20 de março de 2011

Era Uma Vez Um Cavaleiro...



E uma dama apaixonada...

O charmoso e atraente Vincent Danzel nunca recusa um desafio.

Por isso, quando é incumbido de fazer uma certa jovem apaixonar-se por ele, sem
levá-la para a cama, ele aceita sem vacilar, entusiasmado com a ideia de ter uma donzela chorando a seus pés...

As visões de Sybil Eschoncan a avisam de que um pretendente indesejável está prestes a entrar em sua vida, e a súbita chegada de Vincent a seu castelo confirma a previsão.

Mas ela não estava preparada para a atração que sentiria por aquele cavaleiro, e fica perplexa com a relutância dele em possuí-la...
Vincent jura a si mesmo resistir ao desejo crescente que sente pela intrigante Sybil.
Mas quando outro homem, monstruoso e repulsivo, pede a mão dela em casamento, com a anuência da madrasta, ele decide arriscar tudo para lutar por um amor que nunca pensou que iria encontrar...

Capítulo Um

1457 d.C.

Aquela seria muito fácil. Vincent Danzel empurrou uma mecha de cabelo para atrás da orelha e viu a figura coberta por um manto se esconder atrás de um arbusto.
Mudando de posição, ele ouviu o ranger da árvore sobre a qual estava encolhido.
A bolsa ainda estava pesada. Bem pesada. Não se deixaria entorpecer pela bebida.Iria precisar dela.
Vincent mudou novamente de posição, e o galho ran­geu outra vez.
O barulho era constante desde que se enco­lhera ali em cima para vigiar a moça que perdia tempo procurando sapos. Vincent torceu o nariz. Sapos?Ele a viu se aproximar de um deles na beira do lago, e quase sentiu pena da criatura.
Assim que conseguia pôr as mãos no animal, ela o sacudia e esbofeteava, fazen­do ruídos estranhos até o sapo reagir como ela queria.
Depois, ainda fazendo ruídos esquisitos, ela usava um pano que levava sob o manto para esfregar as costas do animal.
Não sabia que tipo de substância ela pretendia absorver, mas depois de limpar completamente o sapo, a jovem o libertava no lago com toda a delicadeza.
Vincent a viu dobrar o tecido na forma de um pequeno triângulo e guardá-lo dentro de um frasco junto com outros quatro que ela havia obtido anteriormente.
Em seguida, ela fechava o recipiente com uma rolha.
A jovem nada tinha que a recomendasse.
Era peque­na, sem forma definida e sem-graça, a julgar por como se encolhia sob o manto. E era estranha. Vincent a observa­va com extrema atenção.
Ela se levantou, e a mudança de posição pouco aumen­tou sua estatura, vista de onde ele estava.
Vincent agar­rou o galho, rolou o corpo para a frente e se pendurou na árvore, aterrissando no chão à direita da jovem, sobre a margem encharcada do lago.
Ao receber o peso de seu corpo, o solo cedeu, e ele se viu imerso até os tornozelos na lama.
A estranha criatura o encarou e riu.
— Não deveria espionar — ela disse finalmente, quando conseguiu conter o riso.
Vincent franziu a testa. Ela não parecia surpresa com sua repentina aparição.
— Eu não estava espionando.
— O que estava fazendo, então?
— Estava realizando um desejo seu.
Vincent recuava passo a passo, tentando pisar solo firme.
— Um desejo meu? E qual foi o pedido que eu fiz? — ela indagou.
— Um príncipe. Esse é o propósito de beijar sapos. Encontrar um príncipe.
— Não beijei nenhum sapo.
— O que explica por que ainda não encontrou seu príncipe.
— Então, você não é um príncipe?
— Sou Vincent Danzel, cavaleiro. A seu dispor. — Ele se curvou para dar mais efeito à apresentação.— Que pena...

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