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1 de fevereiro de 2010

Sempre



Filha ilegítima do rei, Rosamunde foi criada em um convento e foi totalmente preparada para assumir o véu... 
até que o Rei Henry aparece com um marido relutante para ela. 

De repente, ela se encontra prometendo amar, honrar e obedecer a Aric... para sempre.

Uma quase freira com uma educação sexual muito peculiar... Educação.
Rosamunde não inclui uma noite de núpcias, e o que os animais fazem nos estábulos é a única referência sexual desta donzela sem experiência. Oh Deus... Aric vai morder seu pescoço como os animais ao emparelhar-se?
Noite de núpcias de breves minutos e com testemunhas.
Aric é um guerreiro, viril e capaz de expressar uma paixão animal, mas tem que consumar um casamento em poucos minutos e com testemunhas apressando-o, o que se torna uma missão quase impossível.
Amar, sim. Honrar, sim. Obedecer?
Rosamunde logo descobre que, enquanto pode ter dificuldade em obedecer as ordens e pedidos extravagantes do marido, não será difícil amá-lo para sempre.
Um Compromisso para sempre... Amor para sempre... Honra para sempre... E...
Sempre obedecer.

Capítulo Um

Lady Adela, abadia de Godstow, franziu a testa ao observar a extensão da mesa onde todas as freiras estavam sentadas para a comida do meio-dia. A irmã Clarice, a irmã Eustice... e lady Rosamunde estavam faltando.
Não era estranho que a irmã Clarice se atrasasse.
A mulher estava atrasada para todas suas tarefas. Muito provavelmente ela se esqueceu de ir procurar o incenso para a missa que teria lugar após o almoço, e tinha ido buscá-lo, irmã Clarice sempre esquecia o incenso.
Mas a irmã Eustice e lady Rosamunde sempre eram pontuais, previsíveis como uma regra. Mas elas tampouco estiveram na refeição da manhã. Tampouco estiveram nas orações da madrugada e da manhã. 

Em Godstow, precisava de uma emergência para que uma freira não assistisse às orações, e esta não seria uma exceção. A irmã Eustice e lady Rosamunde tinham estado nos estábulos durante a noite e boa parte da manhã, ocupando-se de uma égua que estava por parir seu potro.
Mas certamente elas não estavam ainda ocupadas com isso! ela se irritou, então olhou em direção à irmã Beatrice, que tropeçava com as palavras da passagem que estava lendo.
Adela arqueou uma sobrancelha interrogativamente. A irmã Margaret fez um movimento com suas mãos, imitando a ação de ordenhar uma úbere.
Adela piscou, logo se deu conta que ela sustentava a jarra com leite enquanto pensava nas mulheres desaparecidas. Passando a jarra à irmã Margaret, a abadessa fez um gesto para que as outras continuassem com sua comida, então levantou-se e se moveu para a porta. Ela mal tinha entrado no corredor quando viu a irmã Clarice que se apressava pelo corredor com um ligeiro rubor culposo em seu rosto.
Como não podia falar durante a refeição, Lady Adela uma vez mais arqueou uma sobrancelha, exigindo uma explicação da mulher atrasada.
Suspirando, Clarice levantou sua mão e inseriu um dedo em sua fossa nasal, em um gesto para avisar que esqueceu o incenso para a missa - tal como Adela suspeitava.
Sacudindo a cabeça, a abadessa fez um gesto para que Clarice fosse à comida; em seguida partiu para os estábulos.
O lugar estava em silêncio salvo pelo sussurro suave de feno quando vários animais se moveram e olhavam curiosamente para ela quando entrou. Levantando a bainha de sua saia para evitar arrastá-la e sujá-la em algo desagradável, ela avançou até alcançar o último compartimento. Lá, a irmã Eustice e lady Rosamunde estavam ajoelhadas diante de uma égua ofegante. A abadessa ficou parada por um momento, observando afetuosamente as costas curvadas enquanto as mulheres trabalhavam com o animal; então sua boca se curvou com desânimo quando Eustice se moveu e ela pôde ver exatamente como lady Rosamunde estava trabalhando.
- Em nome de Deus, que estão fazendo?
Rosamunde ficou rígida ante essa exclamação de horror vinda detrás, sua cabeça girando brevemente para ver a abadessa boquiaberta observando-a com desânimo.