16 de outubro de 2011

A Glória Do Amor





Daniela Colwyn ouviu, com horror,seu padrasto comunicar-lhe que devia se
casar com um homem a quem desprezava.

Sem pensar, juntou seus poucos pertences e fugiu de casa.

Desprotegida, sem dinheiro ou amigos que a socorressem,Daniela viu-se forçada a integrar um grupo de cantores que iam ao castelo do conde de Huntingforde alegrar uma festa exclusivamente masculina.

Lá, ela cantou, traduzindo em sua canção toda a tristeza e solidão de que estava possuída.
Arrebatado, o conde se declarou a ela, oferecendo mais do que amor a quem estava só e sem destino ...

Capítulo Um

1869
Daniela sentia-se feliz ao chegar em casa.
Voltava de um adorável passeio a cavalo pelo parque.
Nada, ela pensava, poderia ser mais lindo do que os narcisos florescendo sob as árvores, e as prímulas e as violetas se mesclando entre o musgo.
Quando ia entrando na casa pela porta principal, o mordomo veio-lhe ao encontro.
— Sir Marcus deseja falar-lhe, Srta. Daniela.
Daniela estremeceu involuntariamente.
Tentava imaginar o que poderia ter feito para provocar o desagrado de seu padrasto.
Deveria ser algo importante ou ele não teria dado ordem ao criado para chamá-la.
Sabia que deveria estar esperando-a em seu estúdio.
Daniela sempre associava aquela sala com algum tipo de problema.
Todas as vezes que sir Marcus queria chamar a atenção de algum empregado ou dela própria, ele usava aquele local.
Esperava que não fosse nada muito sério, pois gostava do padrasto porque ele fazia sua mãe feliz.
Quando o capitão Angus Colwyn naufragara com seu navio durante uma violenta e incomum tempestade na baía de Biscaia, sua esposa sofrera muito.
Custou tanto a se recuperar, que Daniela chegou a pensar que ela o seguiria para o outro mundo.

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