Segredos guardados, desejos apaixonados...
Hugh D'Abernon, o marquês de Darley, está em Sevastopol por um único motivo: patrulhar a cidade para o Serviço Secreto Britânico.
Portanto, se ele por acaso encontrar uma linda mulher em apuros, ele simplesmente a escoltará até um lugar seguro e retomará sua missão.
Em hipótese alguma, ele se deixará desviar do cumprimento do dever, por mais tentadora que seja a dama em questão...
Aurore Clement não é do tipo que se deixa impressionar por um homem bonito.
A prudência vem sempre em primeiro lugar, mas perto de um cavalheiro charmoso como Hugh D'Abernon, ela descobre como é difícil manter o foco em assuntos mais importantes, como por exemplo, seu trabalho para o governo francês e os cuidados com seu irmão, que se feriu servindo o Exército.
Hugh e Aurore, entretanto, têm seus motivos para querer escapar da realidade daquela guerra temível.
E quando voltam a se encontrar, nada é capaz de impedir a paixão avassaladora que explode entre ambos...
Capítulo Um
Crimeia, fevereiro de 1855
Em uma manhã fria, fora de Sevastopol, Hugh D'Abernon, marquês de Darley, andava sobre uma colina, quando a viu pela primeira vez.
Ela estava em pé ao lado de uma carruagem, segurando a bainha do casaco para mantê-lo longe da lama, ajudada pelo criado.
Os cabelos dourados brilhavam ao sol, e até mesmo a dez metros de distância, sua beleza era surpreendente.
Se ele não tivesse uma missão a cumprir, a moça teria lhe desviado o caminho.
Mesmo assim, em um cenário de guerra, uma mulher cuja figura era memorável chamaria a atenção de qualquer jeito.
Na certa ela devia ser esposa de algum nobre muito rico.
O casaco de zibelina que usava era feito da mais rara e cara pele.
A estrada se encontrava praticamente intransitável, repleta de buracos; provavelmente os responsáveis pela quebra de uma das rodas da carruagem da dama.
Ao chegar mais perto, ele notou que a beleza da moça era ainda mais impressionante.
Ela se assemelhava a uma bela Madonna de Della Robbia, de olhos negros.
Em vez de ouvir seus pensamentos, que o impulsionavam a seguir em frente, tirou o chapéu de pele de lobo para cumprimentá-la.
— Posso lhe oferecer um transporte para a cidade? — ofereceu em francês, a língua das classes mais altas da Rússia.
Ela o fitou após alguns minutos. — Obrigada. Eu apreciaria muito. — A resposta veio na mesma língua nobre, embora pudesse ter sido em tártaro, que parecia ser a língua nativa do estranho. Observando-o melhor, ela notou que o homem forte, de cabelos escuros, tinha a pele morena e as características aquilinas da população local.
Vestia-se como um tártaro. No entanto, seu francês fluente sugeria que a escolha das roupas tinha mais a ver com o clima do que com sua origem.
— As estradas estão piores do que de costume depois do descongelamento da semana passada. — Ela deu um sorriso, falando o dialeto da região para testá-lo. Eram tempos perigosos, e estava envolvida em negócios arriscados.
Não confie em ninguém” havia se tornado seu lema.
— Ibrahim bem que me avisou sobre fazermos uma viagem hoje. — Encolheu os ombros.
— E como o senhor... — Sem dúvida, o pobre não quis discutir. Uma dama sempre tem razão, não é mesmo? — Hugh comentou com um leve sorriso, o dialeto tão impecável quanto o dela. Arqueando uma sobrancelha, completou: — Será que consigo passar?
— E bom ter certa cautela com os exércitos inimigos em campo — ela advertiu, voltando ao francês.
— Muito sensato de sua parte. Pessoalmente, acredito que nações não deveriam ir para a guerra com pretextos tão superficiais, mas... Ninguém me perguntou. Entretanto, já que nos encontramos aqui, permita que eu me apresente. — Ele se curvou ligeiramente. — Gazi Maksoud, do Leste — mentiu.
Ela inclinou a cabeça, as mãos ainda ocupadas, mantendo o casaco longe da lama. — Sou Aurore Clement de Alupka.
— Vizinha do príncipe Woronzov, então. — Sim. Minha propriedade faz fronteira com a dele. Aurore não havia dito quem era o marido, pai ou irmão, despertando sua curiosidade.
Apesar de todos os anos que ele passara vagando pelo mundo, nunca se sentira inclinado a perguntar algo mais íntimo sobre alguma mulher além de sua disponibilidade.
Seria por estar cansado e não dormir havia dias? Talvez fosse apenas por ela ser uma mulher bonita que, de repente, o fizera evocar pensamentos sobre lençóis claros, camas macias e um corpo tenro.
Desorientado com a deliciosa fantasia alimentada pela cadência alegre da voz da moça, voltou para a dura realidade do vento gelado e da lama.
— Ibrahim, leve aquela caixa de vinho e espere aqui com nossos suprimentos. Mandarei alguém com uma nova roda o mais rápido possível — ordenou Aurore ao criado. E, voltando-se para Gazi, acrescentou: — O senhor não se importa de carregar meu vinho, não é? — indagou, lançando um olhar para a fileira de animais carregados que o seguia.
— Claro que não. Deixe-me tirá-la deste lamaçal. — Ao desmontar, Gazi andou por sobre a lama até ela. — Mas receio não poder oferecer uma sela para damas.
— Não tem importância. Tenho cavalgado boa parte da minha vida em selas masculinas.
Ele devia estar mais cansado do que pensava.
Seu cérebro estava atribuindo duplo sentido à resposta e formando uma imagem adorável: ela cavalgando sobre ele.
O sonho quase o fez se esquecer daquela guerra sem sentido e do fato de não tomar um banho quente havia uma semana.
— Peço desculpas por meu mau estado — murmurou ao se aproximar dela. — Viemos de Perekop sem nenhuma parada.
— Não precisa se desculpar. As superficialidades da sociedade não têm sentido nestes tempos dolorosos. Depois de visitar os hospitais de Sevastopol, fica claro o quanto é banal a polidez diante do sofrimento humano.
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14 de fevereiro de 2012
17 de agosto de 2011
Sem Barreiras
Inglaterra, 1788
Impossível resistir...
Alguns homens não se interessam pelos deveres e responsabilidades matrimoniais.
O que têm a oferecer é o paraíso sensual que toda mulher deseja sentir.
E Julios D'Abemon, é assim. Dizem que pode seduzir uma mulher apenas com um sorriso. No entanto, conquistar a bela Elspeth está sendo um verdadeiro desafio para ele.
A recatada Elspeth, é dona de uma personalidade cândida e vibrante.
Pena que esteja presa a um casamento por conveniência com um homem tirânico.
Por essa mulher, Julius está disposto até mesmo a abandonar sua vida de conquistas e provar que em seus braços, Elspeth virá a conhecer uma felicidade que ela julga não existir.
Poderá uma paixão proibida se transformar em um amor verdadeiro?
Nota jenna: Li este livro semana passada adorei!
Capítulo Um
Newmarket, Maio de 1788.
Elspeth não desejava ter ido ao baile da hípica, o que não era de admirar, já que nunca se sentia disposta a comparecer a entretenimentos e festividades com o marido.
Mas ali estava.
Porque seus pais estavam mortos, o irmão precisava dela, e Elspeth faria tudo o que estivesse a seu alcance para assegurar o futuro de Will.
Dispersando a melancolia familiar que a invadia sempre que se permitia recordar as razões pelas quais se casara, lembrou que havia muitas pessoas no mundo em circunstâncias bem piores.
— Pegue outro conhaque para mim, e seja rápida — grunhiu o conde Grafton.
De repente, o burburinho do mundo ao redor interrompeu lhe os pensamentos.
Ouviu a música outra vez, percebeu os casais dançando e olhou para baixo para contemplar o semblante feio e enrugado do marido, sentado em sua cadeira de rodas.
Engolindo uma resposta afiada, assentiu com a cabeça e tratou de atendê-lo. -
— Quem é ela? — perguntou Julius D'Abernon. Marquês de Darley seguindo Elspeth com o olhar, enquanto ela atravessava o salão, do lado oposto ao que ele e os amigos se encontravam. — Que bela mulher!
— É a mais recente esposa de Grafton — respondeu o visconde de Stanhope.
— Outra? Quantas vezes aquele velho diabólico já se casou?
— Três.
Julius ergueu as sobrancelhas.
— Essa é a que...
— O colocou naquela cadeira de rodas? Sim, é a própria. Uns seis meses atrás foi o mais suculento dos escândalos.
— Sim... Agora me recordo. O infeliz teve uma apoplexia na noite de núpcias.
— E lady Elspeth ainda é virgem. Pelo menos, é o que dizem à boca-miúda.
O que justifica o fato de o conde vigiá-la como um falcão, não permitindo que saia sem a companhia de uma criada.
— Grafton é muito velho para uma jovem delicada e graciosa como aquela — murmurou Julius, continuando a seguir Elspeth com o olhar.
— Onde ele a conheceu?
— É filha que um vigário. Não faz seu estilo, Julius.
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1 de maio de 2011
Eterno Amante
Inesquecível Amor!
Uma tempestade obriga a carruagem em que Caroline viaja a parar numa estalagem, num vilarejo assolado pela nevasca.
Mais contente do que contrariada, Caroline se aquece diante do fogo crepitante, quando uma voz que ela pensava que jamais voltaria a ouvir a deixa arrepiada.
A visão de Simon Blair, bonito e másculo como sempre, traz à tona lembranças de um romance ardente do passado, que terminou com a infidelidade de Simon e a fuga de Caroline para o casamento com outro homem.
Agora, sozinha outra vez, ela é incapaz de esconder do antigo amante a emoção que o simples som da voz dele lhe provoca.
Uma noite de folguedos se transforma numa noite de amor, seguida por outras, de puro êxtase e felicidade.
Mas o medo de sofrer leva Caroline a fugir novamente, sem imaginar que sua entrega fugaz reacendeu em Simon um desejo insaciável, e que ele não descansará enquanto não a encontrar...
Capítulo Um
Yorkshire, Novembro de 1821
A neve vinha caindo desde as primeiras horas da manhã, mas o cocheiro forçara os cavalos a enfrentarem o mau tempo e as más condições da estrada, decidido a parar apenas quando chegassem a uma boa hospedaria nos arredores de Shipton.
Ao contrário da maioria dos passageiros, que reclamavam que a interrupção da viagem alteraria seus planos, Caroline Morrow estava mais do que feliz por poder sair do frio do interior da carruagem e entrar no ambiente quente da hospedaria.
Mal se viu lá dentro, sacudiu os flocos de neve de sua capa, tirou o capuz e procurou se acomodar nas proximidades da lareira.
Livrou-se das luvas e estendeu as mãos em direção ao calor.
A possibilidade de poder dormir em uma cama confortável era uma razão a mais para se sentir animada.
Perdeu-se em pensamentos antecipando o prazer de comer uma refeição quente, de tal forma que a voz familiar que soou muito perto não lhe chamou inicialmente a atenção. Mas o tom profundo e distinto insinuou-se em sua mente e ela ergueu a cabeça.
Tudo pareceu parar no tempo e Caroline apenas tinha consciência de que havia pessoas à sua volta, conversando.
E, entre elas, um homem de seu passado.
Imediatamente ele estava ao seu lado.
— Nem acredito que você esteja aqui!
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