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9 de setembro de 2010

Só com um Highlander

Série Pine C. Highlander

Passaram trinta e oito anos desde que o velho feiticeiro druida, Pendaär, lançou um feitiço para transportar certo laird escocês do século XII até ao presente. 

Só ele e uma mulher da época atual poderão conceber o filho que se transformará no sucessor de Pendaär. O feiticeiro é muito velho e 
seus poderes enfraquecem a olhos vistos.
O feitiço que lançou não atingiu só em Greylen MacKeage... Como também a outros nove homens e seus cavalos de batalha. Mas essa história já foi contada. Esta é a história da sétima filha de Grei e Grace MacKeage, Winter, nascida faz vinte e cinco anos do último solstício de inverno. Winter vive com seus pais e sua irmã, Megan, e dirige uma galeria de arte em Pene Creek em que expõe a obra de artistas locais, incluídas suas próprias pinturas sobre temas da natureza. Um dia, no fim de setembro, um homem assombrosamente masculino entra na galeria e faz uma oferta por "Observadores da lua", um quadro de Winter sobre um urso e seus filhotinhos. Ele tenta comprar seu esboço sobre um filhote de pantera, mas se decide por outra pintura e pela ajuda de Winter para localizar uma convocação de ursos de montanha. Parece que o homem, Matheson Gregor, comprou a montanha e quer que ela, com seus dotes de artista, ajude-o no desenho de sua casa. Winter se sente intrigada por Matt; ele é o primeiro homem que lhe inspirou algum tipo desejo. De modo que concorda em ajudá-lo e levar Megan consigo, apesar das suspeitas de seu pai, que ainda possui o coração de um guerreiro das Highlanders. Pendaär, agora conhecido como pai Daar, vive sozinho na montanha TarStone, aguardando o momento em que possa passar seus poderes a Winter. Mas agora sente uma mudança que poderia significar o fim da humanidade e estima que chegou o momento de Winter saber quem é e tome completa posse de seus poderes.


Capítulo Um

Winter MacKeage perdeu o fio da conversa assim que apareceu aquela grande figura masculina. Entretanto, Rose continuou falando, alheia ao feito de que o homem mais bonito que já tinha pisado em Pene Creek, acabava de parar diante a vitrine da galeria de arte de Winter para olhar o quadro que pendurava ali. Dando uma cotovelada no braço, exigiu:
—Diga que tenho razão: diga a Megan que ninguém cochicha a suas costas… Ei! — Rose subiu o tom de voz ao tempo que a agarrava pela manga para voltar a colocá-la na conversa — Sua irmã acredita que todo o povoado se compadece dela.
Winter afastou o olhar da divina aparição da vitrine e, piscando, olhou a Rose e a sua irmã Megan enquanto tentava recordar do que falavam.
Rose deu um suspiro.
—Maldição, Winter, me ajude. Diga a Megan que não é a fofoca do povoado.
Por fim, Winter olhou diretamente nos olhos cheios de lágrimas de sua irmã e assentiu.
—Talvez, é verdade que todo mundo fala de você, Meg… — Disse — Mas só porque vai pela rua com a pinta de uma boneca de pano que tivessem deixado todo o verão sob a chuva.

Aproveitando o puxão da manga, Rose deu a Winter um ligeiro empurrão.
—Isso não me serve! — Espetou, zangada.
Winter se afastou, cruzou os braços e, sem fazer caso de Rose, deu um olhar feroz a Megan.
—Sempre tem a face tão baixa que é um milagre que não te pise no queixo. Anda por aí arrastando os pés como um cachorrinho espancado. — Alargou a mão para acariciar o caído ombro de sua irmã e depois prosseguiu em tom mais doce — A gravidez não é uma doença, Meg, nem tampouco o fim do mundo. A única que tem pena de você por aqui é você, e se não mudar logo, seu bebê nascerá fazendo um bico que ficará para sempre.
De um tapa, Megan MacKeage limpou as lágrimas da vermelha face e recebeu com um olhar assassino o sorriso cheio de ternura de Winter.