Quando, seis anos antes, a adolescente Rachel Hawthorne quisera se entregar a Lucas Chandler, este a rechaçara e fora embora de Montana.
Não podia aceitar o amor da filha do homem que havia arruinado sua família!
Agora, ao regressar, encontrou Rachel transformada numa belíssima mulher adulta que lhe despertou uma incontrolável paixão...
Se tivesse recebido uma oferta justa pela fazenda que o pai lhe deixara por herança, Rachel já teria ido embora há muito tempo.
Com o reaparecimento de Lucas, porém, todos os sonhos da adolescência voltaram, fazendo-a considerar seriamente a proposta de casamento que ele lhe fez. Mesmo sabendo que o selvagem desejo que Lucas demonstrava por ela era apenas um desejo de vingança!
Território de Montana, agosto de 1886.
Ele precisava voltar a vê-los. A terra e o gado. As duas coisas representavam uma afirmação de quem Lucas Chandler era, do que ele era. No entender dele, eram duas coisas infalivelmente ligadas, a terra e o gado. Tinham sido roubadas da família dele seis anos antes.
Lucas chegou ao cume da colina puxando o cavalo. Os cascos do animal levantavam um pó que atravessava a camisa e a calça, alcançando a pele dele.
A onipresente poeira e uma mosca que insistia em acompanhá-lo tornavam ainda mais sufocante o calor daquele fim de tarde, dificultando a respiração. Lucas empurrou o chapéu para trás e usou a manga da camisa para enxugar o suor da testa.
Daquele privilegiado posto de observação podia ver o planalto que se espraiava, bem como os novilhos cujos ancestrais ele havia ajudado a trazer do Texas até o Território de Montana, aos dez anos de idade, comendo poeira o tempo todo e adorando cada minuto daquela aventura.
A raiva queimava vagarosamente dentro de Lucas. No entanto ele não era do tipo de homem que cedia à raiva, assim como não desprezava as lembranças da infância. Além disso, se cedesse à ira que o consumia, teria que se enraivecer também com o falecido pai, que havia confiado num patife de fala mansa como Johnny Hawthorne.
Lucas voltou os olhos apertados para a bola vermelha de fogo que vagarosamente mergulhava no horizonte. Apesar do calor que subia do chão batido pelo sol, o coração dele estava frio. Ainda o corroia a lembrança do suicídio do pai.
Em que havia pensado o velho naquela noite, enquanto se embebedava sozinho, trancado no escritório? Que uma bala poria fim à dor, à humilhação de ter perdido Rocking C? O que podia sentir um homem que chegasse a uma situação tão angustiante? Lucas tentava entender tanto desespero, mas em vão. Aquilo ia contra tudo em que ele acreditava. Cabia ao próprio homem guiar a mão do destino. Essa crença simples o havia levado até os vinte e oito anos de idade.
Olhando para baixo ele riscou o chão com o bico da bota. Não podia dizer que tinha sido feliz no tempo passado longe do vale. Na verdade, não sabia se tivera disposição para ser feliz.
Apesar de tudo, desempenhara com honestidade a função de xerife na cidade mineira de Gold Gulch. Era um trabalho do qual dependiam os cidadãos e ele se saíra bem. Tinha sido, na mesma medida, justo e implacável.
Lucas ficou contemplando o pôr-do-sol, que tingia de púrpura o céu de Montana. Naquela noite ele dormiria em paz, como sempre. No dia seguinte cavalgaria até Fortitude Springs. Não pensaria na época em que tinha sido o filho do mais rico fazendeiro num raio de setecentos quilômetros. Não pensaria que estava voltando para uma modesta choupana de madeira, em vez da espaçosa casa onde havia morado, na Fazenda Chandler. E não pensaria cm Rachel Hawthorne, a filha de Johnny Hawthorne que havia estudado no Leste.
Voltando a montar, Lucas franziu a testa. Nos últimos seis anos, muitas vezes ele fora dormir lembrando-se do que havia sentido no dia em que a culta Srta. Rachel Hawthorne encostara o corpo macio no dele e propusera casamento.
Lucas esporeou Tusco. Ouvira a proposta de casamento quando o pai de Rachel tinha acabado de expulsá-lo dos oito mil acres de terras onde estavam os melhores pastos de todo o Território. Consequentemente, Lucas não estava com disposição para lidar com os caprichos de uma garota de dezessete anos.
Ele havia precisado encontrar o pai para que tudo ficasse muito claro. E Lucas o havia encontrado, sim. Com os miolos estourados e agarrando um Colt Peacemaker na mão direita. O mesmo Colt Peacemaker que ele agora carregava no coldre.
Enquanto eles desciam a colina, os cascos de Tusco jogavam para os lados pequenas pedras e blocos de terra solidificada. Lucas não se lembrava de ter visto aquela terra tão seca, embora fosse agosto.
Um outro homem teria se divertido com o fato de o inimigo ter enfrentado anos de seca contínua. Lucas Chandler não era desse tipo. A terra e o gado estavam acima das contendas. Era doloroso ver o vale sem a luxuriante beleza de antes, definhando daquele jeito. Não que Circle H estivesse numa situação tão ruim quanto a das fazendas vizinhas.
Felizmente, aquela terra era cortada por vários riachos de curso perene, bem como dispunha de mais de dez fontes naturais.
Tudo levava a crer que Johnny Hawthorne resistiria com o que havia sobrado do verão.
Olá! Meninas, Estou à procura de um certo romance, não consigo lembrar o nome, não tem jeito mesmo.> Lembro apenas que a mocinha aprende a lutar e usar sua espada e é mais habilidosa que seu irmão. Para sua proteção seu pai e o homem de confiança desde o início fingem que ela é um garoto, até o próprio irmão acaba acreditando nisso com o passar dos anos (lembrando que ele era uma criança na época que ela passou a ser um garoto e quando cresceram ele não lembrava muito da infância). Habilidosa como só algumas de nossas mocinhas podem ser, ela derrota o guerreiro que tem certo renome, ela captura-o para vergonha do mesmo... embora ele ache que foi derrotado por um rapazote. Sei que nisso ele acaba sentindo atração pelo belo rapaz, e fica ainda mais furioso se é possível. (RISOS)
ResponderExcluirO livro deve ser 'meu do percado', de Barbara Leigh.
ResponderExcluirO nome do livro é MEL DO PECADO.
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