27 de novembro de 2011

Sião, País Dos Sorrisos





Todo homem procura uma estrela, uma mulher que o guie, que ilumine seu caminho.

Essas palavras, ditas pela voz cálida e sensual do Marquês de Oakenshaw, ainda soavam nos ouvidos de Karina.

Ali estavam eles, passeando de barco em meio ao burburinho do Mercado Flutuante de Bangcoc, no cenário de um sonho que Karina jamais pensara viver.

Tinha chegado até o Sião trazida por Betty, era a criada pobre e humilde, protegida pela prima, uma das favoritas do Marquês.
Como poderia agora trair sua afeição, sua lealdade, caindo nos braços daquele homem orgulhoso e de olhar cínico, que sabia seduzi-la com tão belas palavras?

Capítulo Um

1894
O Marquês de Oakenshaw bocejou.
O Palácio de St. James estava muito abafado e as cerimônias da Corte naquele dia levavam mais tempo do que de costume.
O Príncipe de Gales estava de muito bom humor e, assim, atendia e conversava com quase todas as pessoas que eram apresentadas.
Repetidas vezes sua risada ecoava no grande salão de teto baixo.
O Marquês, que já tinha visto tudo aquilo, não estava especialmente impressionado com o cerimonial e a esplêndida aparição de Soldados, Marinheiros, Diplomatas e Ministros.
A única coisa que pensava naquele momento é que preferia estar no campo, pois o dia estava excepcionalmente ensolarado, em se tratando do mês de janeiro.
Como gostaria de cavalgar um de seus espertos animais, parque afora, ou apostar corridas com um de seus amigos em sua pista particular!
Estava de tal modo entregue a seus pensamentos que levou um pequeno susto quando a cerimônia terminou e o Príncipe de Gales começou a andar em direção à porta.
O Marquês dirigiu-se rapidamente para seu lado, constatando que o Príncipe ganhava peso a cada ano que passava.
Não havia a menor dúvida que suas roupas, tão elegantes, teriam de ser substituídas em breve.
No entanto, o Marquês contrastava bastante com o Príncipe.
Como apreciava demais montar a cavalo, procurava fazer o possível para manter seu peso estável.
Isto significava, por exemplo, mostrar-se muito comedido quando se tratava das esplêndidas refeições servidas no Palácio de Marlborough e por todas as anfitriãs que desejavam recepcionar o Príncipe de Gales e seus acompanhantes.
Novamente reprimindo um bocejo, o Marquês pensou que aquelas refeições tão prolongadas aborreciam-no sobremaneira, o mesmo acontecendo com as cerimônias da Corte.

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