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24 de agosto de 2025

A Rainha de Frederick

 Série Clã Graham

Não pode haver luz sem escuridão, nem esperança sem desespero, nem amor sem dor de cabeça.
Algumas cicatrizes não podem ser vistas ...Quando o belo Frederick Mackintosh se oferece para casar com Aggie McLaren, ela tem certeza de que é a ganância ou a insanidade que o motiva. Além da terra e da chance de ser Laird, ela acredita que não tem mais nada a oferecer. Ela logo descobre que nada poderia estar mais longe da verdade. A esperança que ela pensava há muito perdida floresce com a bondade de seu marido, sua honra e a determinação feroz de tornar seu casamento e seu clã um sucesso.
Às vezes, a perfeição é imperfeita...Aggie McLaren não é a imagem da esposa perfeita de Frederick Mackintosh. Ela não é culta, vivaz ou voluptuosa. Pequenininha, tímida e incapaz de falar, é um vislumbre do sorriso dela e da chance de ser Laird de seu próprio clã que o leva a pedir a mão dela. Frederick fará o que for preciso para vê-la sorrir novamente e ajudá-la a encontrar a voz.

Capítulo Um

Frederick Mackintosh ajoelhou-se diante do altar da pequena igreja. O sol do fim da manhã entrava pelas janelas e pela porta, trazendo consigo uma agradável brisa de verão e o som do riso das crianças.
Um ano atrás, o som de crianças rindo e brincando não teria tocado seu coração com tanta força. Muitas mudanças haviam ocorrido na fortaleza de Graham nos últimos seis meses. Mas essas mudanças eram leves em comparação com as mudanças que ocorriam no coração de Frederick.
Seu chefe, Rowan Graham, havia se casado com uma bela e impetuosa mulher de cabelos ruivos, logo após o Hogmanay. Rowan e Arline haviam se estabelecido confortavelmente na vida de casados. Quaisquer preocupações anteriores sobre a capacidade de Arline de conceber foram dissipadas há poucos meses, quando Rowan e Arline anunciaram que ela estava grávida. Ninguém ficou mais feliz com essa notícia do que a filha de cinco anos de Rowan, Lily, nascida de seu primeiro casamento. A pequena Lily queria muitas irmãs e expressava sua opinião sobre o assunto com bastante frequência.
O número de homens do Clã Graham havia aumentado em quase trezentos em janeiro. Os recém-chegados eram das terras baixas, acostumados a um modo de vida menos estruturado e menos honrado. Ainda assim, eram gratos pelo lar que Rowan lhes oferecera.
Foi o amor que Rowan e Arline demonstravam abertamente um pelo outro que começou a fazer Frederick questionar seu futuro. Frederick nunca havia pensado muito em ter esposa e filhos. Ele estava ocupado demais aproveitando a vida de solteiro para pensar em qualquer outra coisa além de seus hábitos de beber e prostituição.
Mas ver como Rowan havia passado de uma vida tão solitária para uma vida repleta de contentamento, felicidade e esperança no futuro fez Frederick parar para pensar. Ele estava se aproximando dos trinta verões. Talvez fosse hora de pensar nessas coisas.
Era por isso que ele estava na igreja. Ele estava rezando por uma esposa. Sim, ele ficou chocado quando se descobriu algumas semanas atrás. Era como se alguém estivesse sussurrando em seu ouvido: Frederick, você precisa de uma esposa.
A princípio, ele fizera o possível para ignorá-la, para lutar contra a voz até o fim. Tentou galantemente absorver os murmúrios fracos que saíam de sua cabeça. Partiu em uma escapada devassada e embriagada de quatro dias. A história de suas façanhas, sem dúvida, viveria mais do que ele.
Mas foi tudo em vão. Não importava quanto uísque ele consumisse ou quantas moças levasse para a cama, a voz continuava lá. Incessante, implacável e cada vez mais alta. Frederick, você precisa de uma esposa.
Brigar não ajudou. Lutar também não ajudou. Beber e se prostituir também não ajudou. A voz ainda estava lá. Frederick, você precisa de uma esposa.
Quando nenhuma de suas palhaçadas mais vis funcionou para exorcizar a voz, ele decidiu que talvez devesse rezar. Talvez, se rezasse o suficiente e com força suficiente, conseguisse fazer a voz maldita sair da sua cabeça. Então, ele foi para a igreja.
Duas horas depois, ele percebeu que rezar para que a voz desaparecesse era inútil. Talvez fosse Deus, ou um dos mensageiros de Deus, falando em seu ouvido. Talvez fosse hora de parar de beber e farrear e se concentrar em um futuro mais estável. Essa percepção o atingiu com tanta força que quase o deixou sem fôlego. Ele, Frederick Mackintosh, casado e com filhos? Sim, aparentemente era a intenção de Deus.
Sendo o sétimo dos nove filhos de John Mackintosh, Frederick não tinha esperança de algum dia se tornar chefe do clã de sua família. Embora sempre tivesse desejado secretamente ser chefe dos Mackintosh, sabia que as chances de isso acontecer eram praticamente nulas. Ele viera morar entre os Graham há mais de sete anos, percebendo que não era realmente necessário entre os Mackintosh.


Série Clã Graham
1- A Dama de Rowan
2- A Rainha de Frederick
Série concluída

A Dama de Rowan

Série Clã Graham

Ele construiu paredes impenetráveis ao redor de seu coração…A Peste Negra não mostrou piedade quando levou a linda esposa de Rowan Graham. Deixado para criar a filha sozinho, Rowan pretende cumprir as promessas que fez a Kate em seu leito de morte – exceto uma. Ele não daria seu coração a outra mulher.
Ela vai derrubá-las…Lady Arline não teve sorte no amor e no casamento. Seu primeiro marido tinha idade suficiente para ser seu bisavô e o último foi simplesmente cruel. Uma vez anulado seu casamento com Garrick Blackthorn, Lady Arline está determinada a viver o resto de sua vida em paz e harmonia. E viveria seus dias sozinha.
O destino tem outro plano…Quando sua filha é sequestrada e mantida sob resgate por Garrick Blackthorn, Rowan convoca o vínculo dos sete clãs para ajudar a resgatar sua filha. Mal sabe ele que a esposa de seu inimigo está cuidando de sua filha, arriscando a própria vida no processo. Lady Arline não percebe que a criança sequestrada pertence ao homem de seu passado, um homem que invadiu seus sonhos durante anos, até a noite em que ele vem buscar sua filha…O destino os une – mas os homens podem simplesmente separá-los.

Capítulo Um

Escócia, outono de 1354
— Você me ama?
Lady Arline sentiu os joelhos amolecerem. Seu estômago se agitou de desconforto ao olhar nos olhos azuis escuros daquele que era o seu marido havia três dias, Laird Garrick Blackthorn de Ayrshire. Ela não estava certa se era a pergunta que a inquietava, ou o olhar frio e sem expressão que o rosto dele apresentava quando ele perguntou. Ela engoliu em seco, desejou que as pernas e o estômago se acalmassem, e decidiu que a honestidade era sempre a melhor política.
— Tenho certeza de que eu poderia aprender a amá-lo, Laird. — Ela orou para que não soasse tão tola quanto se sentia.
Laird Blackthorn de Ayrshire era um homem muito bonito. Alto, esbelto e bem musculoso, ele era uma cabeça mais alto do que Lady Arline. Os cabelos loiros cortados curtos emolduravam um rosto mais do que belo. Lady Arline imaginou que a maioria das mulheres desmaiaria se ele escolhesse agraciá-las com um olhar daqueles olhos azuis escuros. E, caso os olhos não provocassem o desmaio, então talvez os músculos que palpitavam sob a sua túnica apertada bastariam.
Verdade seja dita, Lady Arline quase desmaiou ao vê-lo pela primeira vez, três dias antes. Eles foram apresentados apenas momentos antes de trocarem os votos de casamento. Havia sido tudo o que ela podia fazer para não pular de alegria por seu marido não só ter uma idade bem próxima à sua, mas também ser bonito.
Ele exalava poder, virilidade. Talvez, finalmente, existissem filhos em seu futuro.
Após a morte de seu primeiro marido, Lady Arline jurou que nunca mais seria ludibriada em outro casamento arranjado. Mas o pai dela, que Deus o abençoasse, foi bastante insistente para que ela desse outra chance ao casamento. Ela resistira ao pai até o momento em que viu Garrick Blackthorn pela primeira vez.
Havia algo, algo que ela não conseguia definir, algo nos olhos azuis de Garrick... eles guardavam alguma coisa. Mas, o quê? Um segredo, talvez? Ela ainda estava incerta, o que a deixava ainda mais nervosa. O que quer que fosse, achava difícil impedir que as suas pernas e os seus dedos tremessem. Apertou as mãos firmemente na frente do corpo e tentou pelo menos parecer não estar completamente aterrorizada.
Talvez fosse a antecipação do que estava por vir naquela sua primeira noite em sua nova casa como esposa dele. O marido ainda não tinha encostado um dedo nela, exceto pelo casto beijo no altar, três dias antes. Ele mal falara uma palavra para ela durante a viagem de Lochbraene para Ayrshire.
Ela se perguntou se, por acaso, ele também estava tão nervoso quanto ela.
Ela tinha dúvidas a esse respeito. Um homem tão atraente quanto Garrick Blackthorn deveria ter certamente uma boa dose de experiência com mulheres e o amor. Não, não poderia ser nervosismo que ela viu nas profundezas daqueles olhos escuros.
Era outra coisa.

  Série Clã Graham

1- A Dama de Rowan



23 de janeiro de 2021

A Ilha dos Abençoados


Nas páginas seguintes vocês conhecerão o Clã MacAulay e nosso herói e heroína, Graeme e Josephine, também descobrirá o que aconteceu com Albert e Laurin.

 

 

 

 

  

A Ilha dos abençoados é uma contribuição para  ”Antologia A lenda da espada Theodosia” que foi uma criação  de várias autoras.

                                                                           

 A lenda...
Uma família. Uma lenda.
Uma oportunidade para reverter as marés da fortuna.
124 A.D.
Vallum Aelium - Muro de Adriano - Forte 9
Legiovigesima Valeria Victrix - Vigésima Legião Valeriana Vitoriosa

As cores do pôr do sol salpicavam o céu cada vez mais profundo, como se um Deus enraivecido tivesse cortado os céus com grandes e violentaspinceladas. Diabolus alarum: As asas do diabo era o nome que se dava a umcéu como aquele. Se alguém olhasse o suficiente para os tons de púrpura, rosa e laranja poderiam ver demônios devolvendo o olhar, uma audiência para presenciar sua iminente destruição. Certamente o céu dava 
aquela sensação naquela noite, quando a morte se aproximava.
A tribo Otadini, a vasta tribo do norte tinha o rodeado, encerrando-os no forte como animais enjaulados. Os Otadini, a tribo nativa ao norte da grande muralha que dividia a ilha, havia observado os romanos enquanto construíam seu poderoso muro e seus poderosos fortes, acampamentos militares em miniatura, alguns com dezenas de soldados romanos. Porém aquele forte era pequeno; havia apenas oito homens e um comandante, que compreendiam o contubernium. O comandante do esquadrão de homens, um decano chamadoEuricus Lollius Pompeius, era o filho mais jovem de um grande senador romano e sinceramente, não tinha nada o que fazer no comando de uma excelente coleção de infantaria, um dos esquadrões de legionários de elite da 
Valeria Victrix.
Aquele menino, aquele malcriado menino mimado, comandava oito guerreiros experientes e não tinha a mínima experiência militar. Era um idiota. Como o forte fora construído no meio de um território hostil, o homem-menino assumira o comando baseando-se em suas conexões políticas. Os Otadini, com seus líderes violentos e um grande número de homens, não esperaram muito tempo antes de cercar o posto militar e iniciaro assédio. A 
estrutura fora completada apenas um mês antes de começarem o assédio.
Seu pequeno número não temia a luta contra os Otadini. Na primeira noite do assédio, Euricus sofreu um terrível ferimento de flecha no pescoço. Rapidamente, os Otadini cortaram com êxito, suas linhas de suprimentos e os Valeria Victrix não conseguiram enviar nenhuma mensagem ao acampamento romano mais 
próximo, para receber ajuda antes que se cortassem todas as linhas.
O posto militar mais próximo tentara enviar ajuda quando perceberam o que estava acontecendo, porém sofrera muitas baixas no processo. Agora, os homens do Forte Nove estavam separados do resto de suas tropas de luta, por vários milhares de Otadini e a esperança se dissipou tão rapidamente quanto seus 
suprimentos de alimentos e água.
Agora, cinco semanas depois dos ataques iniciais, o restante dos sobreviventes havia desaparecido e seu idiota comandante, Euricus, definhava em uma febril miséria. Sobrevivera ao ataque inicial, porém logo a morte chegaria para ele e chorava constantemente, implorando pelo consolode sua mãe, enquanto seus homens morriamlentamente de fome a sua volta. O filho malcriado de um senador igualmente malcriado tinha levado suas tropas diretamente aos dentes afiados da derrota. Sem glória, sem grandes elogiospara o jovem Euricus, 
tudo o que conheceria seria o fracasso.
No profundo dos barracões do forte, os cinco legionários sobreviventes estavam amontoados. Já não tinha sentido lutar porque estavam sem flechas ou qualquer outra arma para lançar umaofensiva. Os animais que não tinham sido queimados na primeira noite quando os estábulos foram incendiados, tinham se transformado em alimento, e agora toda aquela comida se acabara. Agora, os legionários chupavam couro ou desenterravam minhocas da terra na tentativa de acalmar sua fome. As chuvas haviam chegado fazia algumas noites e lhes 
proporcionaram um pouco de água, porém mesmo aquela reserva estava diminuindo rapidamente.
Naquela noite, um legionário mais idoso, se sentou no outro lado do quarto junto a um companheiro mais jovem. O homem mais velho tinha interferido para tomar o comando, quando seu idiota comandante saíra ferido. Aquele homem era Quintus Aquinus Falco, também encarregado de atender o comandante desde que o cirurgião da legião também tinha morrido durante a luta. Quando Quintus se recostou contra a fria parede de
pedra, encarando o jovem comandante deitado em sua cama, se contorcendo e chorando, falou com seu
grupo mais próximo.
— A lua estará cheia esta noite...