Série Guerreiros da Irlanda
Lutando por honra e amor!
A fugitiva e o guerreiro!
Ao fugir de seu casamento arranjado com um rei cruel, lady Carice sabia que seus dias estavam contados.
Ela jamais desejara um homem... até conhecer o soldado normando Raine de Garenne.
Logo Carice passa a sonhar em entregar-se a essa paixão, mesmo que apenas por uma noite.
Raine está em uma missão: matar o rei ou suas irmãs sofrerão as consequências. Porém, quanto mais se aproxima de seu objetivo, mais perto fica de trair o amor que sente por Carice.
Capítulo Um
Irlanda — 1172
Carice Faoilin não tinha medo de morrer.
Ela estava doente havia tanto tempo que já não sabia mais como era se sentir uma mulher normal. Não se lembrava do que era acordar sem dor, ou andar ao sol e aproveitar o dia simplesmente. Na maioria dos dias, tinha apenas as paredes para olhar, confinada que estava à cama, fraca demais para se mexer.
Até agora.
De um dia para o outro, sua casa foi invadida por soldados, exigindo que ela cumprisse o acordo matrimonial. Carice tinha de acompanhar a comitiva e seguir ao encontro do Grande Rei do Eire, Rory Ó Connor, para se casar. O Grande Rei tinha uma péssima reputação e poucas mulheres queriam se casar com ele, inclusive ela mesma.
Talvez fosse melhor obedecer às ordens do Grande Rei como qualquer outra mulher faria. Entretanto, Carice nunca foi do tipo obediente. Na verdade, se seu pai ambicioso tivesse lhe dado escolha, ela jamais teria aceitado o casamento.
Ela estava decidida a não ceder e se oferecer como um cordeirinho para sacrifício, mesmo se acabasse morrendo ao tentar escapar. E as chances de isto acontecer eram grandes.
Mesmo usando uma bengala, improvisada com um galho, cada passo era uma dificuldade, parecia que seu corpo pesava muito mais do que na realidade. Mesmo assim, ela adentrou a floresta escura para fugir. Uma voz interna insistia em avisá-la: Você não tem forças para chegar a um abrigo. Você vai morrer esta noite.
Carice calou a voz. Fazia tanto tempo que vivia com a possibilidade de uma morte iminente, que diferença faria àquela altura? Não adiantaria nada se preocupar demais ou de menos. Por isso, ela lutou por cada passo, cada suspiro, vivendo o momento presente como se fosse o último.
Se bem que a possibilidade de aquele ser seu último dia era grande, ainda mais se não encontrasse abrigo logo. O frio piorava a cada passo. A neve aumentava a cada rajada de vento. Carice apertou a capa ao redor do corpo, apoiando-se na bengala improvisada. Seus pés estavam congelados e as mãos perdiam os movimentos rapidamente.
Ela não sabia precisar havia quanto tempo que estava andando e rezando para encontrar um lugar quente para dormir. Por favor, preciso encontrar um abrigo não muito longe.
As preces foram ouvidas, pois, quando ela saiu da floresta e aventurou-se por um campo aberto, viu na direção do horizonte, iluminado pela lua, um castelo circundado por muralhas altas.
Ao se aproximar, ela viu que não era um castelo, mas sim um mosteiro. Contudo, nunca tinha visitado o lugar, apesar de estar a apenas alguns dias de viagem de Carrickmeath, onde ela morava. E naquele momento, o mosteiro concretizava suas esperanças de se abrigar. Não sei se consigo chegar até lá. Carice sentia dores pelo corpo inteiro, sem contar que estava morrendo de fome. A distância parecia muito maior do que era na realidade.
Se não continuar andando, vou congelar, ela pensou. E morrer congelada devia ser horrível, portanto, não era uma opção válida. Assim, ela continuou dando um passo após o outro com o incentivo da lembrança de que já havia percorrido uma distância razoável.
Assim sendo, continuou andando através do vale coberto pela neve, contando cada pisada. Suas pernas estavam trêmulas de exaustão, mas ela continuou a forçá-las.
Enquanto andava, imaginava se os monges daquela abadia lhe proveriam com um lugar para dormir e uma lareira para se aquecer. Ou pelo menos um canto onde ela pudesse desmaiar de exaustão. A promessa de um lugar para se aquecer a impulsionou a continuar andando e enfrentando a neve que caía incessantemente.
Mais um pouquinho, ela dizia para si mesma. Não pare.
Ao chegar na abadia, encontrou os portões abertos. Estranho. Um corvo grasnou e veio voando baixo para inspecionar sua presença. Dentro do pátio, era possível ver que um incêndio havia arrasado as fortificações externas, as estruturas de pedra estavam chamuscadas e em ruínas. Uma das construções, porém, estava em melhores condições, embora com danos visíveis, bem como uma torre redonda próxima.
— Há alguém aí? — gritou ela.
Nenhuma resposta e nem qualquer outro som. Ela andou pelo pátio aberto com os sapatos cobertos de neve. No cemitério havia quatro covas recém-fechadas. A neve cobria os montes de terra ao redor de cada uma delas. Carice fez o sinal da cruz e sentiu um frio correr por sua espinha ao imaginar o que podia ter acontecido ali.
Será que todos os monges tinham morrido no incêndio? Os sinais evidenciavam que a abadia havia sido abandonada. Ela subiu os degraus que levavam à capela. Não havia sinal da porta de madeira que devia estar ali, e lá dentro estava escuro e frio. Pelo menos era melhor do que ficar do lado de fora, ela pensou. O fogo não tinha alcançado a capela, pois o cheiro diminuía à medida em que ela adentrava o local. Na extremidade oposta havia um altar com uma enorme cadeira.
Havia teias de aranha nos cantos das paredes e um aroma interessante chamou a atenção de Carice. Era um perfume suave de comida, um cervo assado, talvez. Ossos espalhados pelo chão e a lembrança de uma refeição quente aguçaram seu apetite. A sensação era de que ela jamais conseguiria saciar a fome recorrente que a torturava.
— Há alguém aqui? — Ela gritou novamente, afastando a fome do pensamento.
Série Guerreiros da Irlanda
1 - Sangue de Guerreiro
2 - Alma de Guerreiro
Série Concluída
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22 de janeiro de 2017
23 de outubro de 2016
Sangue de Guerreiro
Série Guerreiros da Irlanda
Lutando por honra e amor!
Um jogo mortal!
Devido às cicatrizes físicas e emocionais, lady Taryn acreditava que ninguém a tomaria como esposa.
Ainda assim, está determinada a livrar sua família das garras de um lorde implacável.
Para isso, pede ajuda ao poderoso guerreiro Killian MacDubh. Tendo nascido um bastardo, ele sempre sonhou em ficar frente a frente com o homem que o abandonara. Aceitar a missão era a oportunidade perfeita para confrontá-lo.
Dona de uma rara beleza, Taryn logo vira uma inesperada distração para Killian. E quando traidores são revelados, o amor proibido que sente por ela se torna a única coisa pela qual ele pretende lutar.
Lutando por honra e amor!
Um jogo mortal!
Devido às cicatrizes físicas e emocionais, lady Taryn acreditava que ninguém a tomaria como esposa.
Ainda assim, está determinada a livrar sua família das garras de um lorde implacável.
Para isso, pede ajuda ao poderoso guerreiro Killian MacDubh. Tendo nascido um bastardo, ele sempre sonhou em ficar frente a frente com o homem que o abandonara. Aceitar a missão era a oportunidade perfeita para confrontá-lo.
Dona de uma rara beleza, Taryn logo vira uma inesperada distração para Killian. E quando traidores são revelados, o amor proibido que sente por ela se torna a única coisa pela qual ele pretende lutar.
Capítulo Um
Irlanda — 1172
A irmãde Killian MacDubh estava à beira da morte.
Para ele era um fato, apesar de que todos o negavam. Carice ainda era a mulher mais bonita em Éireann, mas seu corpo estava frágil. Eram raras as vezes que ela saía da cama, e quando o fazia, precisava ser carregada de volta. A doença tinha piorado muito havia alguns anos e ela estava definhando desde então. Ela havia mandado uma mensagem para que ele viesse vê-la, mas não havia mencionado o motivo.
Do lado de fora a chuva continuava a cair, mas a tempestade maior estava no coração de Killian. A ansiedade era latente, como se uma ameaça invisível pairasse sobre todos eles. A sensação ruim tinha durado o dia inteiro, mas ele ainda não havia conseguido identificá-la. Ele estava com a túnica e as calças justas ensopadas em pé à porta do Salão Nobre. Assim que entrou, Brian Faoilin fez uma careta de desaprovação, como se um cão de rua tivesse entrado na casa.
O líder do clã desprezava até o ar que Killian respirava. Apesar de ter permitido que Iona ficasse com o filho bastardo, que trouxera com ela, Brian os forçava a viver entre os fuidir. Durante toda a vida, Killian havia dormido junto com os cães e comido as migalhas que restavam das refeições nas mesas.
Ele era proibido de ter qualquer direito no clã e não podia possuir nenhum pedaço de terra. A provação devia tê-lo ensinado seu lugar, mas, em vez disso, ele nutriu o ressentimento e jurou que haveria de chegar o dia que ninguém mais o chamaria de escravo.
Ele ansiava por uma vida onde as pessoas o vissem com respeito, e não desdém.
Durante muito tempo ele treinou com os melhores guerreiros de Éireann, com a intenção de abandonar o clã e se tornar um mercenário. Era melhor ter uma vida nômade do jeito que quisesse do que se continuasse ali.
No entanto, seus planos precisaram ser adiados quando Carice ficou doente e implorou para que ele não a deixasse. Se não fosse por ela, ele já estaria bem longe. Mas ela era o que restava de sua família e sua vida estava por um fio. Assim, ele jurou que permaneceria ao seu lado até o final.
O líder do clã cochichou com um dos guardas, Seorse, amigo de Killian, certamente dando ordens para expulsá-lo dali. Seorse atravessou o salão com uma expressão de pesar.
— Você sabe que não pode entrar sem ser chamado, Killian.
— Claro que não. — Ele tinha de permanecer do lado de fora, na chuva e no meio da lama e do estrume dos animais.
Brian se recusava terminantemente a permitir que Killian fosse membro do clã. Ele tinha de trabalhar no estábulo, obedecendo ordens.
Mas, dessa vez, Killian cruzou os braços e não se moveu.
— Você vai me jogar para fora? — perguntou ele num tom frio de voz, pois estava cansado de ser tratado como o bastardo que era. A frustração comprimiu seu coração e ele permaneceu imóvel.
— Não provoque uma briga — avisou Seorse. — Se quiser, abrigue-se na torre, mas não cause mais problemas. Mais tarde levo comida para você.
— Você acha que estou preocupado em causar confusão? — perguntou Killian com um meio-sorriso.
Ele gostava de lutar e tinha conquistado o lugar de um dos melhores guerreiros entre os homens do clã. Por baixo da túnica de pelo, ele vestia uma cota de malha que havia tirado de um normando durante uma invasão. Infelizmente não possuía uma espada, mas sabia usar os pulsos muito bem, tanto que já tinha quebrado ossos de outros combatentes durante as lutas. Brian ganhava uma pedra na bota toda vez em que ele ganhava um jogo, ou se saía melhor do que outro membro do clã.
— O que você está fazendo aqui, Killian? — Seorse baixou o tom de voz para perguntar.
— Carice mandou me chamar.
Seorse meneou a cabeça.
— Ela está pior hoje. Acho que não conseguirá sair do quarto. A noite foi muito difícil, ela enjoou demais e mal está comendo.
Killian sentiu uma dor no peito ao pensar na irmã morrendo de fome diante de seus olhos, sem tolerar alimento algum. Por ordens da curandeira, Carice devia ingerir apenas pão e comida bem simples para acalmar o estômago. Mas não estava adiantando.
— Leve-me até ela.
— Você sabe que não posso. Brian me deu ordem para escoltá-lo para fora.
Apesar de se dirigir para a porta, Killian não tinha intenções de sair…
Série Guerreiros da Irlanda
1 - Sangue de Guerreiro
2 - Alma de Guerreiro
Série Concluída
Irlanda — 1172
A irmãde Killian MacDubh estava à beira da morte.
Para ele era um fato, apesar de que todos o negavam. Carice ainda era a mulher mais bonita em Éireann, mas seu corpo estava frágil. Eram raras as vezes que ela saía da cama, e quando o fazia, precisava ser carregada de volta. A doença tinha piorado muito havia alguns anos e ela estava definhando desde então. Ela havia mandado uma mensagem para que ele viesse vê-la, mas não havia mencionado o motivo.
Do lado de fora a chuva continuava a cair, mas a tempestade maior estava no coração de Killian. A ansiedade era latente, como se uma ameaça invisível pairasse sobre todos eles. A sensação ruim tinha durado o dia inteiro, mas ele ainda não havia conseguido identificá-la. Ele estava com a túnica e as calças justas ensopadas em pé à porta do Salão Nobre. Assim que entrou, Brian Faoilin fez uma careta de desaprovação, como se um cão de rua tivesse entrado na casa.
O líder do clã desprezava até o ar que Killian respirava. Apesar de ter permitido que Iona ficasse com o filho bastardo, que trouxera com ela, Brian os forçava a viver entre os fuidir. Durante toda a vida, Killian havia dormido junto com os cães e comido as migalhas que restavam das refeições nas mesas.
Ele era proibido de ter qualquer direito no clã e não podia possuir nenhum pedaço de terra. A provação devia tê-lo ensinado seu lugar, mas, em vez disso, ele nutriu o ressentimento e jurou que haveria de chegar o dia que ninguém mais o chamaria de escravo.
Ele ansiava por uma vida onde as pessoas o vissem com respeito, e não desdém.
Durante muito tempo ele treinou com os melhores guerreiros de Éireann, com a intenção de abandonar o clã e se tornar um mercenário. Era melhor ter uma vida nômade do jeito que quisesse do que se continuasse ali.
No entanto, seus planos precisaram ser adiados quando Carice ficou doente e implorou para que ele não a deixasse. Se não fosse por ela, ele já estaria bem longe. Mas ela era o que restava de sua família e sua vida estava por um fio. Assim, ele jurou que permaneceria ao seu lado até o final.
O líder do clã cochichou com um dos guardas, Seorse, amigo de Killian, certamente dando ordens para expulsá-lo dali. Seorse atravessou o salão com uma expressão de pesar.
— Você sabe que não pode entrar sem ser chamado, Killian.
— Claro que não. — Ele tinha de permanecer do lado de fora, na chuva e no meio da lama e do estrume dos animais.
Brian se recusava terminantemente a permitir que Killian fosse membro do clã. Ele tinha de trabalhar no estábulo, obedecendo ordens.
Mas, dessa vez, Killian cruzou os braços e não se moveu.
— Você vai me jogar para fora? — perguntou ele num tom frio de voz, pois estava cansado de ser tratado como o bastardo que era. A frustração comprimiu seu coração e ele permaneceu imóvel.
— Não provoque uma briga — avisou Seorse. — Se quiser, abrigue-se na torre, mas não cause mais problemas. Mais tarde levo comida para você.
— Você acha que estou preocupado em causar confusão? — perguntou Killian com um meio-sorriso.
Ele gostava de lutar e tinha conquistado o lugar de um dos melhores guerreiros entre os homens do clã. Por baixo da túnica de pelo, ele vestia uma cota de malha que havia tirado de um normando durante uma invasão. Infelizmente não possuía uma espada, mas sabia usar os pulsos muito bem, tanto que já tinha quebrado ossos de outros combatentes durante as lutas. Brian ganhava uma pedra na bota toda vez em que ele ganhava um jogo, ou se saía melhor do que outro membro do clã.
— O que você está fazendo aqui, Killian? — Seorse baixou o tom de voz para perguntar.
— Carice mandou me chamar.
Seorse meneou a cabeça.
— Ela está pior hoje. Acho que não conseguirá sair do quarto. A noite foi muito difícil, ela enjoou demais e mal está comendo.
Killian sentiu uma dor no peito ao pensar na irmã morrendo de fome diante de seus olhos, sem tolerar alimento algum. Por ordens da curandeira, Carice devia ingerir apenas pão e comida bem simples para acalmar o estômago. Mas não estava adiantando.
— Leve-me até ela.
— Você sabe que não posso. Brian me deu ordem para escoltá-lo para fora.
Apesar de se dirigir para a porta, Killian não tinha intenções de sair…
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2 - Alma de Guerreiro
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