21 de agosto de 2011

Donzela Ou Devassa?



A dama e o rebelde!



Thea acha que seu único problema é um vestido de baile manchado, mas depois de conhecer o visconde Darien, seu mundo vira de pernas para o ar.

A atração entre ela e lorde Darien é imediata, e Thea sabe que aquilo não se trata de um flerte inocente.

Mas será que ela pode confiar no visconde? E mesmo que ela queira confiar, como conseguirá convencer sua família, especialmente seu irmão, de que Horatio não merece a amaldiçoada reputação dos Cave?

Durante gerações, a família Cave foi marcada pelo escândalo, pela loucura e pela violência.

Mas depois de conquistar reputação e prestígio por sua coragem e lealdade no Exército, o visconde Darien, está determinado a encantar a sociedade londrina e a recuperar o bom nome de sua família,

E ele pretende começar com a adorável lady Thea Debenham. Thea sempre foi uma dama, o que serve muito bem aos seus propósitos.

Mas ao descobrir de quem ela é irmã, Darien começa a se perguntar se ela de fato é a dama perfeita que parece ser, ou se tem algum segredo guardado.



Capítulo Um



Londres, maio de 1817.



Lady Thea Debenham tirou rapidamente o traje verde.

— Harriet, um vestido novo, depressa!

— Pelo amor de Deus, milady! — a criada gemeu e apanhou a roupa manchada como se esta fosse uma criança ferida.

— Eu sei que você é capaz de fazer mágica. Por favor, outro vestido.

— Qual deles, milady?

— Não me importa! — O que não era verdade. Thea olhou-se no espelho.

A roupa íntima sempre combinava com o vestido e ela estava usando verde dos babados do espartilho até a barra da anágua. — Eu tenho algum que combine com essa cor?

— Não, milady.

Thea mordeu o dedo, percebeu que estava de luvas de seda e retirou-as.

— Qualquer um que eu ainda não tenha usado.

Harriet correu ao quarto de vestir.

— Sapatos que combinem! — Thea gritou.

Ela tentou tirar o calçado, mas foi impedida de abaixar-se por causa das barbatanas do espartilho. Havia escolhido para aquela noite o vestido mais elegante de seu guarda-roupa. A moda ditava decotes baixos e havia sido isso que ocasionara o desastre. O marquês de Uffham ficara tão encantado com o busto de Thea que entornara beterraba em conserva sobre o vestido dela.

Duas damas gritaram e Thea tivera vontade de fazer o mesmo. O vestido fora estragado na primeira vez em que o usava, e justo naquela noite. Thea andou pelo quarto, fazendo barulho com a anágua de seda.

Para todos os efeitos, o baile dado por sua mãe era para celebrar o noivado do irmão de Thea, lorde Darius Debenham com lady Mara St. Bride. Sob essa intenção feliz, havia um motivo mais sério. Novos problemas haviam surgido para Darius.

Ele havia sofrido muito. Lutara em Waterloo, fora ferido e dado como morto. Durante mais de um ano, Thea e sua família acreditaram nisso, atormentadas. Ele de fato não morrera, mas a mulher que tinha cuidado dele dera-lhe ópio durante muito tempo e, quando Darius voltou para a Inglaterra, estava fraco e viciado.

A família cuidou dele e ele, por fim, acabou encontrando o amor. Ele lutou e lutou até que foi capaz de sobreviver com uma pequena dose diária de ópio. E como se o destino não quisesse vê-lo feliz, começaram os boatos apavorantes. Toda Londres comentava que a origem de seus ferimentos em Waterloo fora desonrosa em uma tentativa de fugir do campo de batalha.

Quem o conhecia, sabia que isso não era verdade, mas Darius de nada se lembrava, e o pavor de que isso fosse verdade o consumia.

Enquanto não encontrassem uma testemunha entre as centenas de homens que haviam estado na batalha, nada poderia ser esclarecido. A impressão que se tinha era de que uma névoa baixara sobre o campo de batalha, a ação se dissolvera e agora cada um só sabia de si.


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