A grande batalha...
Bela e corajosa, lady Elgiva é um prêmio tão precioso quanto as terras que o poderoso viking Earl Wulfrum acabara de conquistar.
Ele levará Elgiva para casa e a tomará como esposa, mesmo que contra a vontade dela.
Wulfrum é um guerreiro lendário, mas dominar o coração de sua mulher será a maior batalha de sua vida. Entretanto, a forma como Elgiva reage aos seus toques indica que ela talvez esteja escondendo algo que apenas poderá ser descoberto na noite de núpcias...
Capítulo Um
Nortúmbria — 867 d.C.
Elgiva sentou-se num tapete de couro de cabra diante do fogo com os braços ao redor das pernas dobradas e fitou as chamas. Diziam que algumas pessoas tinham a habilidade de prever o futuro no fogo. Naquele momento desejava muito possuir tal poder para pelo menos ter uma luz que a ajudasse a resolver o caos em que sua mente se encontrava. O dilema era desesperador, mas o que fazer para melhorar?
Com o canto dos olhos viu sua companheira, grata pela presença reconfortante.
Osgifu tinha sido sua mãe e confidente. A senhora de idade começara a servir o lorde Egert como enfermeira depois da morte do marido. Aos 40 anos de idade, Osgifu era uma mulher calma, uma figura elegante e bela, mesmo com vincos no rosto e mechas de cabelo branco contrastando com os fios pretos.
Aqueles olhos acinzentados tinham o poder de ver mais do que outras pessoas, ela era conhecida por ter uma segunda visão com poderes de enxergar coisas que as pessoas escondiam, invisíveis aos olhos de simples mortais.
Ela costumava usar as runas, não o fogo, mas a precisão de suas palavras era suficiente para ter o respeito das pessoas.
Elgiva, no entanto, nunca tivera medo, apenas curiosidade. A mãe de Osgifu era dinamarquesa, filha de uma comerciante que se casara com um homem saxão. Foi da mãe que ela herdara o dom de prever o futuro e várias experiências.
Quando Elgiva era uma criança, Osgifu a entretinha contando fábulas dos deuses nórdicos: de Thor, que segurava os raios; de Loki, o deus da trapaça; Fenrir, o lobo. Elgiva ouvira entretida as histórias de Jotenheim, o mundo congelado dos gigantes e do dragão, Nidhoggr, que costumava roer as raízes de Yggdrasil, a colossal árvore esculpida das cinzas, cujas raízes uniam a terra e o céu.
Em segredo, Osgifu tinha ensinado Elgiva a falar dinamarquês, sabendo que talvez lorde Egbert não aprovasse. Quando estavam sozinhas, as duas falavam em sua língua secreta, sabendo que suas palavras não seriam ouvidas por ninguém. Era Osgifu que sabia os segredos do coração de Elgiva, que costumava recorrer a ela quando tinha problemas.
A jovem suspirou e fitou as chamas da lareira, para em seguida voltar a atenção para sua mentora.
— Não sei o que fazer, Gifu. Desde a morte do meu pai, Ravenswood está se aproximando cada vez mais do caos. Meu irmão não fez nada. — Ela fez uma pausa. — E agora ele também morreu e os filhos são bebês ainda. Este lugar precisa de alguém de pulso forte.
Ela deixou de acrescentar que precisava de um pulso forte masculino, mas Osgifu entendeu e sabia o quanto era verdadeiro. Lorde Osric se preocupava apenas com habilidades com armas e caçar, sem demonstrar muito interesse em gerenciar as propriedades do pai, deixando a tarefa para seu mordomo, Wilfred.
Wilfred era um homem de bom coração e executara suas obrigações sob a tutela de lorde Egbert, mas depois da morte de seu mestre, ele começou a negligenciar algumas coisas, adiando o que devia ter sido feito.
Os criados sob sua supervisão seguiram o exemplo e Elgiva começava a notar os resultados em seus passeios diários pelo castelo. Ravenswood, que até então era próspero, começava a apresentar sinais de descuido.
Série Vikings Vitoriosos
1 - Noiva Desafiadora
2 - Toque de Coragem
3 - Entre a Vingança e o Desejo
4 - Redenção Total
Série Concluída
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!