21 de dezembro de 2011

Uma Mulher Tentadora





Londres, 1864 


Insuportável... Insolente... Estranho... Sandra Radford era tudo isso e muito mais. 
Mas Aiden não dava a mínima. 


Se ele não fosse seu último recurso para salvá-la de um apuro, ela certamente o teria dispensado depois daquele olhar atrevido que ele lhe lançara...

Um olhar que fizera seu coração disparar com um desejo que ele jamais tinha experimentado. 
Quando o perigo dá as caras, contudo, e segredos do passado vêm à tona, a resistência de Sandra se desfaz e ela acaba buscando conforto em seus braços. 
E, a cada momento que partilham, Aiden deixa de ser o homem do qual ela precisa para se tornar aquele que ela deseja... 
Mas o que irá acontecer quando todos os segredos forem revelados? 


Jena: Adorei este romance ela é inteligente e nada púdica e quando os dois se encontram o nosso herói é tão inseguro se escondendo atrás de um homem que sabe comandar, exigir e ela dobra ele!


Capítulo Um 


 Londres, Inglaterra Janeiro de 1864 
John Aiden Terrell virou-se de costas para a lareira e, pela janela, observou a neve que caía. Odiava o inverno. 
Quase tanto quanto passara a odiar Barrett Stanbridge e a considerá-lo um prepotente desgraçado. 
As três últimas semanas haviam sido um verdadeiro inferno pelo que lhe tinha feito em nome da amizade. 
Acima de tudo por ter insistido com ele para se manter sóbrio a fim de sentir cada momento da infelicidade excruciante. 
E o frio? O inverno gélido de Londres penetrava até os ossos e amortecia a circulação. 
Apenas vir de Haven House ao escritório de Barrett de manhã era um sacrifício. 
Bateu os pés no chão e friccionou as mãos dormentes. 
— Você se importa de parar com essa movimentação? — o alvo de suas queixas indagou sem erguer os olhos do que escrevia. — Não, claro. Vivo para satisfazer suas vontades. Barrett apontou para a bandeja de café do outro lado do escritório e sugeriu:
— Tome uma xícara. — Não quero café e sim um gole de conhaque — Aiden respondeu. — São nove e meia da manhã, e você não vai beber conhaque. Nem agora, nem mais tarde, pois está em período de abstinência. 
Não adiantava nada protestar contra as regras impostas pelo amigo, mas ainda lhe restavam uns fiapos de orgulho. 
— Como já mencionei várias vezes, não estou interessado em me regenerar 
— Aiden replicou. — E, em todas essas vezes, eu lhe disse que seu pai me pediu para pôr você de volta no caminho certo. Costumo cumprir meus deveres — Barrett comentou sem parar de escrever. 
— Nunca palmilhei o caminho certo e você sabe disso tão bem quanto ele. Eu preferia estar morto em vez de levar esta vida insípida que você considera melhor.
— Quando o encontrei caído, pensei que estivesse morto. Se uma carroça tivesse passado sobre seu corpo, você não teria sentido nada — Barrett comentou sem erguer o olhar.
— Sem dúvida, minha única intenção. Então, o amigo o encarou. 
— Se você estivesse consciente para ver seu estado, teria ficado mortalmente embaraçado, pois provocaria nojo num porco. 
Comentários como esse tinham sido freqüentes desde quando Aiden ficara sóbrio o suficiente para entender alguma coisa. Não agüentava mais. 
— Se eu tivesse pensado direito, não teria vindo para Londres 
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