Série Sociedade Literária das Damas de Londres
Carolyn Turner, viscondessa Wingate, está completamente escandalizada pela última seleção levada a cabo pela sociedade literária de Londres. Memórias de uma amante é escandalosamente explícito e absolutamente perverso... e despertava nela sentimentos que nunca soube que possuísse. Está convencida de que esta erótica leitura é o único motivo pelo qual está sucumbindo aos encantos do célebre libertino Daniel Sutton, lorde Surbrooke.
É totalmente impossível que esteja apaixonada por suas ilícitas carícias... ou não?
A última coisa que Daniel desejava era pronunciar os votos matrimoniais. Desejava com anseio a Carolyn, certo, mas nunca imaginou que uma vez que a arrastasse a sua cama jamais queria deixá-la partir.
Mas só quando um assassino converte a sua amada em seu objetivo, Daniel se vê incitado a confessar seu amor... e a reclamar a Carolyn como sua mulher.
Capítulo Um
— Quando escolhemos este livro, não fazíamos ideia de que fosse tão... explícito- murmurou Carolyn Turner, viscondessa de Wingate.
Sentada no salão de sua casa, apertou com suas mãos o exemplar fino, encadernado em couro e muito lido de Memórias de uma amante e contemplou a suas três convidadas, que formava com ela a Sociedade Literária de Damas de Londres. Percebeu que um rubor escarlate idêntico ao dela coloria as faces de suas amigas, o que era compreensível, pois uma delas fazia pouco que se casou, e as outras duas eram inocentes e virginais. Bom, virginais sim, mas inocentes não mais... graças às Memórias.
Claro que ela, apesar de ter estado casada durante vários anos, nunca sonhou, e muito menos experimentou, a metade das coisas descritas no escandaloso livro que, recentemente, cativou à Sociedade Londrina. Antes da prematura morte de seu amado Edward, três anos atrás, Carolyn acreditava que compartilhara com ele todo o prazer imaginável. A julgar pelo que leu nas Memórias, não era exatamente assim.
Sarah, sua irmã, marquesa de Langston graças a seu recente matrimônio, pigarreou.
— Bom, a razão primitiva de que criássemos nossa pequena Sociedade Literária de Damas era deixar de lado os clássicos a favor de leituras consideradas proibidas.
— Assim é — confirmou lady Julianne Bradley, cuja cútis, que normalmente era de porcelana, parecia agora um aceso pôr do sol — mas uma coisa é o proibido, e outra, isto.
Sustentou alto seu exemplar da obra e Carolyn se fixou em que muitas de suas páginas se viam decididamente manuseadas. Julianne se inclinou para diante e, embora estivessem sozinhas na sala, baixou a voz.
— Se minha mãe, alguma vez, descobrisse que tenho lido coisas tão chocantes, ela... — Fechou com força as pálpebras durante uns instantes. — Uf, nem sequer posso imaginá-lo.
— Ficaria furiosa, como faz sempre — interveio lady Emily Stapleford com sua franqueza habitual. — Pediria os sais e, quando se tivesse acalmado, aposto que te confiscaria o livro para lê-lo ela.
— Emily sorriu com ironia a Julianne por cima da borda de sua xícara de chá. — Em cujo caso, você não só te veria confinada a seu quarto pelo resto de seus dias, mas também nunca recuperaria seu livro, assim te assegure de que não o descubra.
Julianne ruborizou ainda mais e acrescentou, com nervosismo, outro torrão de açúcar a seu chá.
Sociedade Literária das Damas de Londres
1 - Despertos à Meia-Noite
2 - Confissões de uma Dama
3 - Sedução à Meia-noite
4 - Tentado à Meia-noite
Série Concluída
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!