29 de maio de 2011

Perigosa E Fascinante



UMA MULHER FORTE E DETERMINADA,QUE VAI CORRER TODOS OS RISCOS PELO HOMEM QUE AMA!

Rica, elegante e delicada, Suzanne está longe de ser uma mulher tradicional.
Quando embarcou na diligência que atravessaria o Oeste selvagem, sabia que teria de lutar por si mesma e por seu objetivo.
Então, seu destino se cruza com o de Jack Sloan, um homem que não quer compromissos nem companhia.
Suzanne, porém, está determinada a conquistá-lo. Sabe que ele é o homem de sua vida, e fará de tudo para mostrar a ele que o futuro a dois pode ser muito melhor do que uma vida solitária!

Capítulo Um

Território de Wyoming, Setembro de 1879

O estalo agudo despertou Suzanne de um sono leve.
Sacudiu a cabeça na tentativa de clarear o atordoamento provocado pela poeira, pelo calor fora de época e pelos dois dias e duas noites passados em uma das diligências desconfortáveis.
— Será que quebramos um tirante? Indagou um passageiro, nervoso.
— Pode ser, mas com esses rangidos e estalos constantes, é difícil saber — respondeu o ferreiro.
— Não me parece que um tirante tenha quebrado — resmungou o vaqueiro sentado ao lado de Suzanne.
— Vou dar uma olhada.
Inclinando-se sobre Suzanne, ele pôs a cabeça para fora da janelinha.
— Uns doze cavaleiros estão bloqueando a estrada logo ali adiante — ele avisou.
— Parece que eles querem assaltar — o vaqueiro falou, meio encolhido.
No mesmo instante, os passageiros se alarmaram. Ansioso para proteger a mercadoria da ganância dos predadores, que costumavam cair sobre diligências como abutres, o vendedor de relógios apertou os braços em volta da maleta. Devagar, Suzanne enfiou a mão no bolso da saia de sarja azul e segurou a pequena pistola.
Só um único passageiro não emitiu opinião. Continuou na mesma postura relaxada no assento em frente ao de Suzanne. Com os braços cruzados sobre o colete de couro, o chapéu de copa achatada puxado para baixo, até quase o nariz, ele ignorava a agitação.
O nome dele era Jack Sloan. Murmúrios nervosos sobre ele tinham sido trocados pelos outros passageiros desde o momento em que ele havia posto a sela no compartimento de bagagem, e, depois, subido no veículo.
Naturalmente Suzanne tinha ouvido falar do sujeito.
Outro estalo repercutiu no ar, eliminando todas as dúvidas dos passageiros. Acompanhada por palavrões proferidos pelo cocheiro, a diligência começou a diminuir a velocidade.
O coração de Suzanne disparou sob a blusa branca de gola alta e o casaquinho de sarja azul de seu costume de viagem.
Ali na diligência, enquanto tentava extrair coragem dessa sua faceta inflexível, o vaqueiro embriagado empunhou a pistola.
— Olhe aqui, homem, nada de atirar com isso! — o ferreiro o advertiu.
— Não vou deixar que malditos assaltantes peguem meu dinheiro.
— O guarda ainda não atirou. Seria melhor você... O ferreiro não terminou a recomendação. Rápido como um raio, o pontapé de uma bota feita a mão arrancou fora a arma da mão do vaqueiro. Ela bateu no lado da diligência e caiu no chão, junto das botinhas de camurça bege de Suzanne.
Praguejando, o vaqueiro virou-se para o homem escarrapachado no assento em diagonal ao dele.
— Com todos os diabos, por que você fez isso?
Com a ponta do indicador, Sloan afastou o chapéu para cima. O olhar gélido cravou-se no rosto furioso do vaqueiro.
— Um homem não deve sacar uma arma quando não está em condições de usá-la. Ou preparado para morrer.

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