Lady Catherine Aldley estava a caminho de Londres quando piratas atacaram seu navio.
Bem a tempo o capitão Jonathan Hale a salvou de seus próprios homens, varrendo-a em seus braços, mostrando sua reivindicação sobre a filha mimada do embaixador da Inglaterra em Portugal.
Tudo que Catherine tinha eram sua inteligência e vontade para vencer seu captor em seu próprio jogo.
Seus beijos tórridos acenderam paixões estranhas, mas ela prometeu fazer dele seu prisioneiro do desejo...
Ele era um pirata lendário, ousado, triunfante, livre. Jonathan Hale nunca tomou cativos e sempre escapou das armadilhas da paixão, até que viu a beleza teimosa que não podia deixar para trás.
Ela era fogo e gelo, uma senhora indignada perante todos e uma tigresa em seus braços.
Cathy se recusou a ser tratada como uma cativa, mas cedeu ante a sensualidade de Jonathan, que conquistou seu corpo e alma.
Ele a fez amar o verdadeiro perigo, e ela o fez expor os seus medos mais profundos e seu coração rebelde...
Este best-seller premiado da autora Karen Robards dá vida a dois personagens extraordinários, uma beleza aristocrática e um pirata famoso, em uma história de amor apaixonante repleta de aventura e desejo desenfreado...
Capítulo Um
Lady Catherine Aidley era linda e ela sabia disso. Era muito consciente da sua aparência, apoiada contra o corrimão do convés do navio Anna Creer, com a brisa que lhe agitava os cabelos e o pôr do sol que transformava em uma chama esplendorosa sua cabeleira em um vermelho dourado. O vento que vinha do mar batia direto em suas bochechas e os olhos azuis brilhavam.
Só tinha dezessete anos e durante toda sua vida sempre a mimaram e protegeram. A mãe tinha morrido dez anos antes e ela foi criada por uma babá e por várias governantas cujo único dever era ensinar a jovem pupila as coisas que, em 1842, eram importantes para uma dama: tocar harpa e piano, pintar aquarelas sem graça, falar francês tão bem como a língua nativa, parecer doce, olhar ingênuo e infantil todo o tempo. Neste último aspecto, as governantas foram bem sucedidas - apenas em parte, embora Cathy fosse capaz de cumprir o papel de uma jovem bem educada quando lhe convinha, mas do contrário era uma verdadeira moleca, mais de uma governanta foi embora se desmanchando em muitas lágrimas por suas explosões, jurando não voltar, o que na opinião de Cathy dava igual. Não desejava aprender nada do que continham os livros. Queria viver a vida, não ler a respeito dela!
— Essa moça é uma ignorante! – Seu pai resmungou, indignado, em certa ocasião, sem faltar nem um pouco com a verdade.
Cathy mantinha uma suprema indiferença diante da insistência das governantas que a forçavam para colocar alguma educação em sua cabecinha impertinente. Era um grande sofrimento para seu pai, descobrir que as poucas coisas que aprendia tinham que ser a força.
Ao conhecer seus planos Cathy chorou e esperneou, mas quando o seu pai se decidia era tão teimoso como ela. Finalmente, a moça se cansou e o pai, com ajuda da babá, conseguiu convencê-la da conveniência de seu plano. Era verdade que adoraria ser apresentada à rainha Vitória, que no quinto ano de reinado tinha vinte e três anos e, portanto, não era muito mais velha que a própria Cathy, mas a Inglaterra ficava muito longe e foi a quase sete anos que a deixaram. E se os homens não a achassem atraente? Talvez em Londres a moda fosse às morenas e não as loiras encantadoras. O pai e a babá, cada um a sua maneira, asseguraram-lhe que sua beleza era incomum e se sairia vitoriosa de qualquer comparação e Cathy se deixou convencer. No começo da sua adolescência era bela e formosa e nem lhe passava pela imaginação que algum homem não a admirasse.
Uma vez que a tempestade de acusações passou, o conde suspirou aliviado e disse a si mesmo que quando se reunisse com sua filha na Inglaterra teria que cuidar de corrigir seus caprichos. Depois se concentrou em fazer os acertos para a viagem de sua menina, coisa nada fácil nessas épocas turbulentas. Nos últimos tempos se falava muito de um bando de piratas que infestavam as águas portuguesas e faziam prisioneiros os navios que não navegavam armados. O conde se estremeceu diante da ideia de que sua filha caísse nas mãos de sujeitos que não teriam respeito pela sua inocência e a posição elevada da jovem.
Quando o conde ouviu mencionar de um amigo que zarparia no navio Anna Creer para a Inglaterra, pareceu-lhe uma resposta as suas preces. O navio Anna Creer estava emprestado da Inglaterra pela Marinha portuguesa, estava com proteção contra armas de fogo e equipado com artilharia. Nenhum pirata se atreveria a atacar um navio tão formidável!
Foi surpreendentemente fácil arranjar uma passagem para Cathy a bordo do Anna Creer. Fazia parte de um reduzido grupo de passageiros do navio que, até essa viagem, só realizava operações militares. Nem o conde nem a filha se perguntaram por que, de repente, o navio Anna Creer lhe permitia transportar civis.
Série Hale
1 - Paixão na Ilha
2 - Mar de Fogo
Série Concluída