23 de abril de 2010

A Arte Da Sedução


A Parris Sutherland importam pouco as fofocas que giram a seu redor depois de que a deixaram plantada no altar. 

Está muito ocupada com um novo projeto: disfarçar-se de "lady Escrúpulos" para fazer justiça aos mulherengos que infestam a alta sociedade.
Mas ao mesmo tempo trata de resistir ao desejo que desperta nela o homem que a protegeu em sua infância, Dominick Carlisle, que retornou de novo a casa depois de oito anos.

Ao novo Duque do Wakefield não lhe interessam muito as aristocráticas obrigações que o hão endossado.
Preferiria desmascarar a lady Escrúpulos, sobre tudo se isso o distrai dos sentimentos que lhe inspira Parris e que leva tanto tempo sufocando, e dos sonhos que o acossam de uma calorosa noite que passou com uma jovem misteriosa muito tempo atrás.
Mas quando Dominick descobre que todas as mulheres que ocupam sua mente é apenas uma, Parris, jura lhe ensinar a essa descarada uma lição sobre sedução que a levará até o altar.

Comentário da Revisora Waléria: Bem, o livro conta a história de Parris, uma jovem que foi abandonada no altar por ter confessado a seu noivo que não era mais virgem. Contou inclusive como perdeu a virgindade e com quem. Tornou-se uma dama que buscava mostrar a sociedade londrina que os homens eram hipócritas. Mas seu amor retorna e ela se vê atraída para ele. O livro é interessante e as tramas são envolventes. É uma leitura muito agradável.
Ps. tem umas cenas bem quentes. Boa leitura a todos.

Kent, 1842.

A mulher foi a ele com o amparo da escuridão, só um raio de luz de lua guiava seu caminho. O ar era sufocante e quente, perfumado com a fragrância do jasmim que floresce durante a noite; os sons dos compassos quase imperceptíveis da orquestra chegavam com a brisa.
A mulher permaneceu ali, olhando-o, com a expressão inescrutável, todo seu aspecto era um mistério sob a máscara que cobria boa parte de seu rosto, a peruca empoeirada que ocultava seu cabelo e o disfarce de cortesã, com seu atrevido decote que apenas lhe cobria os mamilos.
Caminhou para ele, a sensualidade de seus movimentos fixou a atenção masculina em seus quadris.
Ela não disse nada e a língua dele tampouco pôde articular som algum.
Quando se deteve frente a ele, o pulso que pulsava na base de seu pescoço e o rápido agitar de seus seios lhe disse que não estava tão serena como queria lhe fazer acreditar.
Bem. Tampouco ele estava, e ao dar-se conta sofreu um abalo.
Quem era aquela mulher?
Queria perguntar. Deveria ter perguntado, mas temia romper o feitiço.
Tinha-a visto dentro? Assistira alguma vez ao baile anual de máscaras de sua mãe?
Importava em realidade? Estava ali, ponto.
Dominick abriu a boca para dizer algo, mas a mulher apoiou um dedo esbelto em seus lábios e o silenciou.
Depois, esses mesmos dedos cruzaram sua mandíbula como um sussurro, deslizaram-se por seu cabelo, cobriram-lhe a nuca e atraiu sua boca para a dela.
O contato foi explosivo.
As grandes mãos masculinas se fecharam ao redor da diminuta cintura da jovem, atraindo-a para si, precisando rodeá-la contra seu corpo tanto quanto pudesse.
As capas de roupa que se interpunham entre eles os confinavam e restringiam.
Que absurda inconveniência.
Dominick queria ir pouco a pouco, ser doce, mas a jovem trocou o jogo do amor, sua necessidade era urgente, incitava os sentidos masculinos, e o calor das peles, lá onde os corpos se tocavam, estendia-se e ascendia fora de seu controle.

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