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11 de março de 2011
Surpresas Do Destino
De repente, seus corações foram capturados pelo fogo da paixão!
A viúva Abigail Cooprel ficou arrasada ao saber que a filha havia morrido ao nascer e que fora substituída por um bebê saudável.
Agora, seis anos mais tarde, ela cuidava com carinho do menino, como se fosse seu filho legitimo, e faria qualquer coisa para continuar com ele.
Os anos que passara vagando pelos campos de mineração do Colorado, em busca da esposa desaparecida e do filho que jamais vira, causaram muito sofrimento a Willem Tremain.
Solitário e desolado, ele quase chegara a perder as esperanças, até que Abigail e seu filho o fizeram amar outra vez.
Capítulo Um
Guston, Colorado Julho de 1888
Willem parou para recuperar o fôlego e pôs no chão a surrada valise. Olhou para a pensão de janelas brancas, empoleirada no mínimo duzentos metros ladeira acima, e fez uma careta.
— Quem construiu aquela casa só pode ter parentesco com cabra montês — ele resmungou, respirando fundo, antes de prosseguir.
Cem metros adiante, fez outra parada, tirou o chapéu e olhou para a cidade lá embaixo. O vento agitou seus cabelos, agora muito compridos, e jogou-lhe uma mecha sobre os olhos. Tão logo estivesse instalado, ele procuraria algum barbeiro barato para resolver o problema.
Guston era igual às outras cidades surgidas da corrida do ouro. Tinha ruas bem traçadas e um ativo comércio. Na periferia, viam-se muitas construções em andamento. Havia uma profusão de bandeiras entre os prédios, e o som de uma fanfarra chegou até os ouvidos de Willem.
— Qual será o grande acontecimento? — ele se perguntou.
Aquilo o deixou aborrecido. Se Moira estivesse mesmo naquela cidade, como os investigadores da Agência Pinkerton acreditavam, seria difícil encontrá-la no meio de uma multidão agitando bandeiras. Willem pôs outra vez o chapéu na cabeça, irritado, e retomou a caminhada ladeira acima.
Não parou nem para bater a poeira das botas, quando alcançou a pensão. Abriu a larga porta e foi entrando, mas estancou ao ver o interior asseadíssimo e os imaculados tapetes espalhados pelo lustroso assoalho de madeira. Imediatamente, recuou para limpar o pó das botas e das calças.
Aquela não era uma pensão como as de outras cidades de mineradores. Willem parou no meio da sala bem-arrumada, decorada por peças de cerâmica esmaltada, enquanto esperava por alguém para atendê-lo. Um enorme relógio de pêndulo encostado na parede marcava os minutos com suas batidas firmes e compassadas. Pouco depois, de caminhou até uma mesa envernizada nos fundos da sala. Uma plaqueta indicava ser ali o balcão de registros. Na parede de lambris, viam-se fileiras de ganchos, mas dois deles estavam ocupados por chaves numeradas. Havia também uma campainha de bronze ao lado do uma outra plaqueta que dizia: "Toque para chamar a recepcionista". Willem perguntou-se que tipo de velhota dirigia aquele lugar. Evidentemente, deveria ser alguém restasse de fazer letreiros para indicar o óbvio.
Mal ele tocou a campainha, ouviu passos rápidos.
— Em que posso servi-lo?
Uma mulher que não tinha nada de velha ou desmazelada irrompeu na sala, limpando no avental as mãos sujas de farinha de trigo. Trazia com ela o cheiro de canela, maçã e pão assado. Willem fez uma careta quando o estômago dele escolheu justamente aquela hora para roncar alto.
— Preciso de um quarto — ele se apressou em dizer.
Por alguns instantes os olhos azuis da mulher o fitaram, como se o avaliassem. Com a barba por fazer havia dias, vestindo roupas empoeiradas, ele devia estar com uma aparência horrível.
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