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16 de janeiro de 2013

Seu Único Desejo

Trilogia Spice
A jovem Georgiana Knight usa seu nome com orgulho. 
Também herdou algo mais de sua tia, a notória Duquesa de Hawkscliffe que, com seus amantes, escandalizou toda a Alta Sociedade.
Georgiana sente sua mesma paixão pela vida e rejeita as convenções, se tem que amar, se tem que casar-se, só o fará livremente e somente com o homem que a trate como igual. 
Entretanto, duvida que possa encontrá-lo no reduzido círculo que nasceu e foi criada, da classe dirigente inglesa na Índia.
Até que uma fragata chega a Calcutá e entre seus passageiros desce Ian Prescott, um Diplomata com uma importante missão secreta.
 

Capítulo Um 


Índia, 1817 
Sob um céu incisivo, azul como as plumas do pavão, a cidade de Calcutá, calcinada pelo sol, estendia-se ao longo de um meandro do Rio Hooghly perfilado de palmeiras, como uma tapeçaria viva ou um delicioso xale de seda, que ondeasse ao compasso de uma brisa carregada do aroma das especiarias. 
Os bandos de pássaros revoavam em torno dos pináculos arredondados dos antigos templos hindus, e os fiéis, à entrada dos portões de tamanho sobrepostos, com túnicas com as cores vivas das flores, banhavam-se na escadaria de pedra que desaparecia nas águas. 
O ruidoso mercado se estendia ao longo da nebulosa borda, em uma tumultuosa confusão de postos e bancas dedicadas ao regateio que ofereciam toda sorte de artigos, desde tapetes afegãos, até afrodisíacos preparados com chifre de rinoceronte. 
Longe das povoadas bordas, o rio era um enxame de transações comerciais, típico da capital da Índia britânica. 
O monopólio que a Companhia das Índias Orientais exercia há tempos foi cancelado, era época de fazer fortuna, e águas turvas, ganho de pescadores. 
Os mercados e os comerciantes instalados no cais carregavam produtos destinados a mundos longínquos, em embarcações de plataforma redonda. 
Entretanto caos e exuberância, um veleiro de fundo plano atracava em silêncio. 
Um inglês alto e imponente, de mandíbula cinzelada e firme, estava debruçado na amurada. 
Destacava entre a multidão por sua formidável estatura, seus olhos de lince, imóveis, e a discrição elegante de seu traje londrino, enquanto a suas costas os marinheiros sujos e descalços, se apressavam em jogar a âncora e recolher as velas, concentrados em suas tarefas. 
O homem de olhos verdes e cabelo escuro, com traços sérios e aristocráticos escrutinava o panorama que oferecia o cais e vigiava com ar espectador, enquanto refletia sobre sua missão... 
Cada ano, no fim de setembro, quando minguavam as chuvas torrenciais da monção o céu se limpava e as revoltas águas das enchentes retrocediam, começava a mais sangrenta das estações, a temporada da guerra. 
Os tambores soavam e os exércitos se concentravam a muitos quilômetros de distância. 
Era o mês de outubro. 
O terreno começava a secar e, por sua dureza, logo estaria viável para as carruagens e as cargas de cavalaria. 
A matança era iminente. 
A menos que pudesse impedi-lo. 
 Olhando para um lado, Ian Prescott, Marquês de Griffith, examinou as barcaças próximas, com a segurança de quem sabe que o seguem. 
Nada novo sob o sol. Ainda não vira seu perseguidor, mas em sua profissão os homens desenvolviam um sexto sentido sobre esses assuntos ou não viviam para contá-lo. De todos os modos, a situação não o preocupava. 
Era mais duro de cortar que qualquer outro Cortesão da época, o que já comprovaram, para sua desgraça, assassinos enviados por distintos Governos estrangeiros. Escondido sob uma indumentária de confecção impecável levava um discreto arsenal, além disso, as potências coloniais que rivalizavam na região, não podiam assassinar um Diplomata de sua posição sem provocar um incidente internacional. 
Mesmo assim teria se encantado em saber quem o seguia. — Será francês? 
Trilogia Spice
1 - Seu Único Desejo
2 - Sua Secreta Fantasia
3 - Todos os Seus Prazeres
Trilogia Concluída

20 de outubro de 2011

Seu Único Desejo









Com astúcia e sigilo, Lizbeth Ives, filha do nobre e respeitado verdugo da Torre de Londres, frustra uma execução que devia levar a cabo seu pai e ajuda Broderick Maxwell, um espião escocês acusado injustamente de traição a escapar.

Consumidos pelo medo e guiados pela paixão, fogem para o norte num cavalo roubado… Só um corvo os acompanha em sua viagem.
Seria um mau presságio?
Não podem deter-se.
Se os capturarem, serão executados.
E se conseguirem chegar à Escócia, ele a reclamarácomo sua… para sempre.

Comentário revisora Maristela: Simplesmente Maravilhoso!!!!
Por motivos inexplicáveis, extraterrenos ou celestiais, alguém pode até não gostar do livro, mas A Cena do Casamento irá deixar todos suados, febril, hot..hot!
E pra quem gosta de imaginar lugares inimagináveis para namorar kkkkkkkkkkkkkkkkkkk, vai deslizar na maionese, e sonharrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr, em uma das inúmeras cenas hot do livro.
Vejam só: “Era o animal que controlava o ritmo de sua união!”, detalhe: o animal é um cavalo!Leiam e sonhem!

Capítulo Um

Londres, Páscoa de 1483
«Se meu pai não me proteger, estou morta.»
Lizbeth Ives baixou aos tropeções o último lance de escada e caiu no chão de joelhos. Ao longe, ouvia os passos dos guardas correndo.
Ao olhar para trás, a luz das tochas que se aproximavam projetavam estranhas sombras nas paredes de pedra e o coração disparou.
Levantou-se engatinhando e puxou a gola da capa com força, ocultando o documento que guardava no sutiã do vestido.
Enquanto corria a assaltavam imagens de sua cabeça sobre a tora do verdugo.
A garganta ardia ao respirar.
O corredor parecia mais longo, mais estreito e mais escuro que quando era menina.
Ao dobrar a esquina, a cabeça começou a dar voltas.
Fechou os olhos com força durante um instante para tentar controlar o medo.
Ao engolir a saliva, o amargo aroma dos calabouços chegou ao nariz, um aroma ao qual nunca se acostumava, apesar dos anos que passara na Torre.
Dois homens, que conhecia desde que era pequena, ficaram em pé ao vê-la aproximar-se da porta em forma de arco que guardavam. Lizbeth obrigou-se a manter um caminhar tranqüilo e regular.
—Bom dia, lady Ives —a saudou um dos guardas, inclinando a cabeça.
—Senhores —respondeu ela, com uma leve reverencia — preciso falar com meu pai.
—Está ocupado —replicou o mais alto— Não gosta que o interrompam, milady.
—Então me arriscarei a sofrer sua fúria. Fiquem de lado e me deixem passar.
—A autoridade de sua voz os surpreendeu, como a ela mesma, mas não tinha tempo a perder.
Os valentões de lorde Hollister chegariam a qualquer momento.
—Como desejar. —Os homens se afastaram, permitindo a passagem.
Lizbeth entrou no hall e correu o ferrolho.
Uma simples vela de sebo iluminava o curto corredor que se estendia diante dela.
Só dez passos mais.
Segurou com força o rosário de sua mãe, passando as contas de cristal para marcar os passos que a separavam da porta da câmara.
O som do látego de seu pai rompeu o silêncio e revirou-lhe as vísceras.
Pôs a mão sobre a garganta.
Amaldiçoou-se por ser tão covarde e, pela enésima vez, desejou ser a filha do ferreiro ou do moleiro.
Enrolou o rosário no pulso, sacudiu as mãos e apertou os punhos para que deixassem de tremer.
Seu pai não sentiria compaixão por uma covarde.
Armou-se de coragem e abriu a pesada porta.
Imediatamente, levou a mão ao rosto pelo aroma de carne queimada que assaltou seu nariz.
Colocou a barra de ferro que bloqueava a porta nos suportes e se voltou para seu pai.
Este não se deu conta de sua chegada. Não se teria dado conta nem que uma árvore tivesse caído à suas costas.
Segurava o látego que acabava de deixar uma marca carmesim nas costas de um homem.
—Confesse e jure lealdade ao soberano da Inglaterra ou morre por sua teimosia —exigiu seu pai com voz malvada, fria e cruel.
Lizbeth odiava o personagem que se ocultava atrás daquela capa negra.
—Não confesso nada.