Trilogia Noivas
Por quatro anos, o marquês de Granville tinha sido para Phoebe um homem: o marido desinteressante e pouco intimidante de sua irmã. Quando ela morreu, Phoebe parecia uma substituta razoável.
Seu compromisso com ele, forçou um acordo e teria sido muito cruel, se não fosse pelo dia em que Phoebe olhou para ele, realmente olhou e viu o que jamais tinha visto antes: que o marido era charmoso e misterioso.
Desde então, ela não conseguia parar de prestar atenção, e se apaixonou perdidamente.
Está casada com Granville, sabendo que ele não a amava e nunca a amaria.
Foi uma verdadeira tortura. Afinal, Phoebe não pertence à classe de mulheres que os homens se apaixonam.
Phoebe, com seus cabelos revoltos, despenteados sua roupa e os dedos sujos de tinta sempre de tanto escrever poemas.
Mas Granville está prestes a descobrir que a desajeitada jovem, é mulher o suficiente. Inclusive para ele.
Prólogo
Rotterdam, dezembro 1645
Brian Morse passou rapidamente pelo beco escuro para longe do porto.
Um homem o seguia era um homem com uma capa e um capuz amarado na testa.
Ao aproximar-se dos úmidos muros de pedra de um lado a outro, Brian se fundia com as sombras.
Os telhados de ambos os flancos quase se tocavam sobre sua cabeça, o que não impedia que a persistente chuva o empapasse enquanto caminhava com cuidado sobre os escorregadios paralelepípedos.
O inglês sabia que o seguiam.
Mas não deu sinal alguma disso, salvo possivelmente uma maior rigidez de suas omoplatas, pois todos seus nervos estavam tensos e alertas. Encontrou-se frente a uma porta estreita e vacilou durante um instante.
Depois elevou a mão como se pretendesse chamar e, ato seguido, entrou no escuro e estreito espaço, onde não podia ser visto do beco, apertando-se contra a porta fechada.
Seu perseguidor se deteve e franziu o cenho.
O inglês não tinha que haver-se detido nessa rua. Supunha-se que tinha à Tulipa Negra a encontrar-se com o agente do rei holandês, Federico Enrique do Orange.
O homem amaldiçoou ao mesmo.
Como podia que um de seus informantes tivesse cometido tamanho engano? Eram todos uns incompetentes.
Seguiu adiante, curvado sob sua capa. Ao chegar ao portão, Brian Morse saiu e se colocou frente a ele.
O homem se precaveu então daquele par de olhos castanhos, frios e determinados como os de uma víbora. A seguir viu o brilho do aço. Tratou de agarrar sua adaga, mas ao ser tornar consciente de sua desesperada posição e da rigidez dos músculos.
A ponta da espada lhe alcançou o peito, atravessando sua capa, sua camisa e sua carne com a facilidade de uma faca que corta manteiga.
A dor foi aguda, uma sorte de fria e aguda intensidade em seus órgãos vitais.
Escorregou pelo muro, procurando com as mãos um cabo nas pedras úmidas, e se desabou inerte. O sangue corria sob seu corpo, mesclando-se com os escuros atoleiros de chuva entre os paralelepípedos.
Brian Morse lhe deu a volta com a ponta de sua bota. Os olhos, agora frágeis, olhavam-lhe fixamente.
Na boca de Brian se desenhou um leve sorriso. Devagar, jogou o braço para trás e afundou a espada no estômago do homem. Depois de tirá-lo, derramou-se pelo chão uma cinzenta e carmesim massa de vísceras.
Brian observou durante um instante o sanguinolento montão de carne. Ato seguido, com um grunhido desdenhoso e torcendo a boca, voltou-se e prosseguiu sua caminhada pela ruela.
Ao chegar acima, dobrou à direita para entrar numa rua larga.
Podia ver-se a luz nas janelas superiores de um botequim de vigas transversais.
O vento fazia ranger e oscilar o letreiro do Tulipa Negro.
Brian abriu a porta de repente e entrou naquele fedorento e abarrotado lugar.
O fedor da cerveja rançosa, a sujeira humana e a pés de porco impregnava o ar carregado de fumaça.
As paredes caiadas exibiam grandes manchas de óleo de umidade e as velas de sebo ardiam nos candelabros que pendurados no teto.
Brian abriu caminho entre a estridente multidão para uma porta situada atrás do mostrador, onde um homem com as bochechas vermelhas servia cerveja sem descanso e com movimentos firmes, alinhando os frascos cheios no bar.
Uma empregada as retirava e levava em uma bandeja que sustentava por cima da cabeça enquanto se ele mergulhava na multidão, esquivando-se dos beliscões e das palmadas no traseiro.
O homem do bar elevou a vista quando Brian passou frente a ele.
Dedicou-lhe uma breve saudação e assinalou com o queixo para a porta que havia a suas costas.
Brian elevou o fecho e entrou em uma pequena habitação de teto baixo. Havia um homem sentado em uma mesa junto ao fogo, acariciando uma jarra de louça. Fazia um frio úmido na estadia, apesar das chamas o homem ainda estava usando capa e chapéu. Quando Brian entrou, elevou a vista e o examinou de cima abaixo.
—Eles te seguiram-perguntou com uma voz estranhamente terminante e nasal. Fixou o olhar na espada que Brian ainda sustentava sem embainhar. Da ponta gotejava sangue que se coagulava na serragem se espalhando sobre o chão de madeira.
—Sim - admitiu Brian.
Levantou a espada e analisou as manchas cor óxido como se analisasse e aprovasse o trabalho feito. Logo, com um cortante ruído surdo, embainhou a espada e se sentou no lado oposto da mesa.
—Um dos agentes do Strickland? —inquiriu o homem, agarrando sua jarra.
—Suponho. Não tive tempo de averiguá-lo
Trilogia Noivas
1 - A Guerreira
2 - A Noiva Acidental
3 - A Noiva Inesperada
Trilogia Concluída
Esta estorinha é muito gostosa de ler,adorei as maluquices que a mocinha fez a fim de conquistar o amor do mocinho.Vale muito a pena ler.
ResponderExcluirJenna, nem sempre eu escrevo aqui, mas estou sempre aqui. Adoro tudo isto....
Jenna,estou sempre aqui e gosto muito do seu blog.Este livrinho é muito doce, esta noiva é fora dos padrões e por isso mesmo a estória é muito gostosinha de ler,,,,
ResponderExcluirOi Jenna,
ResponderExcluirGostei muito desta série. Mas esta autora, Jane Feather, não aparece na lista de autores. Eu a procurei lá pra ver se havia mais livros dela.
Olá acabei de ler muito bom.
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