2 de setembro de 2013

A Esposa Perfeita






Uma mulher muito especial...

Quem olhasse para Avelyn não diria que ela estava tão ansiosa, apavorada mesmo.
Esperava impressionar seu noivo no dia do casamento, mas qual seria a reação de Paen quando descobrisse que ela não era a mulher esguia e bem-feita de corpo com a qual ele certamente desejava se casar?
Paen Gerville sonhava com uma mulher voluptuosa e ardente, em cujos braços ele encontrasse refúgio e prazer depois de uma vida solitária dedicada às batalhas.
No princípio, sua noiva não parecia prometer tais delícias, com as roupas discretas que lhe escondiam o corpo, e com a aparente fragilidade e timidez.
Entretanto, ao vê-la de camisola na noite de núpcias, a imagem que Paen tinha de Avelyn mudou da água para o vinho... e ele sorriu, sedutor, antecipando as surpresas que o aguardavam nos braços daquela mulher, que era nada menos do que a esposa perfeita...

Capítulo Um

—Droga, muito estranho...
— Hum? — Lady Christina de Gerville levantou os olhos do prato, visivelmente surpresa ao ouvir essas palavras serem cochichadas. Seu olhar tornou-se suave ao se deter no rapaz sentado entre ela e o marido. Paen de Gerville, seu filho. 
Seus longos cabelos escuros estavam presos à nuca, em um rabo de cavalo. Ele estava bem barbeado e usava uma túnica nova, em um tom verde-escuro, especialmente confeccionada por ela para aquela ocasião. Paen se parecia muito com o próprio pai no dia do casamento, bonito, forte e igualmente um pouquinho irritado.
— O que é estranho, filho?
— Isto. — Paen fez um gesto largo, mostrando as diversas mesas de cavalete montadas, repletas de gente. 
Lorde e lady Straughton e todos os convidados estavam em volta deles, com uma exceção. A pessoa mais importante. 
— Onde está minha noiva? Não é estranho que ela não esteja aqui? E tampouco estava quando chegamos ontem à noite. Alguma coisa está errada...
Lady Gerville trocou um olhar divertido com o marido, Wimarc, que, numa pausa de sua conversação com lorde Straughton, também ouvira o comentário de Paen.
— Não há nada de errado, filho — lorde Wimarc de Gerville assegurou. — Sem dúvida, a noiva está demorando por causa dessas coisas de... embelezamento. É típico das mulheres. Por isso são sempre as últimas a chegar. Não precisa se preocupar.
A frase foi concluída com um tapa que pretendia ser de apoio, mas se Paen não conhecesse esse tipo de gesto afetuoso do pai e não tivesse se agarrado à mesa, teria caído do banco.
Resmungando ao se ajeitar no banco, Paen pegou um pedaço de queijo e deu uma mordida, sem contudo tirar os olhos da escadaria na expectativa de que sua noiva desceria a qualquer momento. 
Ele sabia que o pai estava certo e que estava nervoso de uma maneira fora do comum. 
Agora entendia o porquê. Até então, não tivera qualquer dúvida. 
Estava seguro de que tudo daria certo. Estava simplesmente indo buscar a jovem prometida para torná-la sua mulher.
Embora fosse um acontecimento novo para ele, não era muito diferente do que ir buscar um novo escudeiro, aliás uma outra coisa que também teria de fazer nessa viagem. 
Seu plano era se casar, passar alguns dias em Straughton e, depois, na volta para Gerville, parar para pegar o escudeiro. 
Simples. Não havia grandes elaborações a fazer.Pelo menos era o que havia pensado no caminho para Straughton no dia anterior. 
Naquela manhã, porém, a cabeça de Paen mudara. Subitamente lhe ocorreu que uma esposa talvez fosse diferente de um escudeiro. Afinal, não iria para a cama com ele.
Além disso, não tinha ainda colocado os olhos na futura esposa.
 





  

3 comentários:

  1. adorei este livro!!!!!!!!!!!!!!!!! enfim um livro sobre uma heroina gordinha!!!!!!!!!!!!!!!!

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  2. Não posso ler os livros dessa autora em público jamaissss, não sou nem um pouco discreta e as cenas que ela nos descreve não ajudam. Eu dou cada risada que acordo a vizinhança meu povo. Nesse livro tem corrida ao altar antes do vestido rasgar,a noiva consegue estourar as costuras do vestido na festa do casamento e o marido acha que elogiar a esposa é dar uma maçã um tapinha na buzanfa e dizer muito bem querida ( como faz com o Meia Noite o cavalo dele). Amo essa autora e recomendo a leitura...

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  3. Esse livro é bom demais.Nossa heroína é hilária! A cena da cortina... Meu Deus. Adorei!

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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!