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3 de agosto de 2014

Viagem Para o Amor












A força do amor rompeu as barreiras que separavam dois jovens apaixonados.

Trêmula, os olhos marejados de lágrima, Shena não ousava encarar o marquês de Kilbrooke. 
Viajara o tempo todo ao lado desse homem belo e fascinante em seu iate, e agora, na hora de se despedir, tinha medo de deixar transparecer todo o amor que lhe ia na alma... 
Não havia a mínima chance de conquistar o marquês de Kilbrooke. 
Afinal, ele a julgava uma simples cozinheira do castelo...

Capítulo Um

1885
Lorde Hallam, um dos mais brilhantes ministros das relações exteriores que a Inglaterra já ti­vera, aposentara-se e passara a fazer parte da câmara dos lordes, achando que nunca mais iria ligar-se à diplomacia.
Entretanto, sempre que havia uma crise entre a Inglaterra e outro país ele era, invariavelmente, chamado para ajudar o governo, sobretudo por ser dotado de muita energia e inteli­gência brilhante.
No momento, estando lorde Hallam de partida para Londres reinava grande alvoroço em sua residência, no campo. O que o preocupava era deixar a única filha, Shena, sozinha.
Naturalmente havia muitos parentes que viriam com o maior prazer fazer-lhe companhia, porém a jovem preferiu ficar só com os criados.
— Estou muito acostumada a Conversar com o senhor e me aborreço com nossas parentes que só falam sobre futilidades do tempo em que eram jovens — Shena justificou-se.
— Compreendo, querida — Lorde Hallam abraçou a filha.
Mas você precisa divertir-se. Prometo-Ihe que iremos para Londres assim que meu livro estiver terminado. Oferecerei um baile magnífico em nossa casa e você será a debutante da temporada.
Seria tarde demais para debutar, pois em breve faria deze­nove anos, Shena pensou, mas nada disso; não queria aborrecer o pai.
Além disso, sentia-se muito feliz no campo. A propriedade que eles possuíam, em Hertfordshire, era vasta, toda cultivada, e a casa, encantadora.
O jardim à frente da casa era vivamente colorido pelas flores. No inverno estas floresciam nas estufas.
Para distrair-se Shena podia montar os excelentes cavalos de raça e passear pelos campos ou pelo bosque tão cheio de magia.
Devido à carreira diplomática lorde Hallam se casara com mais idade. Apaixonara-se pela filha do duque de Larington, já viúva, e desse casamento nasceu Shena.
Infelizmente lady Hallam não pôde mais ter filhos; após o nascimento de Shena tomou-se muito frágil, vindo a falecer quando a filha tinha quinze anos.
Com a morte da esposa lorde Hallam apegou-se ainda mais à filha e ambos viviam um para o outro.
Tendo herdado do pai a inteligência privilegiada, Shena tor­nou-se para ele uma ajudante preciosa. Além de auxiliá-lo na supervisão das fazendas que formavam a grande propriedade, ajudava-o a escrever sua autobiografia.
No momento o que lorde Hallam menos queria era viajar para o exterior, uma vez que seu trabalho estava prestes a ser concluído.
Entretanto, pareceu-lhe impossível deixar de atender o pe­dido do Sr. Gladstone, primeiro-ministro da Inglaterra.
— Voltarei o mais brevemente possível — disse lorde Hal­lam à filha assim que a carruagem estacionou à frente da casa.
— Cuide-se bem, papai. Nada de abusos, sobretudo não se deite tarde demais — recomendou Shena com carinho.