Trilogia Homens Inadequados
Ele chegou para despertar a paixão!
Grace Barton sempre fora uma moça ajuizada, de comportamento irrepreensível, até o dia em que precisou arrastar um belo estranho, ferido, para casa, através do solo enlameado pela chuva.
E,em contato com aquele corpo atlético, Grace não conseguia deixar de imaginar como seria ele sem a camisa de fino linho que o cobria!
O que acontecera com a recatada jovem que sempre fora?
Lorde Elliot Fitzwalter tinha consciência de que nenhuma mulher decente desejaria se relacionar com ele, por causa de seu passado mal-afamado. Mesmo assim, o caráter, a inocência e a beleza de Grace Barton o fizeram sonhar com um paraíso inatingível!
Capítulo Um
Lincolnshire, 1868,
— Oh, Srta. Barton, que prazer enorme encontrá-la! A novidade não é assustadora? — a voz familiar soou deliciada atrás de Grace.
Voltando-se para encarar a Srta. Myrtle Hurley e sua irmã gêmea, a srta. Ethel, que lhe bloqueavam o caminho à saída da peixaria com a eficiência de uma parede de tijolos, Grace Barton forçou um sorriso.
Como sempre as duas idosas solteironas vestiam trajes idênticos: vestidos pretos, capas de lã cinza e toucas também pretas.
Os cabelos brancos estavam penteados da mesma maneira. Um estranho que as visse jamais conseguiria distingui-las uma da outra.
Duas doces e inofensivas velhinhas.
Grace, porém, que conhecia de longa data as duas maiores abelhudas do vilarejo, sabia por experiência passada que nem o vento cortante de abril, nem o odor de peixe vindo da peixaria, as fariam arredar pé antes de dizer o que pretendiam.
— Boa tarde, Srtas. Hurley — cumprimentou, resignada a escutar a última fofoca das duas.
— Boa tarde — retribuiu a srta. Myrtle, a mais velha das gêmeas por bons cinco minutos.
— Que coisa mais triste, não? Para nós não vai fazer diferença, claro, mas para os outros... que desgraça!
— O que aconteceu? — A custo, Grace manteve um tom indiferente. Ao mesmo tempo, mudou de mão a cesta de vime que segurava, para evitar os olhares curiosos da srta. Ethel. Afinal, não era da conta dela se o peixe que comprara fora o mais barato da peixaria.
— Trata-se dos aluguéis — anunciou a srta. Myrtle, com ar de importância. — Sir Donald vai aumentá-los. Acabamos de saber pela Sra. Banks, a governante dele.
Grace engoliu em seco.
Além de ser dono da maioria das terras da região, sir Donald era também proprietário da Fazenda Barton, onde Grace e Mercy, sua irmã caçula, moravam.
Daquela vez, a notícia trazida pelas Hurley era importante e, tendo partido da governante de sir Donald, devia ser verídica.
— Detesto ser portadora de más notícias — apressou-se a dizer a srta. Myrtle, mantendo uma expressão sorridente que lhe desmentia a afirmação. — Mas todos vão ficar sabendo, mais cedo ou mais tarde! Sir Donald chegou ontem, e já conversou com alguns dos inquilinos.
Era típico das gêmeas tratarem um caso tão grave como um simples mexerico, pensou Grace. Seu rosto, porém, não deixou perceber quanto a notícia a deixara abalada.
As Hurley não se importavam com o aumento porque haviam herdado uma sólida fortuna do pai, um comerciante de lãs. Sir Donald poderia até triplicar o aluguel sem prejudicá-las.
Esse, porém, não era o caso dela e de Mercy.Os Barton tinham sido os proprietários mais ricos da região por mais de três séculos.
Trilogia Homens Inadequados
1 - O Conquistador
2 - O Duque Sombrio
3 - Um Hóspede Sedutor
Trilogia Concluída
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13 de outubro de 2010
24 de julho de 2010
O Duque Sombrio
Trilogia Homens Inadequados
Adrian Fitzwalter, também conhecido como o Duque Negro, desafia as tradições e o bons costumes ao se apaixonar por Hester Pimblett, a dama de companhia de sua mãe.
Ambos são rejeitados pela alta sociedade, que o vê como um traidor por não ter desposado uma jovem da aristocracia, ao mesmo tempo em que Hester é desprezada.
Mas Adrian guarda um segredo de família, uma promessa que fizera ao seu pai no leito de morte e que o impede de revelar a verdade; sobre ele e Elliott, seu ardiloso irmão.
E ele está determinado a proteger Hester das artimanhas de Elliott a todo custo, até que possa unir seu coração ao dela para sempre.
Capítulo Um
Hampshire, 1863
Sua Excelência, a duquesa de Barroughby, estava profundamente descontente.
Lady Hester Pimblett, que, nos últimos quatro meses, havia servido de acompanhante para a duquesa, reconheceu imediatamente os sintomas.
— Faça a gentileza de me trazer o banquinho o mais rápido possível! — disse de modo rabugento a imponente mulher, com os olhos castanhos cheios de fúria, e o vestido preto de bombazina que lembrava uma armadura de guerra.
— E feche as cortinas. Estou ficando com dor de cabeça!
Em momentos como esses, Hester tinha dúvidas quanto às vantagens de servir de acompanhante para a duquesa, em vez de morar com os pais, ou uma das irmãs recentemente casadas, pois, ao mesmo tempo em que corria para atender a dama, suspeitava que seus esforços para aliviar o mal-estar imaginário da mulher seriam inúteis.
A duquesa amassou uma carta entre os dedos longos e finos, e Hester não pôde deixar de se perguntar o que ela poderia conter para provocar uma reação tão colérica.
A epístola ofensiva parecia ter sido escrita por um homem e, a julgar pela reação extrema da duquesa, não era de seu adorado filho. Sendo assim, Hester só podia concluir que o escritor da carta, ou seu tópico, era o enteado, o notório duque de Barroughby.
— Ele ousa me procurar! — a duquesa subitamente exclamou com veemência. — O tratante! O salafrário! Seu pobre pai estaria se contorcendo no túmulo se soubesse sequer a metade de tudo o que o filho tem feito!
Então, Lorde Adrian Fitzwalter, o filho mais velho do falecido duque, também conhecido como o Duque Negro de Barroughby, estava voltando para casa.
Desde a chegada de Hester, ele não visitara Barroughby Hall, e ela não podia negar sentir certa curiosidade para ver de perto o famoso indivíduo.
Seus poderes de sedução eram lendários, e Hester supôs que, se fosse mais bonita, teria motivos para temer sua chegada.
Mas ela não o era, então, sem recear atrair a atenção de tal patife, podia aguardar sua chegada com certa dose de inofensiva empolgação.
Talvez agora, pensou com um sorriso discreto, a família de fato prestasse atenção às suas cartas.
Jenkins, o mordomo, apareceu no vão da porta da sala de estar.
— Vossa Excelência? — indagou ele, curvando-se para as mulheres. — Está tudo bem?
Hester reprimiu outro sorriso.
O velho criado não escutava muito bem, porém, teria de ser completamente surdo para não ouvir as reclamações.
— Por favor, traga um pouco de vinho para a duquesa — pediu Hester.
— Linho? Linho para o quê, minha senhora? — indagou Jenkins.
— Vinho! Um pouco de vinho para a duquesa.
— Ah, muito bem, minha senhora.
O mordomo deixou a sala, e, mais uma vez, Hester olhou para a indignada duquesa.
— Pelo menos, Elliot não está aqui! — exclamou a dama, preferindo ignorar que estivera esperando a visita do filho durante todo o tempo em que Hester estivera ali. — Eu deveria proibir a entrada de Adrian nesta casa, esse indivíduo infame! Vou expulsá-lo daqui imediatamente. Que impertinência!
Hester permaneceu em silêncio e permitiu que a duquesa continuasse esbravejando.
Ela sabia que a dama não queria e nem precisava de respostas para continuar a expressar sua opinião.
— Isso mesmo. Não o cumprimentarei e nem lhe darei nenhuma atenção. Se ele quiser, pode ficar em alguma estalagem na cidade, mas não aqui!
Trilogia Homens Inadequados
1 - O Conquistador
2 - O Duque Sombrio
3 - Um Hospede Sedutor
Trilogia Concluída
Adrian Fitzwalter, também conhecido como o Duque Negro, desafia as tradições e o bons costumes ao se apaixonar por Hester Pimblett, a dama de companhia de sua mãe.
Ambos são rejeitados pela alta sociedade, que o vê como um traidor por não ter desposado uma jovem da aristocracia, ao mesmo tempo em que Hester é desprezada.
Mas Adrian guarda um segredo de família, uma promessa que fizera ao seu pai no leito de morte e que o impede de revelar a verdade; sobre ele e Elliott, seu ardiloso irmão.
E ele está determinado a proteger Hester das artimanhas de Elliott a todo custo, até que possa unir seu coração ao dela para sempre.
Capítulo Um
Hampshire, 1863
Sua Excelência, a duquesa de Barroughby, estava profundamente descontente.
Lady Hester Pimblett, que, nos últimos quatro meses, havia servido de acompanhante para a duquesa, reconheceu imediatamente os sintomas.
— Faça a gentileza de me trazer o banquinho o mais rápido possível! — disse de modo rabugento a imponente mulher, com os olhos castanhos cheios de fúria, e o vestido preto de bombazina que lembrava uma armadura de guerra.
— E feche as cortinas. Estou ficando com dor de cabeça!
Em momentos como esses, Hester tinha dúvidas quanto às vantagens de servir de acompanhante para a duquesa, em vez de morar com os pais, ou uma das irmãs recentemente casadas, pois, ao mesmo tempo em que corria para atender a dama, suspeitava que seus esforços para aliviar o mal-estar imaginário da mulher seriam inúteis.
A duquesa amassou uma carta entre os dedos longos e finos, e Hester não pôde deixar de se perguntar o que ela poderia conter para provocar uma reação tão colérica.
A epístola ofensiva parecia ter sido escrita por um homem e, a julgar pela reação extrema da duquesa, não era de seu adorado filho. Sendo assim, Hester só podia concluir que o escritor da carta, ou seu tópico, era o enteado, o notório duque de Barroughby.
— Ele ousa me procurar! — a duquesa subitamente exclamou com veemência. — O tratante! O salafrário! Seu pobre pai estaria se contorcendo no túmulo se soubesse sequer a metade de tudo o que o filho tem feito!
Então, Lorde Adrian Fitzwalter, o filho mais velho do falecido duque, também conhecido como o Duque Negro de Barroughby, estava voltando para casa.
Desde a chegada de Hester, ele não visitara Barroughby Hall, e ela não podia negar sentir certa curiosidade para ver de perto o famoso indivíduo.
Seus poderes de sedução eram lendários, e Hester supôs que, se fosse mais bonita, teria motivos para temer sua chegada.
Mas ela não o era, então, sem recear atrair a atenção de tal patife, podia aguardar sua chegada com certa dose de inofensiva empolgação.
Talvez agora, pensou com um sorriso discreto, a família de fato prestasse atenção às suas cartas.
Jenkins, o mordomo, apareceu no vão da porta da sala de estar.
— Vossa Excelência? — indagou ele, curvando-se para as mulheres. — Está tudo bem?
Hester reprimiu outro sorriso.
O velho criado não escutava muito bem, porém, teria de ser completamente surdo para não ouvir as reclamações.
— Por favor, traga um pouco de vinho para a duquesa — pediu Hester.
— Linho? Linho para o quê, minha senhora? — indagou Jenkins.
— Vinho! Um pouco de vinho para a duquesa.
— Ah, muito bem, minha senhora.
O mordomo deixou a sala, e, mais uma vez, Hester olhou para a indignada duquesa.
— Pelo menos, Elliot não está aqui! — exclamou a dama, preferindo ignorar que estivera esperando a visita do filho durante todo o tempo em que Hester estivera ali. — Eu deveria proibir a entrada de Adrian nesta casa, esse indivíduo infame! Vou expulsá-lo daqui imediatamente. Que impertinência!
Hester permaneceu em silêncio e permitiu que a duquesa continuasse esbravejando.
Ela sabia que a dama não queria e nem precisava de respostas para continuar a expressar sua opinião.
— Isso mesmo. Não o cumprimentarei e nem lhe darei nenhuma atenção. Se ele quiser, pode ficar em alguma estalagem na cidade, mas não aqui!
Trilogia Homens Inadequados
1 - O Conquistador
2 - O Duque Sombrio
3 - Um Hospede Sedutor
Trilogia Concluída
23 de julho de 2010
O Conquistador
Trilogia Homens Inadequados
Ela era sua mais difícil conquista!
Inglaterra, l862
Com a fama de maior conquistador de Londres, lorde Páris Mulholland sempre conseguia a mulher que desejava!
E o desafiador orgulho de Clara Wells o atraía como até então nenhuma outra mulher havia conseguido.
Mas aquela jovem de comportamento irrepreensível estava se revelando a mais difícil combatente que Páris já vira participar na guerra dos sexos!
Capítulo Um
Inglaterra, l862.
Já devíamos estar lá, vocês não acham? — reclamou Aurora Wells, ansiosa,inclinando-se para o lado da sobrinha e olhando para as nevoentas ruas de Londres
pela janela da carruagem alugada.
— Não faz tanto tempo assim que saímos de casa, titia — respondeu Clara Wells, num tom paciente.
Disfarçadamente a jovem procurou puxar a saia do vestido, que ficara presa por baixo das vastas ancas da tia, antes que a cara seda ficasse irremediavelmente
amarrotada.
Tia Aurora sacudiu a cabeça, o que fez com que o turbante azul-claro que usava sobre os cabelos pintados escorregasse para o colo de Clara.
— É claro que não podemos estar muito longe da casa de lorde Pimblett,mesmo com todo esse nevoeiro — insistiu a mulher, agora se dirigindo ao marido.
—Estou até desconfiando de que esse cocheiro está nos enganando!
— Ainda temos que percorrer uma boa distância até lá, mas não há pressa — respondeu tio Byron, distraído, sem parar de olhar para o desbotado teto da carruagem.
Clara reparou que, mesmo tendo aquele jeito distraído, o tio dela envergava roupas a rigor elegantes e perfeitas, ao contrário de tia Aurora.
Com aquela expressão de beatitude de quem usava os cabelos brancos na altura dos ombros, tio Byron parecia bondoso e até mesmo sensato.
Bondoso ele era, sem dúvida, e podia até ter se tornado um homem sensato se a mãe não houvesse cometido o enorme erro de batizá-lo de Byron.
Com tal nome o homem acabou acreditando que tinha
que ser um poeta.
Trilogia Homens Inadequados
1 - O Conquistador
2 - O Duque Sombrio
3 - Um Hospede Sedutor
Trilogia Concluída
Ela era sua mais difícil conquista!
Inglaterra, l862
Com a fama de maior conquistador de Londres, lorde Páris Mulholland sempre conseguia a mulher que desejava!
E o desafiador orgulho de Clara Wells o atraía como até então nenhuma outra mulher havia conseguido.
Mas aquela jovem de comportamento irrepreensível estava se revelando a mais difícil combatente que Páris já vira participar na guerra dos sexos!
Capítulo Um
Inglaterra, l862.
Já devíamos estar lá, vocês não acham? — reclamou Aurora Wells, ansiosa,inclinando-se para o lado da sobrinha e olhando para as nevoentas ruas de Londres
pela janela da carruagem alugada.
— Não faz tanto tempo assim que saímos de casa, titia — respondeu Clara Wells, num tom paciente.
Disfarçadamente a jovem procurou puxar a saia do vestido, que ficara presa por baixo das vastas ancas da tia, antes que a cara seda ficasse irremediavelmente
amarrotada.
Tia Aurora sacudiu a cabeça, o que fez com que o turbante azul-claro que usava sobre os cabelos pintados escorregasse para o colo de Clara.
— É claro que não podemos estar muito longe da casa de lorde Pimblett,mesmo com todo esse nevoeiro — insistiu a mulher, agora se dirigindo ao marido.
—Estou até desconfiando de que esse cocheiro está nos enganando!
— Ainda temos que percorrer uma boa distância até lá, mas não há pressa — respondeu tio Byron, distraído, sem parar de olhar para o desbotado teto da carruagem.
Clara reparou que, mesmo tendo aquele jeito distraído, o tio dela envergava roupas a rigor elegantes e perfeitas, ao contrário de tia Aurora.
Com aquela expressão de beatitude de quem usava os cabelos brancos na altura dos ombros, tio Byron parecia bondoso e até mesmo sensato.
Bondoso ele era, sem dúvida, e podia até ter se tornado um homem sensato se a mãe não houvesse cometido o enorme erro de batizá-lo de Byron.
Com tal nome o homem acabou acreditando que tinha
que ser um poeta.
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1 - O Conquistador
2 - O Duque Sombrio
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