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15 de agosto de 2015

Tentado à meia-noite

Sociedade Literária das Damas de Londres

Uma mulher bonita em uma situação desesperadora, vai usar um pequeno truque para garantir o sucesso, e isso não só atrai a atenção do Literary Society of London Ladies, mas do último homem que ela nunca imaginou seria capaz de seduzir.

Emily Stapleford nunca imaginou que a tarefa de salvar sua família da ruína financeira cairia sobre seus adoráveis ombros.
E desde que decidiu se casar só por amor, não por dinheiro, ela tem escrito uma história que espera trazer a cobiçada fortuna que precisa ... Mas tudo o que conseguiu foi a recusa de cada editora a qual enviou seu manuscrito. Afinal, que respeitável leitor que se preze será atraído por uma heroína vampira?
Mas em vez de sentir- se derrotada, Emily elabora um plano e marca uma série de aparições de vampiros para toda a sociedade de Londres. Agora ela tem a publicidade que precisa e o sucesso é garantido ... A menos que o misterioso americano Jennsen Logan perceba seu truque e tenha a intenção de usá-lo em seu próprio benefício. Até que perceba que se apaixonou por ela. Mas Logan também esconde um segredo chocante ... Um que pode colocar suas vidas em perigo.

Capítulo Um

Desejei-o do momento em que o vi.
O aroma de sua pele, de seu sangue, era um delicioso e potente afrodisíaco que me provocava um intenso frenesi de necessidade.
Tentava-me de uma forma inexplicável, e não podia resistir.
Não podia esperar para afundar minhas presas em sua garganta.
O beijo de lady Vampiro, Anônimo
—Vê alguém suspeito?
Logan Jennsen se deteve debaixo de um dos altos olmos que beiravam o caminho de cascalho do Hyde Park e tirou o relógio do bolso do colete; um gesto despreocupado que contrastava com a tensão que gotejava sua voz.
—Suspeito do quê? —perguntou em voz baixa Gideon Mayne, o detetive do Bow Street.
Logan fingiu consultar a hora.
—Ninguém parece me dar a menor atenção, mas tenho a forte sensação de que alguém me vigia.
Notou como Gideon esquadrinhava a zona com um olhar penetrante enquanto fingia, igual a ele, consultar a hora em seu próprio relógio. Graças à ensolarada tarde depois de mais de uma semana do clima deprimente e cinza de janeiro, o parque estava abarrotado de pessoas que passeavam, cavaleiros e carruagens elegantes.
—Pelo seu tom deduzo que esta não é a primeira vez que isso te acontece —disse Gideon, voltando a guardar o relógio no bolso do colete antes de ajoelhar-se para limpar a ponteira de sua bota negra, embora Logan soubesse que o detetive só prestava atenção ao que acontecia a seu redor.
—Não. É a terceira vez em três dias. Por isso pedi que te reunisse comigo aqui. Esperava que pudesse perceber algo estranho.
—Não observo nada fora do normal —disse Gideon levantando-se. —De qualquer forma, será melhor que continuemos caminhando.
Essa era uma das coisas que Logan gostava em Gideon e a razão pela qual tinha pedido ao detetive que o acompanhasse; não perdia o tempo com perguntas desnecessárias tais como« —Está certo disso ? » — nem fazia sugestões como —«Pode ser que tenha imaginado».

Sociedade Literária das Damas de Londres
1 - Despertos à Meia-Noite
2 - Confissões de uma Dama
3 - Sedução à Meia-noite
4 - Tentado à Meia-noite
Série Concluída







Sedução à Meia-noite

Série Sociedade Literária das Damas de Londres
Lady Julianne Bradley sempre ansiou viver uma aventura selvagem. Por desgraça, o homem com quem deseja compartilhar seu ardor jamais poderá ser seu.
Atormentada por seu desejo, prepara-se para um matrimônio apropriado com seu status quando uma série de acontecimentos espectrais, saídos de sua última leitura, começa á suceder-se… e para proteger Julianne, seu pai contrata ao mesmo homem que deseja seu coração.

Capítulo Um

Londres, 1820

Do London Times:
Vocês acreditam em fantasmas? A senhora Marguerite Greeley foi assaltada e assassinada em sua casa na Berkeley Square em um crime idêntico ao de lady Ratherstone semana passada. O mordomo da senhora Greeley, declarou ter ouvido estranhos gemidos, oriundo das habitações privadas, onde a dama guardava suas joias. Ao entrar na sala, o mordomo descobriu o corpo sem vida de sua ama e percebeu que suas joias haviam desaparecido, mas conforme informou, todas as janelas e portas estavam fechadas por dentro. Fatos que se assemelham ao acontecido na casa de lady Ratherstone, por isso resultam evidencias que a senhora Greeley é a última vítima do inteligente, diabólico, e aparentemente invisível e escorregadio criminoso do Mayfair. Neste momento, todo Londres se faz duas perguntas: Poderia ser realmente o ladrão um fantasma? Quem será a próxima vítima?
Depois de assegurar-se de que ninguém a olhava, lady Julianne Bradley, escapuliu do abarrotado salão de baile e percorreu o longo corredor iluminado com velas. Embora seu coração pulsasse de antecipação, esforçou-se a manter um passo tranquilo. De maneira nenhuma queria chamar a atenção sobre sua pessoa.
A música e a risada, o zumbido das conversações, e o tinido das taças se desvaneceram ao afastar-se do elegante salão onde transcorria a festa de lorde e lady Daltry. Dobrou a esquina e começou a contar as habitações… Uma... Duas… Diminuiu o passo ao aproximar-se da terceira porta.
De repente, teve a estranha sensação de estar sendo observada. Um acalorado rubor, que sempre coloria sua pele pálida de um vermelho delator cada vez que experimentava qualquer tipo de nervosismo, subiu-lhe pelo pescoço e lhe acendeu o rosto.
Deu a volta, examinando a zona, mas não viu ninguém. Estava sozinha.
Continuava com a imaginação tão ativa como sempre.
Esperando não parecer tão furtiva quanto se sentia, dirigiu um último olhar a seu redor e abriu a terceira porta. Entrou com rapidez na estadia, fechando a porta atrás de si.
—Já era hora de que chegasse.
Ouviu a voz a seu lado, e Julianne apenas pôde conter o grito de surpresa que lhe veio aos lábios. Apoiando-se contra a folha de carvalho, observou a escura biblioteca, iluminada pelo tênue resplendor do fogo que ardia na chaminé. Três pares de olhos a escrutinaram.
—Começávamos a pensar que não viria. — disse lady Emily Stapleford, afastando impacientemente Julianne da porta — Com sorte, disporemos de uns poucos minutos, antes que alguém note nossa ausência na festa. Que demônios atrasaram-lhe?

Série Sociedade Literária das Damas de Londres
1 - Despertos à Meia-Noite
2 - Confissões de uma Dama
3 - Sedução à Meia-noite
4 - Tentado à Meia-noite
Série Concluída

Confissões de uma Dama

Série Sociedade Literária das Damas de Londres

Carolyn Turner, viscondessa Wingate, está completamente escandalizada pela última seleção levada a cabo pela sociedade literária de Londres. Memórias de uma amante é escandalosamente explícito e absolutamente perverso... e despertava nela sentimentos que nunca soube que possuísse. Está convencida de que esta erótica leitura é o único motivo pelo qual está sucumbindo aos encantos do célebre libertino Daniel Sutton, lorde Surbrooke.
É totalmente impossível que esteja apaixonada por suas ilícitas carícias... ou não?
A última coisa que Daniel desejava era pronunciar os votos matrimoniais. Desejava com anseio a Carolyn, certo, mas nunca imaginou que uma vez que a arrastasse a sua cama jamais queria deixá-la partir.
Mas só quando um assassino converte a sua amada em seu objetivo, Daniel se vê incitado a confessar seu amor... e a reclamar a Carolyn como sua mulher.

Capítulo Um

— Quando escolhemos este livro, não fazíamos ideia de que fosse tão... explícito- murmurou Carolyn Turner, viscondessa de Wingate.
Sentada no salão de sua casa, apertou com suas mãos o exemplar fino, encadernado em couro e muito lido de Memórias de uma amante e contemplou a suas três convidadas, que formava com ela a Sociedade Literária de Damas de Londres. Percebeu que um rubor escarlate idêntico ao dela coloria as faces de suas amigas, o que era compreensível, pois uma delas fazia pouco que se casou, e as outras duas eram inocentes e virginais. Bom, virginais sim, mas inocentes não mais... graças às Memórias.
Claro que ela, apesar de ter estado casada durante vários anos, nunca sonhou, e muito menos experimentou, a metade das coisas descritas no escandaloso livro que, recentemente, cativou à Sociedade Londrina. Antes da prematura morte de seu amado Edward, três anos atrás, Carolyn acreditava que compartilhara com ele todo o prazer imaginável. A julgar pelo que leu nas Memórias, não era exatamente assim.
Sarah, sua irmã, marquesa de Langston graças a seu recente matrimônio, pigarreou.
— Bom, a razão primitiva de que criássemos nossa pequena Sociedade Literária de Damas era deixar de lado os clássicos a favor de leituras consideradas proibidas.
— Assim é — confirmou lady Julianne Bradley, cuja cútis, que normalmente era de porcelana, parecia agora um aceso pôr do sol — mas uma coisa é o proibido, e outra, isto.
Sustentou alto seu exemplar da obra e Carolyn se fixou em que muitas de suas páginas se viam decididamente manuseadas. Julianne se inclinou para diante e, embora estivessem sozinhas na sala, baixou a voz.
— Se minha mãe, alguma vez, descobrisse que tenho lido coisas tão chocantes, ela... — Fechou com força as pálpebras durante uns instantes. — Uf, nem sequer posso imaginá-lo.
— Ficaria furiosa, como faz sempre — interveio lady Emily Stapleford com sua franqueza habitual. — Pediria os sais e, quando se tivesse acalmado, aposto que te confiscaria o livro para lê-lo ela.
— Emily sorriu com ironia a Julianne por cima da borda de sua xícara de chá. — Em cujo caso, você não só te veria confinada a seu quarto pelo resto de seus dias, mas também nunca recuperaria seu livro, assim te assegure de que não o descubra.
Julianne ruborizou ainda mais e acrescentou, com nervosismo, outro torrão de açúcar a seu chá.

Sociedade Literária das Damas de Londres
1 - Despertos à Meia-Noite
2 - Confissões de uma Dama
3 - Sedução à Meia-noite
4 - Tentado à Meia-noite
Série Concluída

Despertos à Meia-noite

Série Sociedade Literária das Damas de Londres

Em Mayfair estalaria um escândalo se descobrissem que a Sociedade Literária de Damas Londrinas decidiu trocar os livros de Jane Austen - muito aborrecidos para seu gosto - por algo mais provocador... algo como Frankenstain.
Depois de um debate em uma reunião campestre, Sarah Moorehouse e suas amigas decidem criar o Homem Perfeito - em sentido figurado, é óbvio. A cada uma delas foi atribuída uma tarefa, e a Sarah corresponde "tomar emprestada" a camisa do anfitrião, o arrumado Matthew Davenport, marquês de Langston. Mas, quando uma noite descobre o marquês no jardim com uma pá, sua imaginação viaja e os mal-entendidos acontecem um após o outro. Movida pela curiosidade, a aventureira moça penetra em seu quarto... e é encontrada com as mãos na massa por este muito bonito aristocrata totalmente nu. De repente, Sarah e Matthew se vêem envoltos em uma luta para descobrir os segredos um do outro.

Capítulo Um

Um calafrio de inquietação desceu pelas costas de Matthew Davenport, que deixou de cavar para jogar uma olhada ao cemitério em penumbra. Com todos os sentidos alerta, aguçou o ouvido para ouvir unicamente o chiado dos grilos e o agitar das folhas pela brisa fresca cujo inconfundível perfume que pressagiava chuva.
As nuvens cobriram a lua, envolvendo-a em sombras, algo que era muito favorável para seus propósitos, mas que ao mesmo tempo o impedia de ver qualquer um que se aproximasse, o que não apaziguava o inquietante martelar de seu coração.
Voltou a jogar uma olhada a seu redor, logo se obrigou a relaxar. Maldição! Por que esse repentino nervosismo? As coisas não estavam saindo mal. Entretanto, não podia evitar a estranha sensação que o tinha invadido desde que a meia-noite tinha saído da casa..., a sensação de que alguém o seguia. O observava.
Uma coruja piou, e seu pulso disparou; apertou os lábios para impedir que o ambiente sombrio o assustasse. Levava meses realizando essas secretas saídas noturnas e estava acostumado aos sons estranhos provenientes do bosque em sombras. Com calma, inclinou-se e rodeou com os dedos o frio punho metálico da faca que levava na bota. Não tinha pensado usar a arma, mas o faria se fosse obrigado. Não tinha chegado tão longe nem dedicado tanto tempo à busca, para permitir que alguém a ameaçasse.
Busca? A palavra em si parecia uma brincadeira, e tragou o amargo som que ameaçava sair de sua boca enquanto cravava a pá na dura terra. Era muito mais que isso. Durante todo o ano anterior, essas malditas aventuras noturnas se converteram em algo mais que uma busca. Era uma obsessão que o despojava do sonho, de sua tranquilidade de espírito. Logo... logo saberia. De uma maneira ou de outra.
Levantando uma pesada pazada de terra, jogou-a de lado enquanto seus cansados músculos protestavam pelo esforço. Quantas fossas mais poderia cavar? Quantas noites mais poderia resistir sem dormir? Inclusive durante o dia, quando tinha que abandonar a busca por temor a ser descoberto, essa tarefa seguia obcecando-o. Agora ficava menos de um mês para cumprir sua promessa. E tanto sua honra como sua integridade requeriam que a cumprisse. Tinha comprometido ambas as coisas e, como consequência de sua insensatez, negava-se a cometer outro engano. 

Série Sociedade Literária das Damas de Londres
1 - Despertos à Meia-Noite
2 - Confissões de uma Dama
3 - Sedução à Meia-noite
4 - Tentado à Meia-noite
Série Concluída