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29 de janeiro de 2022

Um Momento Agridoce

Série Anúncios por Amor

Um segundo filho deve encontrar seu lugar no mundo, mas ele pode confiar em seu coração e não nas pesadas artimanhas de seu pai, o Conde de Crisdon. Ewan Fitzwilliam precisa que sua vida mude. 

Não querendo seguir os passos de seu pai abusivo, ele reuniu forças para se libertar. Salvar uma jovem colhedora de flores de problemas na propriedade de seu pai pode ser a oportunidade de que ele precisa para se tornar um homem de honra. Theodosia quer uma vida melhor e pretende construir um negócio de flores que atenda aos perfumistas da cidade, mas será que ela pode confiar no filho de um homem rico para ensinar a melhorar a sua dicção para impressionar clientes em potencial? Ou ela aprenderá uma lição diferente, sucumbindo à atração perigosa que sente pelo dramaturgo torturado? Essas duas pessoas muito diferentes podem encontrar um amor duradouro?

Capítulo Um 

1º de maio de 1813, Epping, Inglaterra 

Algo tinha que mudar para Ewan Fitzwilliam. As chamas rugiram quando seu pai, o conde de Crisdon, amassou outra página sua e a jogou na lareira. As chamas aumentaram e assobiaram enquanto a fumaça negra enchia o escritório de seu pai. A garganta queimando enquanto seu trabalho duro era consumido, queimado até virar carvão. Ewan balançou a cabeça e olhou para o fogo, a fuligem enchendo as estantes de livros. Enquanto crescia, Ewan adorava esse lugar, adorava sentar�se perto da mesa de seu pai, lendo seus livros. 
Agora ele percebeu que as armadilhas aprendidas eram mentiras. Esses livros, cada estante de nogueira eram para a imagem de Crisdon, não para uma paixão de amor. 
— Você me escutou? Chega disso! O conde jogou o último punhado de páginas na lareira de pedra e suas chamas gananciosas os saudaram, comendo�os inteiros. 
— Filho, isso é trabalho de tolo e paga salário de tolo. As brasas se espalharam quando Crisdon jogou na lareira o barbante que segurava o pacote de páginas embrulhado. Mais fuligem encheu o escritório; o odor da morte das palavras estava por toda parte. 
— Está entendido? Chega disso. Chega do quê? Não há mais substantivos ou verbos que Ewan tenha trabalhado. O que sobraria se ele se rendesse? Exatamente como seu pai conjugava verbos? Fitzwilliam, ele, desperdiça seu tempo. Fitzwilliam, ele, perde seu tempo. 
Fitzwilliam, ele, é uma perda de tempo. Um lampejo final, uma faísca e um brilho, depois nada. Três meses de trabalho destruídos. Mas o fogo em Ewan ficou mais forte. O conde enxugou as mãos em um lenço e o enfiou no fraque de ônix. Sua gravata imaculadamente amarrada não se mexeu um centímetro com esse discurso. 
— Seu tio, o irmão de sua mãe não, tem herdeiros. A fazenda de flores rival pode ficar para você. Estou tentando te ensinar o negócio. Você e seu irmão Hartwell serão imbatíveis. 
— Herdar Tradenwood? Antes de ir antecipando a morte do meu querido tio, por que não tentar ser mais como ele? Ele tem dinheiro, uma propriedade rival e ainda assim sente prazer nas artes. Os olhos do pai se estreitaram e ele amaldiçoou o tio, o filho e quaisquer fantasmas que ousassem caminhar entre as duas terras rivais de Grandbole e Tradenwood. 
— Você vai ser algo, então me ajude. Vou te livrar dessa tolice. Você é um Fitzwilliam. Você é meu filho. Você sou eu. Talvez o regimento seja a resposta. Você se juntará por um ano para se livrar dessa tolice. Se eu não posso fazer de você um homem, talvez eles façam. Ele agarrou sua grande testa. 
— É o regimento para você. Vou comprar sua comissão. Ewan pegou seu amado livro de Shakespeare que havia caído nessa briga com seu pai e o escondeu nas costas, protegendo-o do mesmo destino de fogo. 
— Você está me ouvindo, Fitzwilliam?


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0.5- Um Momento Agridoce