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27 de outubro de 2020

Medo de amar

Série Lordes Conquistados

Daphne Fairchild fez um deslize que compromete sua reputação, então ela não tem escolha a não ser aceitar o casamento de conveniência que eles organizaram para ela. 

Além disso, ela deseja escapar da tirania de um pai odioso e cruel. Lord Radcliffe decide que o casamento com uma rica herdeira provincial é o que ele precisa para salvar a propriedade da família, assombrada pelos credores, desde que consiga fazer sua nova esposa entender que o amor não entra em seus planos. Parece que os dois concordam em manter uma coexistência suave, até que Michael começa a descobrir seus sentimentos e tudo toma um novo rumo.

Capítulo Um

Setembro de 1815
Michael Radcliffe, barão de Castel, desmontou do cavalo, exausto. Acabara de chegar a Northumberland vindo da Escócia, onde seu bom amigo Alexander se casara. Algo que ele também faria em breve, se aquela visita fosse bem, pois lá encontraria aquela que poderia se tornar sua esposa. A casa à sua frente era modesta, pequena e isolada. Não tinha visto nenhuma outra na estrada há pelo menos uma hora. Não parecia uma propriedade que combinasse com seu proprietário. Ao invés disso, estava em harmonia com o clima da região, tinha uma aparência fria e robusta.
— Senhor, levarei o cavalo para o estábulo — informou o rapaz enquanto segurava as rédeas de Balio. — Precisa de algum tratamento especial?
— Não, apenas dê a ele o que beber, ele comeu não faz muito tempo. Deixe-o descansar, ele merece. — Ele deu um tapinha no pescoço do animal.
Ele subiu as escadas que levavam à porta da frente e, antes que chamasse, ela se abriu. O mordomo o cumprimentou.
— Bom dia, quem devo anunciar?
— Eu sou lorde Castel.
— Bem-vindo milorde, estávamos esperando por você. — Ele o convidou a entrar e pegou o casaco. — Agora mesmo vou procurar Miss Fairchild.
O fez entrar numa pequena sala em tons de azul e, quando o mordomo saiu, Michael deixou-se cair na otomana. Em alguns minutos, finalmente encontraria Miss Fairchild. Como seria? Ele nem sequer sabia o nome dela. Só conhecia a sua idade, dezoito anos, que era neta de um conde e filha de um comerciante. E que ela estava envolvida em um escândalo..., por isso que seu pai lhe ofereceu essa quantia exorbitante em troca de se casar com ela. Ele precisava desse dinheiro. O barão, após a morte, havia lhe deixado uma grande dívida. Tudo o que restava era que ela aceitasse esse casamento.
— Srta. Fairchild, lorde Castel está esperando por você na sala azul.
Daphne deixou o livro cair no colo, assustada.
— Já está aqui?
— Sim, senhorita — respondeu seu mordomo, Wilson, entrando na biblioteca.
— Você foi procurar minha mãe?
— Ela não está em casa. Partiu há mais de uma hora para a cidade.
O que ela poderia fazer? Não deveria receber um homem sem acompanhante. Embora, se o fizesse, ninguém descobriria. Encontravam-se longe da civilização e sua reputação já não poderia piorar. Mas ainda assim, ela estava nervosa. Como seria? Agradar-lhe-ia? Que besteira, pensou, o que importava se eles se gostavam ou não? O que interessava a ele era seu dinheiro e a ela, a ideia de deixar esse exílio e não ter mais que se esconder.
— Bem, eu vou agora.
Levantou-se, deixou o livro no lugar e respirou fundo. Ela foi para a sala, mas parou no corredor para verificar sua aparência. Bufou frente à imagem que o espelho lhe olhou de volta. Seus cabelos eram irremediavelmente lisos e sem forma. Cada vez que sua criada fazia um penteado, ele mal durava, enquanto os cabelos escorregavam e tendiam a achatar. Normalmente, ela recolhia a um simples e apertado coque para que durasse mais e, no caso de se desmanchar, poderia refazê-lo sem ter que recorrer à donzela. O problema era que esse coque a favorecia muito pouco. Além disso, estava usando um vestido velho que costumava usar para trabalhar no jardim. Ficava grande nela e estava sujo. Pensou em se trocar, mas desistiu da ideia. Lembrou que este homem só casava com ela pelo dinheiro, independente de qual fosse sua aparência. Ela respirou fundo e abriu a porta do quarto azul sem fazer barulho. A princípio, pensou que a sala estava vazia, mas uma cabeça que aparecia pela otomana permitiu que ela localizasse seu ocupante. O homem tinha cabelos curtos, embora o suficientemente compridos para estar bagunçados. Os raios de sol que atravessavam a janela davam a seu cabelo reflexos avermelhados e dourados. Inexplicavelmente, Daphne experimentou o desejo de passar a mão pelos cabelos desgrenhados. Ele deve ter notado a presença dela, desde que virou a cabeça e, vendo-a, levantou-se ereto, como ele era alto! Ele era magro, mas com ombros largos. Não era tão alto quanto seu primo Tom, que tinha um metro e noventa, mas ao lado dela, que tinha pouco mais de um metro e cinquenta, parecia um gigante. Lembrando-se das boas maneiras que sua governanta havia incutido nela desde criança, ela se curvou numa mesura perfeita.
— Lorde Castel, é uma honra receber sua visita.
Quando ela olhou para ele novamente, pôde ver a grande perplexidade do cavalheiro.
— Com licença, mas você é...

 



Série Lordes Conquistados
1- O Amor era seu destino
1,5- Herói Escocês
2- Medo de amar
série concluída



19 de outubro de 2020

Herói Escocês

Série Lordes Conquistados

Apresentando a pequena aventura que Phoebe viveu no retorno do casamento de Elizabeth e Alexander.

Aqui eu trago a pequena aventura que Phoebe viveu na volta do casamento de Elizabeth e Alexander. Esta história pode ser lida de forma independente, mas se você quiser seguir a ordem, acontece logo depois do O Amor era seu Destino e antes de Medo de Amar, o segundo romance da Série Lordes Conquistados.
Espero que gostem da leitura.

Capítulo Um

— Você não está com frio, Phoebe?
— Não mãe, eu estou bem, podemos estar no Norte, mas ainda estamos no verão.
— No final do verão na verdade e nestas terras escocesas faz um frio horrível, eu não quero nem imaginar como será no inverno.
— Tenho certeza de que em poucas horas estaremos novamente na Inglaterra, apesar de faltar mais para chegar em casa.
Sua mãe se cobriu com a manta e se acomodou na carruagem preparada para dormir. Ela a olhou surpresa ao ver que apenas um minuto depois já estava dormindo profundamente. Nesses momentos, invejava terrivelmente sua mãe. Embora fosse à noite e ela estava cansada, era incapaz de dormir. Não estava confortável naquela carruagem e, além disso, tinha muitas coisas que rondavam em sua cabeça. Sua melhor amiga acabara de se casar, apenas algumas horas atrás estavam em seu casamento. Parecia incrível, Elizabeth tinha proposto não se casar com o Marquês, mas ambos estavam loucamente apaixonados um pelo outro.
Mesmo que sua amiga tivesse negado em diversas ocasiões, Phoebe havia suspeitado no momento em que os viu juntos, eles foram feitos um para o outro. Estava feliz por sua amiga, mas ainda assim, não podia evitar se sentir triste. Agora ela levaria uma vida de casada e sabia que sua relação com ela não seria a mesma. Sua mãe havia dito, sem nenhuma malícia, que agora que Elizabeth estava fora do mercado, seria mais fácil para ela encontrar um marido. Não que fosse pouco atraente e ou tinha poucas ligações, mas era como a maioria, com seus cabelos e olhos castanhos, e sempre estando ao lado da deslumbrantemente linda filha de um duque, ela passava ainda mais despercebida. Se casar logo não estava em seus
Herói Escocês – Sophia Ruston
planos, mas em seus dezenove anos, a sociedade a pressionava para fazê-lo. Não sabia como flertar e era incapaz de manter uma conversa trivial. Falava sem parar e, infelizmente, de coisas inapropriadas. Sentia-se à vontade com sua amiga, ambas eram inteligentes e odiavam essa banalidade da alta sociedade inglesa, mas tinham descoberto que os cavalheiros buscavam esposas complacentes e, se possível, sem muito senso comum, gostavam de se sentirem superiores ao sexo feminino. Phoebe simplesmente se sentia incapaz de fingir e não tinha nem a beleza de Elizabeth nem o dote que a grande maioria das debutantes possuía. Mas se propôs aproveitar da próxima temporada e se tivesse a sorte de encontrar um homem afinado com seus gostos... afinado com seus gostos? Reprimiu um gemido ao dar-se conta do quanto deprimente eram suas aspirações e a verdade é que negava o que realmente ansiava. Queria um casamento por amor, como o de seus pais ou o da sua amiga. Queria um homem que a olhasse como o Marquês olhava Elizabeth e que estivesse disposto a tudo por ela.
— Talvez seja pedir demais — sussurrou.
De repente, ouviu um disparo e os cavalos empinaram. A carruagem se moveu bruscamente e alguns gritos desconhecidos ecoaram na noite até então silenciosa.
— Santo céu, o que está acontecendo?
Sua mãe se endireitou de repente e afastando as cortinas tentou olhar pela janela, mas a carruagem parou subitamente fazendo-as cair de seus assentos. A porta se abriu e ao levantar os olhos para ver quem era, se encontrou com o cano de uma pistola.
— Saiam e não façam nada ou acabarão com uma bala no peito — a voz, com um forte sotaque escocês, vinha do homem que estava apontando para elas e tinha a metade do rosto coberto por um lenço preto.
Mãe e filha saíram e ficaram de pé ao lado da carruagem.

 


Série Lordes Conquistados
1- O Amor era seu destino
1,5- Herói Escocês


13 de outubro de 2020

O Amor era seu destino

Série Lordes Conquistados

Lady Elizabeth Keswick está noiva do jovem marquês de Glenmore há anos, um homem que ela nunca viu e com quem não pretende se casar, apesar da pressão do pai. 

Quando o marquês retorna, convertido em um herói de guerra, Elizabeth promete fazer o impossível para ele recusar e romper o noivado. Embora desde o primeiro momento ela esteja irremediavelmente atraída por ele, ela não está disposta a se casar com um homem por quem possa se apaixonar. Quando Alexander, o marquês de Glenmore, retorna à Inglaterra, ele não sabe nada sobre o compromisso que seu pai orquestrou. No entanto, o destino o faz sentir um profundo fascínio por Elizabeth. Ele pôde ver que, sob a bela frieza que ela finge, é uma mulher destemida e apaixonada. O que ele não entende é porque ele resiste tanto quando vê claramente que o sentimento é recíproco.

Capítulo Um

Londres, 1815.
Poderia ir mais devagar, milady?
— E que diversão haveria?
— Não é seguro e nem bem-visto ir a galope pelo Hyde Park.
Elizabeth Anglese puxou as rédeas para frear sua égua. Lord Hasclot deteve-se junto a ela com um sorriso.
— Se deseja cavalgar, sei de um lugar menos transitado. Seria um prazer levá-la e deixá-la continuar com sua diversão.
Lord Hasclot, de uns trinta anos, magro e não muito alto, seguia mantendo seu sorriso, mas agora havia em seus olhos um raro brilho que Elizabeth soube identificar.
— Muito amável, milorde, mas já está tarde e tenho outro compromisso. Talvez em nosso próximo passeio.
Apesar de pensar que não voltaria a aceitar outro convite seu para passearem sozinhos. Elizabeth desafiava a seu pai ao flertar com todos os homens, mas até certo ponto, já que, por mais que quisesse aborrecê-lo, não pretendia arruinar sua reputação.
— Verei a senhorita no baile de lady Clipton? — Perguntou Lord Hasclot, quando estiveram em frente à casa do duque de Handquenfield, o pai de Elizabeth.
— Aceitei o convite — disse Elizabeth sem especificar mais e, entrando pela porta que o mordomo mantinha aberta, indicou-lhe com um gesto de mão que a fechasse imediatamente, antes que Lord Hasclot se oferecesse para acompanhá-la.
O Amor era seu destino – Sophia Ruston
— Meu pai está em casa? — perguntou ao mordomo enquanto retirava as luvas e as entregava a ele.
— Ainda não voltou milady.
— Bem.
Subiu correndo as escadas de uma maneira imprópria para uma dama, mas era algo habitual nela. Em sua habitação Mary a esperava, sua leal e amigável donzela, que somente tinha três anos a mais do que os dezenove de Elizabeth.
— Ainda tenho tempo, Mary?
— Se nos apressarmos, terá tempo para ir à exposição e permanecer por uma hora antes do baile.
Enquanto Mary começava a retirar seu traje de montaria, Elizabeth esboçou uma careta de desgosto ante seus planos para a noite.
— Escolhi o vestido azul de passeio, aquele que é da mesma cor que seus olhos.
— Perfeito, eu mesma já termino obrigada. Poderia avisar ao cocheiro?
— Vou agora mesmo, milady.
— Mary, por favor, leva quatro anos pedindo que utilize meu nome.
— Desculpe, mas acho muito difícil chamá-la assim.
— Me espere na carruagem — disse, enquanto atava os laços de seu chapéu de palha e deixava alguns cachos loiros soltos.
Quando estavam no pátio, Mary subiu com o cocheiro e Elizabeth entrou na carruagem. Antes que se acomodasse ao assento, uma voz familiar a sobressaltou.
— Espero que não tenha marcado com outro de seus pretendentes, criança.
— Marcus! Assustou-me!







Série Lordes Conquistados
1- O Amor era seu destino

1,5- Herói Escocês