10 de março de 2013

A Profetisa







No século I D.C Ulrika faz uma longa viagem até Roma para encontrar seu pai e descobrir o significado de suas visões.

Desde muito pequena, Ulrika teve que esconder as estranhas visões que tinha repentinamente e cujo significado desconhecia.
Agora, além disso, sente que o mundo deixou de estar em harmonia.

Quando compartilha suas inquietações com uma profetisa, ela responde com uma perturbadora pergunta: 
«Terá suficiente coragem para responder quando a chamarem?»
Mas essa pergunta só consegue desconcertá-la mais ainda.
Do mesmo modo, tem visões recorrentes de um lobo, cujo significado não entende até que sua mãe conta a ela a verdade sobre seu pai, um grande líder militar germano chamado Wulf, «o Lobo».
Durante um jantar, Ulrika escuta os planos do exército romano para derrotar a rebelião germana que seu pai comanda, assim decide empreender uma longa viagem para avisá-lo dos perigos que se abatem sobre ele.
Mas embora o objetivo principal de Ulrika seja proteger seu pai, em seu caminho cruzarão também a descoberta de seu próprio destino e um homem que a ajudará em sua aventura e do qual se apaixonará para sempre.

Comentário revisora Déia: Eu gostei! Gosto bastante de história antiga e apesar de concordar que o romance não é o forte do livro, me empenhei ao máximo em tentar colocar notas de tradução de termos que nem conhecia, afinal o livro se passa no ano I D.C! Tem referências a expressões que nem imaginava..
Valeu pela aula de história!!rsrsrsrsrs

Capítulo Um 


Roma, ano 54 D.C
Em busca de respostas.
Ulrika, de dezenove anos, despertou essa manhã com a sensação de que algo não estava bem. 
A sensação aumentou enquanto tomava banho e se vestia, enquanto suas servas penteavam seu cabelo, amaravam suas sandálias e serviam o café da manhã de papa de trigo e leite de cabra. 
Já que a inexplicável sensação não diminuía, tinha decidido ir à Rua dos Adivinhos, onde videntes, místicos, astrólogos e pitonisas1 prometiam soluções aos mistérios da vida.  
Enquanto era transportada pelas buliçosas ruas de Roma em um palanquín2 com cortinas, perguntou-se de onde provinha seu mal-estar. 
Nada extraordinário tinha acontecido no dia anterior. Visitou umas amigas, bisbilhotou em livrarias e dedicou um momento ao tear, o típico dia de uma jovem de sua classe e educação. Mas então teve um sonho estranho… 
Logo depois da meia-noite sonhou que se levantou da cama, subiu ao batente da janela e caiu descalça em um chão coberto de neve. 
No sonho estava rodeada de altos pinheiros em lugar das árvores frutíferas que havia detrás da casa; de um bosque em lugar de uma horta, e as nuvens deslizavam sigilosas sobre o rosto de uma lua invernal. Viu passos, rastros de grandes pés que entravam no bosque. 
Consciente da carícia da lua em seus ombros nus seguiu os rastros até encontrar um lobo grande e peludo de olhos amarelos. 
Sentou-se na neve e o lobo se aproximou, deitou-se junto a ela e pôs a cabeça em seu colo. 
A noite estava limpa como os olhos do lobo que a olhavam de seu colo e podia notar o batimento regular de seu potente coração. 
Os olhos amarelos piscavam e pareciam dizer: «A confiança está aqui, o amor está aqui, seu lar está aqui». 
Ulrika despertou desorientada. 
«Por que sonhei com um lobo? – se perguntou –. Meu pai se chamava Wulf. Faleceu faz muitos anos na longínqua Pérsia. » 
O sonho seria um sinal? Mas um sinal do que? 
Seus escravos pararam o palanquín e Ulrika desceu; uma moça alta, embelezada com um vestido de seda longa de cor rosa pálido e uma estola que cobria recatadamente a cabeça e os ombros, ocultando um cabelo loiro avermelhado e um pescoço elegante. Caminhava com uma desenvoltura e um aprumo que escondiam uma crescente inquietação. 
A Rua dos Adivinhos era um beco estreito abraçado pela sombra de abarrotadas casas de vizinhos. 
Pintados de vivas cores e adornadas com objetos que muito brilhavam; as bancas e postos de videntes e profetas, adivinhos e pitonisas eram prometedores. 
O negócio ia de vento em popa para os vendedores de talismãs, amuletos da boa sorte e relíquias mágicas. 
Conforme Ulrika entrava no beco, impaciente para descobrir o significado de seu sonho com o lobo, os marreteiros a chamavam de suas bancas e barracos afirmando serem «caldeus autênticos» que gozavam de canais diretos com o futuro e possuíam o terceiro olho. 
Foi primeiro ao indivíduo das pombas engaioladas cujas vísceras lia por umas poucas moedas. Com as mãos meladas de sangue, o homem assegurou a Ulrika que encontraria um marido antes que finalizasse o ano. 
Em seguida parou no posto do homem que lia a fumaça, que declarou que o incenso augurava a ela cinco filhos sãos.

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