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27 de março de 2016

Redenção Total

Série Vikings Vitoriosos
Uma noiva guerreira na cama do viking!

Temperamental e geniosa, Lara tem tanto talento com a espada quanto pretendentes indesejados. 
Finn Egilsson chega a seu povoado com o objetivo de fazer uma aliança com Ottar, pai de Lara, para derrotarem um inimigo em comum. 
Ottar estava disposto a oferecer navios e armas, desde que Finn aceitasse desposar sua filha. 
Apesar de não ter intenção de se casar outra vez, um beijo apaixonado de sua noiva relutante faz seu sangue viking ferver. Lara tem coragem suficiente para não se render em uma batalha, mas o que Finn deseja é que ela se entregue completamente no leito nupcial.

Capítulo Um

A névoa se alastrava ampla e extensamente sobre as águas escuras do fiorde e pairava por entre as árvores abaixo do promontório. Os primeiros raios de sol tingiam de tons de rosa e dourado as montanhas distantes.
Em qualquer outra ocasião, Lara talvez tivesse apreciado a cena pacífica que saudava o amanhecer de um novo dia, mas naquele momento seus pensamentos estavam voltados para dentro, o corpo se movendo automaticamente conforme ela praticava os exercícios que Alrik lhe ensinara. Seu irmão não a supervisionava àquela hora da manhã, mas ela fazia bom uso das lições dele, levantando-se cedo todos os dias para treinar, até a sensação do cabo da espada em sua mão se tornar tão familiar quanto uma roca ou um fuso. Ainda não havia ninguém acordado na propriedade, e o promontório ficava suficientemente distante para que ninguém percebesse o que ela estava fazendo. Se seu pai descobrisse, não ficaria nem um pouco satisfeito.
Lara fez uma careta. A tensão entre ela e o pai estava difícil de aguentar. Eles mal haviam se falado desde a última discussão, uma semana antes...
— Você já tem 18 anos e quer ser adulta, e no entanto continua afugentando cada pretendente que tenta cortejá-la.
— Homens medrosos nunca me impressionaram, papai.
— Não seja insolente, menina — repreendeu o jarl Ottar. — Seria bom se você se comportasse direito e aprendesse a cultivar um pouco de charme feminino.
— Eu não sou charmosa, papai?
— Já vi lobas com temperamento melhor que o seu. Homem nenhum quer uma megera de língua afiada como esposa.
— Então que se casem com ovelhinhas.
— É papel de uma mulher ser obediente.
Os olhos de Lara cintilaram de indignação.
— Asa era obediente, não era?
O pai franziu a testa.
— Sua irmã fazia o que era exigido dela. Ela compreendia que tinha um dever para com a família.
— Não use a família como escudo. Asa foi forçada a se casar para satisfazer sua ambição política.
— Foi uma aliança necessária para evitar mais anos de rixas.
— O senhor poderia tê-la jogado num poço de víboras que teria sido a mesma coisa. Mas a mim o senhor não vai usar.
Lara se equilibrou e fez um movimento como se espetasse a lâmina da espada na forma imaginária do homem que havia sido seu cunhado. Teria sido um prazer enorme estripá-lo de verdade, mas infelizmente ele estava fora do alcance. Ela também tinha noção suficiente para saber que, se algum dia se enfrentassem em combate, ele a mataria com facilidade. Ela nunca teria a força nem a habilidade de um guerreiro com a espada, mas aprender as noções básicas de autodefesa lhe dava uma sensação de realização. Conferia também um senso de poder, mais ou menos como ver os futuros pretendentes fugindo bem depressa.
— Não vou perder a fé, Asa — murmurou ela. — Eu juro.



Série Vikings Vitoriosos
1- Noiva Desafiadora
2- Toque de Coragem
3- Entre a Vingança e o Desejo
4- Redenção Total 
Série Concluída


28 de dezembro de 2015

Entre a Vingança e o Desejo

Série Vikings Vitoriosos

Consumido pela vingança... e pelo desejo.

Capturado pelo inimigo e acorrentado como um animal, o viking Leif Egilsson tem apenas um pensamento: vingança. 
Ele não será mais enfeitiçado pela beleza ardilosa de lady Astrid. 
Após a fuga, Leif decide fazê-la pagar pela traição e usará todas as armas para possuir o que mais anseia: a inocência de Astrid.
Contudo, ela tem o coração de uma guerreira, e não será domada tão facilmente quanto Leif acredita...

Capítulo Um

Leif Egilsson puxou a adaga do corpo inerte e deixou-o cair morto no chão. De onde estava podia ver a clareira onde havia um acampamento com cerca de uma dúzia de homens relaxando ao redor da fogueira, conversando e rindo. 
Os equipamentos de guerra jaziam a alguns metros dali. Atrás deles erguia-se uma tenda imponente que, sem dúvida, abrigava o príncipe e seus escudeiros de confiança. Um pouco afastado dali havia um abrigo menor, onde havia dois soldados de guarda. Leif reparou na presença deles com satisfação.
— É ali onde Hakke a mantém prisioneira, milorde.
Halfdan Svarti assentiu com um sinal de cabeça.
— Vamos agir rápido antes que eles notem o que houve. Enquanto isso, você e seus homens encontrem lady Ragnhild e a mantenham em segurança.
— Pode contar com isso.
Os dois homens se embrenharam entre as árvores até onde aguardava um batalhão de 50 guerreiros. Halfdan os inspecionou com critério.
— Não os façam prisioneiros. Dessa vez vamos acabar com isso de uma vez por todas.
Ansiosos, os guerreiros o ouviam como lobos selvagens prestes a atacar.
— Está pronto? — perguntou Leif ao irmão.
— Será que Thor arremessará seus raios a nosso favor? — Finn sorriu.
— Acredito que sim.
— Fico feliz em saber, primo — disse Erik. — A vida anda muito monótona ultimamente.
Ao lado deles um guerreiro grisalho deslizou a mão sobre o cabo do machado.
— Isso é verdade. Faz semanas que não temos uma boa luta. Meu machado, Skull Cleaver, está sedento.
— Ele terá o que espera, Thorvald — disse Leif.
O velho guerreiro riu, assim como os outros que estavam por perto. Logo em seguida, ouviu-se o tilintar das cotas de malha e o sussurro sinistro das espadas sendo puxadas da bainha.
— Vamos lá.
O grupo seguiu até a margem da floresta. Halfdan levantou a espada e, depois de um urro de guerra, o batalhão inteiro partiu para cima do inimigo.
Astrid endireitou o corpo e olhou para Ragnhild.
— O que foi isso?
— Não tenho certeza, mas parece...
Ela não chegou a terminar a frase, ouvindo os gritos de guerra. Não demorou para que se ouvisse o som do rufar dos pés dos guerreiros e soldados se misturando e o som das espadas se chocando.
— Abençoados sejam os deuses!

Série Vikings Vitoriosos
1 - Noiva Desafiadora
2 - Toque de Coragem
3 - Entre a Vingança e o Desejo 
4 - Redenção Total
Série Concluída

27 de setembro de 2015

Toque de Coragem

Série Vikings Vitoriosos 

Uma barganha com o viking demoníaco.

A vida que Wulfgar Ragnarsson conhecia fora totalmente destruída.
Agora ele apenas vive o momento, enganando a morte e enriquecendo cada vez mais como mercenário.
Talvez seu coração tenha se tornado uma pedra de gelo, mas seu desejo arde por lady Anwyn, uma corajosa viúva que precisa de sua proteção...
Para preservar seu filho, Anwyn arriscará tudo o que for preciso.
Até mesmo se entregar a um guerreiro viking que irá ensiná-la que nem todos os homens são monstros.
Ainda que Wulfgar não dê sinais de estar preparado para amar novamente.

Capítulo Um

Ânglia Oriental — 894 D.C.Em pé na proa do navio, Wulfgar olhou para a praia de areias claras e as dunas mais adiante. O lugar era deserto, a não ser pelas gaivotas que voavam com as correntes de ar. As nuvens escuras ainda estavam próximas, um resquício da tempestade da noite anterior.
O vento enchia as velas da embarcação e as ondas, que quebravam na praia, levando restos de madeira que comprovavam a tempestade.
— Aqui está bom — disse ele. — Vamos atracar.
— Sabe onde estamos, milorde? — perguntou Hermund, postando-se ao lado dele.
— Provavelmente estamos na costa anglicana, mas é difícil ter certeza.
— Bem, está quieto demais, milorde.
Os únicos sons vinham das rajadas de vento.
— Mesmo assim, enviaremos um grupo de homens para verificar.
— Milorde está certo.
Assim que a ordem foi dada, a quilha do navio encostou-se à areia. Wulfgar e uma meia dúzia de marinheiros desembarcaram e, com dificuldade, passaram a rebentação e chegaram em terra firme. Correram pela praia e subiram nas dunas. De lá de cima vislumbraram uma planície acarpetada pela relva com uma vegetação esparsa de arbustos amarelos. Mais ao longe havia linhas de árvores cultivadas.
— Aqui está bom — anunciou Wulfgar.
Hermund perscrutou a paisagem, contraindo o rosto vincado; os olhos de águia não perdiam nenhum detalhe.
Aos 33 anos de idade, ele era seis anos mais velho do que seu companheiro e já tinha mechas acinzentadas nos cabelos castanhos, mas tratava Wulfgar com uma deferência que os posicionava no mundo.
— Aye, milorde. Esses campos devem pertencer a alguém.
— Deixaremos soldados vigiando.
— Os habitantes locais devem ser amigáveis, claro.
— Pode ser — respondeu Wulfgar. — Mas meu plano não é ficar tempo suficiente para conhecê-los. Temos um encontro marcado.
— Rollo não vai se esquivar. Ele precisa de guerreiros e quer os melhores.
— Ele os terá se pagar uma boa quantia pelo privilégio.
— Naturalmente. — Hermund sorriu.
Os dois voltaram em direção ao navio, que já estava sendo puxado para a praia pelos outros homens.
— Nós fizemos tudo certo nesses últimos seis anos — Hermund continuou. — Se a sorte estiver do nosso lado, teremos renda suficiente para nos aposentar logo.
Wulfgar não respondeu. Não que não estivesse prestando a atenção, pois tinha ouvido muito bem e reconheceu a verdade daquelas palavras. Sob seu comando estavam guerreiros cuja reputação chegava antes deles: qualquer preço que dissessem seria pago sem contestação. Além disso, a sorte também sempre esteve do lado deles. O líder podia dizer que tinha muita sorte na vida, pois sempre saíra ileso dos conflitos. Ele não tinha medo de morrer. Houve um tempo em que ele procurava onde lutar. Mesmo assim, a morte lhe rondava o tempo inteiro, atormentando-o no calor do combate, mas permanecendo sempre fora de alcance. Ele já tinha se conformado com isso, observando com certo cinismo sua fortuna crescer.
Sem saber por onde andavam os pensamentos de Wulfgar, Hermund avaliou os estragos no navio.
— Velas rasgadas, remo rachado... Mas, no geral, não sofremos muito. Apenas três homens se feriram.
— Aye, podia ter sido pior.
— Em algumas batalhas, achei que viraríamos comida para os peixes.
— Se não arrumarmos os estragos, é o que vai acontecer — disse Wulfgar. — Organize os homens para começarem o trabalho, enquanto vou verificar como estão os feridos.
Minutos depois, ouviram-se os gritos de Hermund:
— Thrand! Beorn! Asulf! Baixem as velas! Dag e Frodi, ajudem-nos a soltar os cabos. Os outros, venham aqui.
Logo havia marinheiros correndo por toda parte.

Série Vikings Vitoriosos
1 - Noiva Desafiadora
2 - Toque de Coragem
3 - Entre a Vingança e o Desejo
4 - Redenção Total
Série Concluída

28 de junho de 2015

Noiva Desafiadora

Série Vikings Vitoriosos
A grande batalha...

Bela e corajosa, lady Elgiva é um prêmio tão precioso quanto as terras que o poderoso viking Earl Wulfrum acabara de conquistar. 
Ele levará Elgiva para casa e a tomará como esposa, mesmo que contra a vontade dela. 
Wulfrum é um guerreiro lendário, mas dominar o coração de sua mulher será a maior batalha de sua vida. Entretanto, a forma como Elgiva reage aos seus toques indica que ela talvez esteja escondendo algo que apenas poderá ser descoberto na noite de núpcias...

Capítulo Um

Nortúmbria — 867 d.C.
Elgiva sentou-se num tapete de couro de cabra diante do fogo com os braços ao redor das pernas dobradas e fitou as chamas. Diziam que algumas pessoas tinham a habilidade de prever o futuro no fogo. Naquele momento desejava muito possuir tal poder para pelo menos ter uma luz que a ajudasse a resolver o caos em que sua mente se encontrava. O dilema era desesperador, mas o que fazer para melhorar?
Com o canto dos olhos viu sua companheira, grata pela presença reconfortante.
Osgifu tinha sido sua mãe e confidente. A senhora de idade começara a servir o lorde Egert como enfermeira depois da morte do marido. Aos 40 anos de idade, Osgifu era uma mulher calma, uma figura elegante e bela, mesmo com vincos no rosto e mechas de cabelo branco contrastando com os fios pretos.
Aqueles olhos acinzentados tinham o poder de ver mais do que outras pessoas, ela era conhecida por ter uma segunda visão com poderes de enxergar coisas que as pessoas escondiam, invisíveis aos olhos de simples mortais. 
Ela costumava usar as runas, não o fogo, mas a precisão de suas palavras era suficiente para ter o respeito das pessoas.
Elgiva, no entanto, nunca tivera medo, apenas curiosidade. A mãe de Osgifu era dinamarquesa, filha de uma comerciante que se casara com um homem saxão. Foi da mãe que ela herdara o dom de prever o futuro e várias experiências.
Quando Elgiva era uma criança, Osgifu a entretinha contando fábulas dos deuses nórdicos: de Thor, que segurava os raios; de Loki, o deus da trapaça; Fenrir, o lobo. Elgiva ouvira entretida as histórias de Jotenheim, o mundo congelado dos gigantes e do dragão, Nidhoggr, que costumava roer as raízes de Yggdrasil, a colossal árvore esculpida das cinzas, cujas raízes uniam a terra e o céu. 
Em segredo, Osgifu tinha ensinado Elgiva a falar dinamarquês, sabendo que talvez lorde Egbert não aprovasse. Quando estavam sozinhas, as duas falavam em sua língua secreta, sabendo que suas palavras não seriam ouvidas por ninguém. Era Osgifu que sabia os segredos do coração de Elgiva, que costumava recorrer a ela quando tinha problemas.
A jovem suspirou e fitou as chamas da lareira, para em seguida voltar a atenção para sua mentora.
— Não sei o que fazer, Gifu. Desde a morte do meu pai, Ravenswood está se aproximando cada vez mais do caos. Meu irmão não fez nada. — Ela fez uma pausa. — E agora ele também morreu e os filhos são bebês ainda. Este lugar precisa de alguém de pulso forte.
Ela deixou de acrescentar que precisava de um pulso forte masculino, mas Osgifu entendeu e sabia o quanto era verdadeiro. Lorde Osric se preocupava apenas com habilidades com armas e caçar, sem demonstrar muito interesse em gerenciar as propriedades do pai, deixando a tarefa para seu mordomo, Wilfred.
Wilfred era um homem de bom coração e executara suas obrigações sob a tutela de lorde Egbert, mas depois da morte de seu mestre, ele começou a negligenciar algumas coisas, adiando o que devia ter sido feito. 
Os criados sob sua supervisão seguiram o exemplo e Elgiva começava a notar os resultados em seus passeios diários pelo castelo. Ravenswood, que até então era próspero, começava a apresentar sinais de descuido.

Série Vikings Vitoriosos
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2 - Toque de Coragem
3 - Entre a Vingança e o Desejo
4 - Redenção Total
Série Concluída

24 de fevereiro de 2013

O Toque do Viking

Série Ragnarsson 
Confiaria em um demônio viking?

Sua vida foi destroçada e Wulfgar Ragnarsson tinha decidido viver só o momento, enganando a morte e forjando sua lenda como mercenário.
Seu coração se tornou de gelo, mas lady Anwyn, uma valente viúva que necessitava de sua proteção, estava fazendo com que este gelo derretesse.
Anwyn estava disposta a arriscar tudo para salvar seu filho, e aquele guerreiro viking a ensinaria que nem todos os homens eram monstros, embora ele parecesse incapaz de amar…

Comentário revisora Maristela: Meninas amei a historia!!! Depois de um período tenso de tanto chicotes, palmadas e algemas, ai vai um livrinho que a Zel vai amar, muito romantismo e cavalheirismo.
Um viking romântico e cavalheiro na medida certa e TDB, aprovadissimo! Vocês vão adorar!!!

Capítulo Um


East Anglia, Ano 896 DC.
Wulfgar estava de pé na proa do navio, estudando atentamente a curva de areia amarela e as dunas suaves atrás, mas a pequena baía estava deserta; só as gaivotas navegavam em suas correntes de ar. Umas nuvens pesadas pendiam baixas sobre a terra, restos da tormenta da noite anterior. Os únicos sons eram o do vento e o vaivém da maré na costa, onde a areia quente e uma linha de algas e restos de madeira davam fé ao seu passo.
—Este lugar vai servir — disse— embarcaremos aqui.
Hermund, de pé a seu lado, concordou.
—Reconhece esta costa?
—Acredito que estamos na Anglia, embora seja difícil ter certeza.
—Certamente tudo parece tranquilo, meu senhor.
—Em qualquer caso, enviaremos uma patrulha para inspecionar.
—Perfeito.
Wulfgar deu a ordem uns minutos mais tarde e a quilha  do navio encalhou na areia. 
A tripulação recoou os remos e Wulfgar, junto com meia dúzia de homens, saltaram pela amurada à água e nadaram até a margem. Sem perder um minuto cruzaram a praia e subiram pelas dunas. 
Mais adiante os aguardava uma extensão de urzes salpicados por uma grama áspera e alongada. À distância se viam manchas de árvores.
—Servirá.
Hermund observou a paisagem que os rodeava com um ar pensativo em seu rosto sulcado de rugas e a seus olhos cinza com um olhar agudo não parecia escapar nada. 
Aos trinta e três era seis anos mais velho que seu companheiro e alguns fios de cinza já apareciam entre seu cabelo castanho, mas a deferência com que tratava ao outro homem revelava a posição que cada um deles ocupava no mundo.
—Sim, meu senhor. De qualquer maneira, esses campos terão seu dono.
—Posicionaremos vigilância.
—Também há a possibilidade de que os habitantes locais sejam amistosos.
—Talvez, embora não tenha pensado em ficar o suficiente para conhecê-los. Temos um encontro.
—Rollo não porá objeções. Necessita de guerreiros e quer aos melhores.
—E os terá, sempre que pagar generosamente por esse privilegio.
Hermund sorriu.
—É obvio.
Voltaram para navio. Os homens já haviam se organizaram em grupos e arrastavam a embarcação sobre a areia.
—Fomos bem nestes últimos seis anos — continuou Hermund— Se a sorte nos acompanhar, poderemos nos retirar logo.
Wulfgar não respondeu, mas seu silêncio não se devia a que estivesse distraído. 
Tinha escutado Hermund e interiormente tinha lhe dado razão. 
Capitaneava um esquadrão de guerreiros cuja reputação os precedia e garantia o pagamento da quantidade que pedissem por seus serviços, uma soma que sempre era abonada sem regatear . 
E a sorte os tinha acompanhado nesse sentido, até tal ponto que havia quem dissesse que seu líder estava abençoado porque sempre saía ileso dos combates. 
Não tinha medo de morrer. Inclusive houve um tempo em que procurou morrer, mas a morte parecia zombar perversamente dele, aproximando-se no fragor da batalha, mas ficando sempre longe de seu alcance. 
Já tinha se resignado com sua sorte e agora se dedicava a contemplar com cinismo como aumentavam suas riquezas.
Com os pensamentos de seu chefe, Hermund examinava os danos sofridos pelo navio.
—Uma vela rasgada, o leme danificado…

Série Ragnarsson
1 - A Desafiante Noiva do Viking
2 - O Toque Do Viking
3 - Defiantin the Viking's Bed
4 - Surrender to the Viking

13 de setembro de 2011

A Desafiante Noiva Do Viking

Série Ragnarsson

Northumbria, 867 d.C.

Formosa e valente, lady Elgiva é um prêmio tão grande como a terra que o conquistador viking agora controla.
O conde Wulfrum tomou seu lugar, e agora tomará a ela como sua noiva resistente.
Wulfrum é um guerreiro legendário, mas a voluntariosa Elgiva prova ser o maior desafio a que jamais enfrentara.

Entretanto a resposta a suas caricias lhe diz que ela sente o ardor avassalador tanto como ele.

Sua batalha apaixonada pode terminar só de uma maneira: no leito nupcial!

Comentário revisora final Ana Julia : Uma invasão Viking, um casamento forçado, uma luta não só para conquistar um povo, mas também para se conquistar a confiança, o respeito e o amor.

Capítulo Um

Elgiva estava sentada na manta de pele de cabra ante o fogo com os braços ao redor de seus joelhos e o olhar fixo nas chamas.
Dizia-se que alguns tinham a habilidade de ler o futuro ali.
Nesse momento ela teria dado tudo por tal poder para ajudar a resolver o caos de seus pensamentos.
O presente dilema era desesperado, mas o que fazer para melhorar?
Olhou uma vez mais a sua companheira, agradecida por aquela presença reconfortante. Para Elgiva, Osgifu tinha sido tanto uma mãe como uma confidente.
A mulher mais velha tinha começado a servir lorde Egbert como babá quando seu marido morreu.
Aos quarenta ainda era atraente, uma alta e elegante figura e, contudo, havia linhas em seu rosto e fios brancos em seu cabelo escuro.
Seus olhos cinzas viam mais que outras pessoas, já que se sabia que ela tinha um sexto sentido, via aquelas coisas ocultas à visão dos mortais comuns.
Sua habilidade recaía nas runas, não no fogo, mas a exatidão de suas palavras era suficiente para que o povo a respeitasse, inclusive temesse.
Elgiva nunca tinha tido medo, só curiosidade.
A mãe de Osgifu era dinamarquesa, filha de um comerciante, que se casou com um marido saxão. Dela tinha herdado o dom da visão e uma abundância de histórias além disso.
Quando Elgiva era uma menina, Osgifu a tinha entretido com contos de deuses nórdicos: de Thor, que brandia os raios; de Loki o enganador de Odin e Fenrir o lobo.
Elgiva tinha escutado encantada as histórias de Jotenheim, o reino dos gigantes de gelo, e do dragão Nidhoggr, quem constantemente roia as raízes de Yggdrasil, o poderoso fresno (árvore sagrada da mitologia nórdica) que conectava a terra e o céu.
Osgifu também lhe tinha ensinado a língua dinamarquesa, embora em segredo, já que sabia que lorde Egbert não teria aprovado.
Quando estavam sozinhas, as duas falavam sua língua secreta e sabiam que suas palavras estariam a salvo de outros ouvidos.
Só ela sabia os segredos do coração de Elgiva e este estava, para sua Elgiva, passando por tempos difíceis.
A mulher mais jovem suspirou e desviou seu olhar das chamas acesas na lareira, olhando totalmente a sua mentora.
— Não sei o que fazer Gifu.


Série Ragnarsson
1 - A Desafiante Noiva do Viking
2 - O Toque do Viking
3 - Defiantin the Viking's Bed
4 - Surrender to the Viking