A saga tempestuosa de Lady Catherine Aldley e do pirata Jonathan Hale, que começou em Paixão na Ilha, agora continua em Mar de Fogo...
O que pode uma bela cativa dizer para um sensual pirata cruel?
Ele era seu marido, seu amante, o pirata que tomou seu corpo, em seguida, roubou o seu coração.
Lady Catherine Aldley fugiu da Inglaterra para construir uma casa com o infame Jonathan Hale na Carolina. Mas a sua vida perfeita foi quebrada quando Cathy foi convocada a voltar à Inglaterra por seu pai doente, e descobriu que seu casamento com Jonathan era uma farsa.
Ele era um homem procurado, a um passo da forca. A única maneira que achou para salvá-lo era se casar com seu desprezível primo, e deixar Jonathan achar que tinha traído o seu amor.
Qualquer coisa, menos "não". Com um preço sobre a sua cabeça e a vingança em sua alma, Jon Hale liderou um motim a bordo do navio-prisão Cristobel e recapturou a sua esposa infiel.
Cathy disse que o odiava, mas se derreteu ao seu toque, mesmo quando Jon tentou desprezar o que mais desejava.
Em seguida, o destino ameaçou separá-los para sempre e Jon arriscou sua vida para resgatar a mulher que ele não poderia viver sem...
Capítulo Um
No final dos dias do verão de 1844, Lady Catherine tinha chegado à plenitude de sua beleza. Seus brilhantes cabelos avermelhados com reflexos dourados, uma espessa cabeleira de cachos que ao soltá-los chegavam à cintura, estavam recolhidos em um coque frouxo no alto da cabeça para lhe fornecer um pouco de ar fresco. O penteado formava uma radiante auréola dourada que lhe emoldurava o pequeno rosto cada vez que os raios do ardente sol da Carolina do Sul lhe acertavam de frente. Seu rosto era arrogantemente adorável, um oval quase perfeito onde predominavam incríveis olhos azuis celestes rodeados de sedosos cílios escuros e separados, o qual acrescentava um toque de exotismo a sua beleza loira. Quanto ao resto, tinha maçãs do rosto altas, aos que o sol tinha tingido de uma cor pêssego intensa, um nariz pequeno, delicado e reto, boca de lábios sensuais da cor das cerejas, que eram alvo das brincadeiras de seu marido, pois dizia que foram feitos expressamente para que os beijassem, e um pequeno queixo voluntarioso, claro indício de um caráter oculto muito forte.
Era uma moça pequena de ossos frágeis, mas seu corpo harmonizava perfeitamente com seu rosto, por sua delicadeza e elegância. Os peitos eram redondos e eretos, do tamanho exato para caber na palma em concha de uma mão máscula (isto, também, dito por seu marido). A cintura era estreita e os quadris deliciosamente curvados terminavam em pernas esbeltas e proporcionais.
Nesse dia particular de agosto, Cathy tinha posto um vestido informal devido ao intenso calor. Mas a mesma simplicidade do vestido decotado de musselina para as tardes, com saia ampla franzida e pequenas mangas bufantes, que eram a moda da temporada, lhe caia muito bem e acima de tudo, por causa do amarelo ofuscante do tecido que ressaltava a suavidade de porcelana de sua pele.
Tinha só dezenove anos, mas era mais mulher que menina. A expressão natural de doçura de seu rosto se acentuou quando, ao olhar pela janela da sala de estar, viu aparecer o homem que a tinha feito mulher. Era evidente que Jon vinha do trabalho e que acabava de deixar os campos cultivados. Um sorriso indulgente brincou nos lábios de Cathy ao ver que seu marido estava imundo, o suor escorria por seu rosto moreno e tinha deixado marcas de linhas mais escuras, a umidade da tarde lhe tinha cacheado mais que nunca os cabelos negros. Essas ondas rebeldes eram na verdade a grande aflição de sua existência. Os calções e a camisa de cor branca foram cobertos com uma fina camada de areia como as botas de cano alto que sempre usava e o chapéu de abas largas que nesse momento trazia na mão. Jon trabalhava até esgotar-se fiscalizando os cultivos de algodão nas vastas terras do Woodham. Cathy reconhecia que ele o fazia unicamente por ela e pelo pequeno filho de ambos, Cray, de apenas quinze meses de idade. Do fundo de seu coração acreditava que Jon, às vezes, tinha saudade da vida de pirata, errante e desenfreada, que tanto tinha desfrutado antes, o matrimônio e o nascimento de Cray lhe empurraram para a respeitabilidade. Mas sempre foi muito bom em piratarias pelos mares, como ela lhe repetia frequentemente, teria acabado sua vida da única forma possível: com uma corda no pescoço em algum andaime. Duas vezes tinha escapado dessa sorte, e Cathy não tinha nenhuma intenção de que voltasse a tentar o demônio uma vez mais. O sorriso de Cathy aumentou ao ver, dobrando a esquina da casa, Cray nos braços da Martha, sua roliça babá que lhe cuidava com amor de avó. Martha também tinha sido a babá de Cathy, quase desde o dia de seu nascimento. Depois da morte de Lady Caroline Adley, a mãe de Cathy, quando a menina só tinha sete anos, Martha tinha assumido plenamente a tarefa de sua criação. Cathy amava profundamente Martha e esta por sua vez, protegia com ferocidade tanto a Cathy como Cray. Logo depois de certas desconfianças mútuas, Jon também tinha entrado no círculo mágico de sua devoção. Martha teria prazer de dar sua vida por qualquer um dos três, acreditava Cathy, mas de todos eles, e disso sim estava segura, Cray era o preferido de seu coração. Isso a fazia realmente feliz.
Série Hale
1 - Paixão da Ilha
2 - Mar de Fogo
Série Concluída