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17 de dezembro de 2011

Simplesmente Sedutor!

Geoffrey não admitirá ser derrotado pela petulante senhorita Wayborn, nem acusado de um crime que não cometeu. 
Se Juliet fosse homem, ele não hesitaria em acertar-lhe um belo soco no nariz. 
Porém, como sem dúvida nenhuma ela é mulher, e que mulher!... ele apela para a segunda melhor opção, que é beijá-ja. 
Ele a beija uma vez, e outra... E de repente, Geoffrey se surpreende desejando mais do que a vitória sobre a jovem que se declarou sua inimiga... 
Tudo o que ele quer, é que Juliet se renda a seu poder de sedução! 
Juliet Wayborn não hesita em se vingar do homem que agrediu seu irmão num beco de Londres, principalmente depois de saber quem foi o mandante. 
Na primeira oportunidade ela confronta o notório Geoffrey Swale. Mojs humilhá-lo em público é um pecado para o qual não existe perdão. 
Ele é o tipo de cavalheiro que não admite perder... Um homem que jura, com toda a frieza, desafiar cada tentativa dela de arruiná-lo... 
Um homem que se revela perigosamente... sedutor 


Capítulo Um 


Cary Wayborn era uma figura inconfundível. 
Trajava um paletó púrpura, com muitos botões dourados, e seu chapéu, também púrpura, tinha três bicos e era totalmente fora de moda. 
Não bastasse isso, as lentes de seus óculos eram esverdeadas. N
unca passaria despercebido, nem mesmo sob a densa neblina das noites de Londres. 
Foi, portanto, com muita facilidade que dois homens seguiram Wayborn sorrateiramente desde o clube, na St. James Street, de onde ele saíra em companhia do amigo Eustace Calverstock. Depois que os amigos se despediram, os dois indivíduos atacaram Wayborn por trás e o arrastaram até uma viela, a fim de completarem o serviço. 
Por ter bebido um pouco além da conta, Wayborn não conseguiu evitar a chuva de golpes que se seguiu ao primeiro ataque, e foi surrado até cair no chão, em estado de semi-inconsciência. 
Sua bengala estava fora de alcance. 
O braço esquerdo parecia quebrado, e apenas o retorno inesperado de Eustace salvou seu braço direito.
Correndo e gritando pelo vigilante noturno, Calverstock aproximou-se do amigo a tempo de ouvir um dos agressores falando com o inconfundível sotaque da periferia de Londres: 
— Um presente do meu senhor, lorde Swale, com a certeza de que Cary Wayborn não correrá com os seus alazões amanhã cedo! Cary ainda recebeu um último pontapé nas costelas, antes que os malfeitores desaparecessem em meio à neblina da noite. 
—Você ouviu, Stacy? — Wayborn gritou, caído no chão. — Swale mandou acabar comigo! 
— Ele pagará por isso — assegurou Stacy enquanto ajudava o amigo a sentar-se. 
O sangue escorria de um ferimento na cabeça de Cary. 
— Seu braço parece quebrado. 
— Eu sei. — Com a mão direita, Cary tentou desfazer o nó da gravata, talvez para improvisar uma tipóia. 
Antes que Stacy pudesse ajudá-lo, ouviram o sino do vigilante noturno. Stacy franziu o cenho. 
Viu o chapéu e a bengala de Cary jogados na rua, e correu para recolhê-los.
 — Ajude-me a levantar, pelo amor de Deus! — Cary gritou, apoiando a mão direita no chão. Com grande esforço, conseguiu ficar em pé. — Tire-me daqui antes que o vigilante... Ele se calou ao ver uma figura emergir da neblina, balançando uma lanterna. 
— O que aconteceu? — Nada de importante — Stacy disse com aspereza. — Pode ir. 
— Esse senhor não parece bem. Faltaria com a minha responsabilidade se... 
— Tem razão — Stacy interrompeu-o. — Meu amigo está doente. Caiu e bateu a cabeça. Vou levá-lo para casa. Boa noite. 
— Com Cary apoiado pesadamente em seu ombro, fez menção de afastar-se. — Espere um pouco, rapaz. Stacy praguejou em voz baixa e Cary forçou um sorriso. — Sim, vigilante? — Estes óculos são seus? Cary esticou a mão direita para pegar os óculos que, milagrosamente, estavam intactos. — Obrigado, vigilante — ele agradeceu com voz fraca, mas firme. — Apenas cumpri meu dever, senhor. 
— Sim, sim. — Stacy atirou-lhe uma moeda. Depois, sustentando com dificuldade um cambaleante Wayborn, saiu da viela e seguiu em direção a Piccadilly. — Você precisa de um médico. 
— Tem razão, eu preciso. Mas quando eu puser as mãos em Swale, ele precisará de um coveiro! — Para onde devo levá-lo? Não de volta ao White's, suponho. 
— Céus, não! Leve-me... para a minha irmã. Para... Julie 
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