17 de agosto de 2011
O Corsário Da Rainha
O Gavião do Mar prepara-se para deixar a Inglaterra e enfrentar os navios espanhois em busca de glorias e tesouros.
O Capitao Rodney, jovem corsário a serviço da rainha, fremente de orgulho e emoção, escuta o rangido familiar das roldanas correndo céleres pelas grossas amuradas.
Madeiras chiam, velas começam a enfurna-se galhardamente.
O poderoso galeão vai a caminho da America Central, terra de índios, piratas, ouro e prata.
No cais apinhado, milhares de gritos de Adeus.
Os marinheiros respondem, “Adeus tera querida! Riquezas e aventuras à vista! Viva o Gavião do Mar!”
Capítulo Um
Inglaterra 1588
A estrada ainda mostrava profundos sulcos causados pela neve de meses atrás.
O cavaleiro manejava com perícia as rédeas, mas o animal seguia lentamente, com dificuldade, enterrando as patas no solo macio.
Rodney Hawkhurst prendeu a respiração ao chegar na planície atapetada de campânulas azuis, margeada por imensas árvores seculares.
Puxando as rédeas com delicadeza, mas firmemente, fez com que o cavalo andasse mais devagar ainda, e olhou para o assombroso espetáculo com um sorriso enlevado.
Tinha-se esquecido completamente do milagre que a primavera operava na Inglaterra. Depois de tanto tempo passado no mar, aquele panorama era quase novo para ele, fazendo-o sentir-se absurdamente sentimental e, ao mesmo tempo, tão excitado quanto ficara anos atrás, ao resolver atirar-se no mundo da aventura.
Agora, com vinte e nove anos, percebia que não era tão indiferente assim aos caprichos da natureza.
Tirou o elegante chapéu de plumas cuidadosamente escolhido na melhor casa de Londres, e limpou a testa perlada de suor.
Forçara o cavalo durante um bom tempo naquela estrada esburacada, a fim de deixar para trás os criados com a bagagem.
Sentira súbita necessidade de ficar sozinho, para melhor pensar no que deveria dizer quando chegasse a Camfield.
Ouvira opiniões contraditórias sobre Sir Harry Gillingham, felizmente favoráveis, na maioria.
Em Whitehall disseram que Sir Harry era imensamente rico e generoso, bastaria então um pouco de psicologia para fazê-lo aceitar sua proposta.
Mas se Sir Harry a recusasse, onde mais poderia conseguir o que tanto queria?
Seus lábios apertaram-se numa linha fina, e seu queixo tornou-se mais quadrado ainda.
Sempre tivera sucesso em suas empresas, não seria desta vez que pensaria em malogro.
Mergulhado em pensamentos, mal reparou que havia atravessado a bela planície de campânulas e achavase diante de um imponente portão de ferro.
Tinha chegado, afinal!
Era este seu destino, e aqui começava sua busca, a busca do tesouro!
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!