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18 de dezembro de 2016

Senhorita Feliz Natal


David Worthington, Duque de Penrose não está feliz com a governanta americana que chegou com suas novas pupilas.

Ele especialmente não gosta de sua atração pela mulher insuportável, e está ansioso pela chegada de sua substituta. Meredith Chambers fica emocionada quando a Duquesa Viúva de Penrose a contrata como sua acompanhante. 
Agora, ela pode ficar com suas alunas amadas. 
Mas poderia ignorar como seu coração bate quando o duque pomposo se aproxima? Duas pessoas determinadas a ignorar o outro, apesar da atração entre eles, e as faíscas que voam quando estão juntos.

Capítulo Um

Senhorita Meredith Chambers respirou fundo e sorriu para as duas meninas olhando para ela com os olhos arregalados.
― Bem, parece que chegamos.
Seu sorriso vacilou quando ambas agarraram suas pernas e esconderam o rosto em suas saias.
― O que é isso?
― Eu não quero viver aqui ― Charlotte, a mais velha das irmãs, lamentou.
― Nem eu ― Clare ecoou.
Merry caiu de joelhos e puxou-as para perto. ― Vocês são tuteladas do duque. Ele é um homem muito importante, o melhor amigo do seu pai. Vocês vão adorar viver aqui.
Duas cabeças de cabelos loiros encaracolados sacudiram furiosamente.
― Senhora? ― A porta da frente da enorme casa se abriu, e um homem alto, o mordomo de nariz tão fino quanto o resto dele, olhou para baixo para elas.
― Sua Graça espera por você na biblioteca.
Merry levantou-se e deu um tapinha no seu cabelo, que havia se soltado de seu coque. Bem, não havia tempo para mexer com isso agora. Ela deu um passo para frente, arrastando as duas meninas com ela. O som do coche que as trouxe, com suas rodas barulhentas nos paralelepípedos, tocou em seus ouvidos, o último elo à sua antiga vida.
― Meninas soltem minhas pernas, eu não posso andar.
Elas se agarraram com mais força, fazendo-a arrastar os pés ao longo do caminho como uma inválida. Quando conseguiram chegar ao fundo das escadas, Merry passou um braço em volta de cada menina pequena, levantou-as, e subiu os degraus. O mordomo olhava o grupo sem expressão.
― Por favor, eu prefiro dessa forma.
Sem fôlego, Merry seguiu o homem, ainda arrastando as meninas.
Modéstia, a casa era enorme. O hall de entrada de mármore estava cheio de mesas delicadas, com cadeiras estilo Queen Anne, e um relógio imenso, seu som quase tão alto quanto a batida do coração de Merry.
― Senhora? Quer ajuda?
Percebendo que ela ficou boquiaberta como um rufião da rua, Merry tentou avançar, ainda impedida pelas meninas.
― Senhoras, vocês devem me deixar ir. Eu não posso andar desse jeito. ― Elas se agarraram com mais força. Ela deu um sorriso para o mordomo,
que permaneceu impassível, deixando-a pensando se um sorriso já enfeitou o rosto impassível.
Apesar de suas melhores intenções, Merry olhou em volta, espantada com os arredores. Tapetes de pelúcia, revestimentos de seda nas paredes, lustres de valor inestimável, tudo a lembrando da riqueza e status do guardião das meninas. Seu nariz bateu em algo sólido pois o mordomo fez uma parada abrupta, mas seu corpo, com suas duas cargas ainda ligadas firmemente aos seus membros, não o fez.
Com os lábios se contraindo, mas mantendo o seu comportamento austero, o mordomo abriu uma grande porta de madeira com entalhes elaborados, e respirou fundo antes de anunciar.
― Lady Charlotte Spencer, Lady Clare Spencer e Senhorita Meredith Chambers.
As meninas se agarraram com mais força, tornando praticamente impossível para Merry entrar na sala. Ela arrastou um membro, depois o outro, até chegar à mesa de carvalho maciço. 
Ofegante por seu esforço, ela olhou para os olhos castanhos mais impressionantes, com manchas de ouro, que já tinha visto. Acima dos olhos, sobrancelhas pretas afiadas subiram quase até a linha fina dos cabelos pretos ondulados. Abaixo dos olhos um nariz aristocrático levava aos lábios sensuais que estavam em uma linha apertada.
― Sua Graça. ― Ela soprou e tentou uma reverência desajeitada.
O único som na sala era o clique suave da porta quando o mordomo saiu. Merry esperou pacientemente para serem convidadas a sentar-se. Em vez disso, os olhos castanhos ficaram olhando para ela, depois deslizou seu olhar para baixo, e, obviamente, o aperto adicional de seus lábios sensuais encontrou o que procurava.
Eventualmente, uma mão de dedos longos apontou na direção de uma das duas cadeiras de couro na frente de sua mesa. ― Sente-se.
Merry sentou-se abruptamente, sentindo-se como um cão ofegante na frente de seu mestre. As duas meninas acabaram de joelhos no chão, ainda enterradas em suas saias.
― Há algo de errado com as meninas? ― A voz profunda soou sobre ela, acelerando o seu coração.
Merry agarrou os braços das meninas e tentou puxá-las de seus pés. Elas seguraram mais apertado.
― Não, excelência. Elas estão apenas um pouco ansiosas.
― De fato.
Como era possível colocar tanta desaprovação em uma pequena frase?
Depois de um momento, ele se acomodou em sua cadeira, seus dedos segurando uma caneta de pena que bateu na mesa. ― Eu acredito que tiveram uma viagem agradável?
Como todo o líquido em sua boca secou, ela apenas balançou a cabeça.
― Meus advogados me informaram de que você era única responsável pelas meninas desde que seus pais faleceram há um mês?
― Sim, Sua Graça. ― Deus. Ela finalmente foi capaz de falar.
― E você não pode controlar suas responsabilidades o suficiente para insistir que elas se sentem adequadamente como senhoras?
Um calor subiu para rosto e a raiva de Merry se demonstrando no mesmo. O idiota arrogante!