Série Sequels
Uma bela condessa de dezessete anos só podia estar destinada a brilhar na requintada sociedade de Londres. Mas Elizabeth Cameron era muito diferente das jovens de sua época.
Órfã, havia sido criada longe dos salões londrinos e não sabia que ligações afetivas e financeiras frequentemente se entrelaçavam, em sutis arranjos de interesses. Não por acaso sua festa de debutante resultou num verdadeiro escândalo: era ingênua demais para suspeitar de intrigas, impulsiva e imatura em excesso para lidar com Ian Thornton, um homem atraente, no entanto perigosamente hábil nos jogos sociais. Elizabeth apaixonou-se por ele à primeira vista e, da noite para o dia, viu todos os seus sonhos se desmancharem. A paixão que sentia foi transformada em pecado, seu amor tornado impossível. Judith McNaught descreve com impressionante vigor e emoção o romance tumultuado de Elizabeth e lan, alternando sensualidade, ternura, aventura e humor. Do riso às lágrimas, impossível não compactuar com os personagens inesquecíveis de Alguém para amar, que é, sem dúvida, um irrecusável convite ao sonho.
Capítulo Um
Quinze criados, usando a tradicional libré azul e prata da casa Cameron, saíram de Havenhurst na mesma madrugada. Todos carregavam mensagens idênticas e urgentes que o tio de Elizabeth, sr. Julius Cameron, os incumbira de entregar em quinze diferentes residências por toda a Inglaterra.
Todos os destinatários das mensagens tinham apenas uma coisa em comum: haviam, certa vez, pedido a mão de Lady Elizabeth em casamento.
Os quinze cavalheiros, depois de ler a mensagem, reagiram a seu conteúdo. Uns ficaram incrédulos, outros desconfiados, e outros ainda, cruelmente satisfeitos. Doze deles enviaram respostas imediatas, declinando a oferta ultrajante de Julius Cameron, e depois correram à procura de amigos com quem pudessem compartilhar o saboroso, inesperado e incrível mexerico.
Três destinatários tiveram reações bem diferentes.
Lord John Marchman acabara de retornar da caçada, sua atividade diária favorita, quando o criado de Havenhurst chegou à sua casa e um lacaio lhe entregou a carta.
— Com mil demônios —ele murmurou enquanto lia.
A mensagem afirmava que o sr. Julius Cameron estava desejoso de ver a sobrinha, Lady Elizabeth Cameron, imediata e convenientemente casada. Por essa razão, o sr. Cameron dizia estar agora disposto a reconsiderar o pedido de John, previamente rejeitado, e conceder a mão de Elizabeth em casamento. Reconhecendo o fato de que um ano e meio se passara, desde a última vez em que John e Elizabeth se encontraram, Julius Cameron se dispunha a mandar a sobrinha, devidamente acompanhada por uma dama, para passar uma semana na casa de John, a fim de que pudessem “renovar os laços de amizade”.
Incapaz de acreditar no que estava lendo, Lord Marchman andava de um lado para outro, enquanto lia a carta mais duas vezes.
—Com mil demônios - repetiu.
Passando a mão pelo cabelo loiro, lançou um olhar distraído para a parede à sua frente, completamente forrada com seus mais adorados tesouros: cabeças empalhadas de animais que havia caçado por toda a Europa e em outros continentes. Um alce encarou-o de volta, com seus olhos vítreos; ao lado deste, um javali selvagem arreganhava os dentes. Aproximando-se, Lorde Marchman afagou o alce por trás dos chifres, num gesto de afeição que, embora absurdo, expressava sua gratidão pela esplêndida caçada que aquele prémio em particular lhe proporcionara.
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!