Lady Elizabeth Keswick está noiva do jovem marquês de Glenmore há anos, um homem que ela nunca viu e com quem não pretende se casar, apesar da pressão do pai.
Quando o marquês retorna, convertido em um herói de guerra, Elizabeth promete fazer o impossível para ele recusar e romper o noivado. Embora desde o primeiro momento ela esteja irremediavelmente atraída por ele, ela não está disposta a se casar com um homem por quem possa se apaixonar. Quando Alexander, o marquês de Glenmore, retorna à Inglaterra, ele não sabe nada sobre o compromisso que seu pai orquestrou. No entanto, o destino o faz sentir um profundo fascínio por Elizabeth. Ele pôde ver que, sob a bela frieza que ela finge, é uma mulher destemida e apaixonada. O que ele não entende é porque ele resiste tanto quando vê claramente que o sentimento é recíproco.
Capítulo Um
Londres, 1815.
Poderia ir mais devagar, milady?
— E que diversão haveria?
— Não é seguro e nem bem-visto ir a galope pelo Hyde Park.
Elizabeth Anglese puxou as rédeas para frear sua égua. Lord Hasclot deteve-se junto a ela com um sorriso.
— Se deseja cavalgar, sei de um lugar menos transitado. Seria um prazer levá-la e deixá-la continuar com sua diversão.
Lord Hasclot, de uns trinta anos, magro e não muito alto, seguia mantendo seu sorriso, mas agora havia em seus olhos um raro brilho que Elizabeth soube identificar.
— Muito amável, milorde, mas já está tarde e tenho outro compromisso. Talvez em nosso próximo passeio.
Apesar de pensar que não voltaria a aceitar outro convite seu para passearem sozinhos. Elizabeth desafiava a seu pai ao flertar com todos os homens, mas até certo ponto, já que, por mais que quisesse aborrecê-lo, não pretendia arruinar sua reputação.
— Verei a senhorita no baile de lady Clipton? — Perguntou Lord Hasclot, quando estiveram em frente à casa do duque de Handquenfield, o pai de Elizabeth.
— Aceitei o convite — disse Elizabeth sem especificar mais e, entrando pela porta que o mordomo mantinha aberta, indicou-lhe com um gesto de mão que a fechasse imediatamente, antes que Lord Hasclot se oferecesse para acompanhá-la.
O Amor era seu destino – Sophia Ruston
— Meu pai está em casa? — perguntou ao mordomo enquanto retirava as luvas e as entregava a ele.
— Ainda não voltou milady.
— Bem.
Subiu correndo as escadas de uma maneira imprópria para uma dama, mas era algo habitual nela. Em sua habitação Mary a esperava, sua leal e amigável donzela, que somente tinha três anos a mais do que os dezenove de Elizabeth.
— Ainda tenho tempo, Mary?
— Se nos apressarmos, terá tempo para ir à exposição e permanecer por uma hora antes do baile.
Enquanto Mary começava a retirar seu traje de montaria, Elizabeth esboçou uma careta de desgosto ante seus planos para a noite.
— Escolhi o vestido azul de passeio, aquele que é da mesma cor que seus olhos.
— Perfeito, eu mesma já termino obrigada. Poderia avisar ao cocheiro?
— Vou agora mesmo, milady.
— Mary, por favor, leva quatro anos pedindo que utilize meu nome.
— Desculpe, mas acho muito difícil chamá-la assim.
— Me espere na carruagem — disse, enquanto atava os laços de seu chapéu de palha e deixava alguns cachos loiros soltos.
Quando estavam no pátio, Mary subiu com o cocheiro e Elizabeth entrou na carruagem. Antes que se acomodasse ao assento, uma voz familiar a sobressaltou.
— Espero que não tenha marcado com outro de seus pretendentes, criança.
— Marcus! Assustou-me!
Série Lordes Conquistados
1- O Amor era seu destino
1,5- Herói Escocês