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29 de setembro de 2011

Samala, A Noiva Prometida





— Preciso me casar! Arranjem uma esposa para mim!
— disse o Duque de Buckhurst a suas irmãs.

Afinal, ele tinha que providenciar um herdeiro para o ducado e pouco importava quem fosse a mulher que se deitaria em sua cama.
Contanto que fosse linda, nobre... e lhe desse um filho!

Mas, para Samala, a moça escolhida para ser a futura Duquesa de Buckhurst, a situação era bastante constrangedora.

Como iria entregar seu corpo virginal, jamais tocado por homem algum, a alguém tão insensível e arrogante como o Duque de Buckhurst?
Como poderia se unir a um homem cuja fama não era das melhores na corte londrina, e que ela apenas conheceria no altar?

Capítulo Um

1827

O Duque Buckhurst estacionou sua bela parelha de cavalos diante da porta principal de sua imponente mansão, em Park Lane. Tirou o relógio de ouro do bolso do colete justo, que realçava as formas de seu corpo forte e viril, e exclamou, satisfeito,
— Uma hora e cinquenta e dois minutos! Acho que bati mais um recorde, meu caro Jim!
— Dois minutos a menos que a última vez, Milorde — confirmou o homem, sentado no banco traseiro do luxuoso faetonte.
Orgulhoso de si mesmo, o Duque desceu do veículo e caminhou em direção à casa sobre o tapete vermelho, que fora estendido rapidamente por dois criados usando librés com as cores da família.
Ao entrar no vestíbulo de mármore, de onde se elevava uma magnífica escadaria até o primeiro andar, um mordomo veio apanhar sua cartola e as luvas.
— A Marquesa e Lady Bredon o aguardam no salão, Milorde — anunciou ele, respeitosamente.
— Maldição! — murmurou o Duque, entre dentes.
Estava para seguir na direção oposta ao salão quando ouviu passos apressados atrás de si. Virou-se e deparou com seu cunhado, o Marquês de Hull, que desejava falar-lhe.
— Olá, Buck, meu velho! — saudou ele — Vejo que chegou, afinal!
— Que diabos está acontecendo por aqui? — indagou o Duque, visivelmente contrariado — Na certa mais uma daquelas entediantes reuniões de família, não é mesmo?
— Receio que sim, meu caro — murmurou o Marquês, percebendo a irritação do cunhado.
— Por favor, Arthur, diga a minhas irmãs que já cheguei e que não as farei esperar muito. Ah!

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