12 de janeiro de 2011

A Herdeira Fugitiva


Casamento de mentira... ou de verdade?

Para impedir que o irmão se apodere de sua herança, Dina Moore precisa se casar antes de completar vinte e cinco anos.
A oportunidade surge quando ela salva uma jovem ingênua de uma união desastrosa com um caça-dotes e conquista a gratidão do atraente irmão da moça.

A última coisa que Grant Turpin deseja é uma esposa, mas Dina precisa ser legalmente casada para receber sua herança, e o senso de honra de Grant o impede de negar o pedido.


Curiosamente, quanto mais liberdade e independência Dina oferece, menos ele anseia por esses privilégios.
Dina desperta nele um sentimento forte e desconhecido, que até então nenhuma mulher conseguiu provocar.
Agora, Grant terá de recorrer a um especial poder de sedução para transformar aquele casamento de conveniência em uma união por amor verdadeiro!

Capítulo Um

Staffordshire, Inglaterra,
1° de dezembro de 1816
Uma chuva fria caia na carruagem parada na estrada escura para o norte, no cocheiro encolhido na boléia e no casal a alguns passos de distância.
Incrédula, Ondina Moore fitava o noivo.
— Não vamos?! Como assim? Planejamos isso durante um mês!
Sob a parca luz da carruagem, Diggory Tallow dava a impres­são de ser ainda mais pálido e magro.
— Sei que planejamos, Dina, mas eu me dei conta de que fugir para casar é perigoso. Pense no falatório, no escândalo e na raiva de seu irmão. Um casamento mais convencional...
— Não há tempo para um, você sabe. Meu aniversário é daqui a quatro dias. Se esperarmos pela licença, que Silas sem dúvida nos impedirá de obter, minha parte da herança passará para ele.
— Desse jeito parece que quero me casar com você por causa de seu dinheiro, Dina.
— Não, claro. — Ora, a fortuna dele era bem maior do que a sua. — Mas por que meu irmão deverá ficar com o que me pertence por direito? Foi difícil sair às escondidas de casa e vir a pé até aqui sob a chuva. E a carruagem já foi alugada. Não sabemos quando Silas vai voltar para Ashcombe, o que tornará impossível outra tentativa. Vamos seguir para a Escócia como planejamos e nos casaremos antes que ele possa nos impedir.
Sem fitá-la, Diggory falou com firmeza.
— Sinto muito, Dina, não posso.
— Por que não? O que mudou?
Estranho que o maleável Diggory resistisse a sua influência.
A docilidade dele fora o primeiro motivo para ser seu escolhido, além de morar perto de Ashcombe e visitar Silas com freqüência.
No início, ele havia relutado em planejar o casamento.
Ela achava ser por medo de seu irmão muito maior e que o dominava desde os tempos em que ambos estudavam em Cambridge.
Após ouvir várias desculpas para adiar o casamento, Dina havia se dado conta de que a única solução era fugirem.
Só essa união, antes de seu vigésimo quinto aniversário, lhe garantiria a herança. Para surpresa sua, Diggory tinha concordado. Até este momento.
— Você não se interessa mais por mim? — perguntou. Mentalmente, repetiu a si mesma que, embora não o amasse, seria uma boa esposa para ele.
— Não é isso — ele balbuciou ao fitá-la de esguelha.
— Estou enregelada. Pelo menos, vamos entrar na carruagem para discutirmos a questão.
— Não creio que devamos. Não posso ficar mais aqui.
Surpresa e irritada, Dina reclamou:
— Você prometeu me ajudar a salvar minha herança.
Esta é a única maneira de fazê-lo.
— Sim, mas tenho pensado muito. Sem dúvida você pode con­fiar em seu irmão para cuidar de sua herança. Acha que ele não vai dar seu dote quando você se casar?
Exasperada, Dina argumentou:
— Não posso confiar em Silas. As dívidas de jogo acabaram com a fortuna dele e continuam crescendo. Não quero ver a minha ir pelo mesmo caminho e não creio que você deseje isso.
— Não, mas eu... bem, a questão é...

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