21 de dezembro de 2011

Farsa Inocente









A porta do salão abriu-se repentinamente e uma voz conhecida ecoou. 


 Valéria se voltou atônita ao reconhecer o homem que entrava. 
Era o conde de Savin, que ela conhecera durante um espetáculo no Moulin Rouge. 
Seu coração bateu mais forte ao vê-lo de novo. 
Por um momento Valéria pensou que fosse uma miragem, mas aqueles cabelos negros eram inconfundíveis, e não pôde desviar o olhar. 
Como iria lhe explicar que não era uma farsante? 
Que a viúva envolvente por quem ele se apaixonara jamais existira? 


Capítulo Um 


 O conde de Netherton-Strangeways tamborilava os dedos na mesa enquanto aguardava. 
Ele era um homem elegante, de grande importância na corte, possuindo uma posição proeminente entre os aristocratas. 
A família Netherton fizera parte de toda a história do país em que vivera. 
O sétimo conde tinha o firme propósito de manter a tradição. 
Mas seu filho, o visconde Strang, parecia mais interessado em se divertir do que em cumprir suas obrigações, o que muito irritava o conde. 
Porém, o conde era sensato o suficiente para admitir que rapazes comportam-se como rapazes e que não devia esperar muito daquele filho tão atraente. 
Por outro lado, sua filha Valéria era bastante inteligente, além de bonita, o que não era de surpreender, já que a mãe dela fora aclamada como uma das maiores beldades de Londres. 
A condessa possuía uma fascinação que, o conde era obrigado a admitir, devia-se aos seus ancestrais franceses. 
Ela fora meio-francesa já que seu pai, o marquês de Melchester, casara-se com a filha do duque de Chamois. 
O simples fato de pensar na linda esposa, que morrera dois anos antes, trazia lágrimas de tristeza aos olhos do conde. 
Ele se casara pela primeira vez com uma mulher cujos ancestrais se igualavam aos dele. 
Porém, tal união fora arranjada, o que, como sempre acontecia em casos assim, trouxera frustração tanto para a esposa como para o marido. 
Apesar de o conde não admitir, foi um alívio quando, após ter dado à luz a seu único filho e herdeiro, a esposa faleceu. 
Menos de dois anos depois, o conde voltou a contrair núpcias, só que dessa vez por amor. 
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