíveis pretendentes. Aos vinte e três anos, ela se considera firmemente uma solteirona. Seu pai, no entanto, discorda e aceita a oferta da mão de Olivia em casamento. No entanto, é Natal, quando tudo pode acontecer… Olivia recebe uma intimação oportuna de seu avô, o duque de Danby, e abraça ansiosamente o adiamento de seu noivado. Só que, quando Olivia chega ao Castelo de Danby, ela percebe que o Natal é um tempo de esperança, segundas chances e até milagres.

Capítulo Um

1819
Era sabido que, acima de tudo, as jovens solteiras desejavam um casamento vantajoso.
Também era bem conhecido que uma jovem de 23 anos dificilmente poderia se dar ao luxo de ser exigente no que dizia respeito a futuros noivos.
Lady Olivia Foster estava sentada no parapeito da janela, os joelhos contra o peito. Ela olhou para o redemoinho de flocos enquanto dançavam perto da vidraça, descendo, descendo, até pousar no chão. Com um suspiro, ela arrastou um dedo sobre o vidro e seguiu a lenta descida de outro floco.
A maioria das jovens amava a primavera e o verão por causa dos bailes e saraus. Olivia, no entanto, abraçava o inverno. O tempo frio tinha um efeito quase purificador e servia para levar embora todos os Lordes e Ladies que corriam para suas respectivas propriedades.
Também significava outra temporada que Olivia permanecia solteira e livre da atenção importuna de seu pai. Só quando as temporadas terminavam e a alta sociedade deixava Londres, que o descontentamento de seu pai se dissipava. Então, quando a primavera chegava, sua fúria e decepção floresciam como açafrões vigorosos.
Olivia tinha ouvido falar em muitos pontos sobre a decepção que ela era quando jovem. Seu pai, o marquês de Tewkesbury, fazia um grande esforço para lembrá-la de que ela havia falhado na vida como uma mulher… para fazer um casamento.
— Oi, minha querida.
Olivia olhou para a porta.
Sua mãe parada, emoldurada na entrada. Um pequeno sorriso envolvia seu rosto sem idade.
Olivia voltou sua atenção para a janela. — Mãe. — cumprimentou ela.
O farfalhar das saias de cetim indicava que a marquesa havia entrado na sala. Ela se sentou ao lado de Olivia.
Olivia suspirou.
— Estou incomodando, filha?
Os lábios de Olivia se contraíram. — Nunca, mãe.
Sua mãe bufou e deu um puxão em uma mecha do cabelo loiro de Olivia. Elas sempre tiveram um vínculo estreito; um relacionamento mais profundo do que até mesmo a conexão mãe-filha. Olivia confidenciava coisas a sua mãe que ela nunca tinha falado em voz alta para outra alma; tudo sem recriminação. Nesse momento, por mais melancólica que estivesse, Olivia preferia sua própria companhia solitária a uma visita à mãe. A mãe bateu com o dedo na borda do assento da janela. O ritmo staccato indicava seu nervosismo. Olivia olhou para sua mãe. Realmente olhou para ela. O sorriso não era o de sua mãe. Era amplo, mas forçado. Vincos enrugaram os cantos dos olhos.
Com uma carranca, Olivia balançou as pernas para o lado do assento.     — O que é, mãe?


 





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2- Uma Temporada de Esperança
Série concluída

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