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12 de maio de 2017

O Ladrão de Noivas

Aos vinte e seis anos, Samantha Briggeham sabia que suas perspectivas de casamento iam desaparecendo lentamente, e ficou satisfeita com isso. 

Não tinha a intenção de se comprometer com um homem que não amasse. Tinha um plano… que não incluía ser raptada por um cavaleiro mascarado. 
A notícia do resgate heróico de Sammie, de um casamento indesejado, a converteu no tema de conversação de toda a elite social e daí em diante não parou de ser assediada por todos os tipos de pretendentes. No entanto, ela não podia esquecer o bandido atraente que a tinha sequestrado por engano. 
Havia nele algo que a intrigava profundamente… Quem era o famoso ladrão, autor de feitos lendários? Eric Landsdowne, o sedutor conde de Wesley, tinha suas próprias razões para ajudar as mulheres a fugir do triste destino de um casamento arranjado e para manter sua identidade secreta. Mas a partir do momento em que ele resgatou Sammie soube que não poderia perde-la uma segunda vez…

Capítulo Um

Kent, 1820
Samantha Briggeham se retirou da janela pela qual entrava na sala a fresca brisa noturna e olhou para seu querido e senil pai.
― Não posso acreditar que me sugira isso, papai. Por que acredita que deveria considerar a possibilidade de me casar com o major Wilshire? Apenas o conheço.
― Bom, é amigo da família há anos ― respondeu Charles Briggeham enquanto cruzava a sala para se reunir com Samantha junto à janela.
― Sim, mas passou a maior parte desses anos no exército ― assinalou ela, se esforçando por conservar o tom calmo e conter um estremecimento.
Não imaginava que alguma mulher pudesse albergar pensamentos românticos a respeito do austero major Wilshire. Céus, aquele homem tinha um cenho que lhe dava a aparência de acabar de morder um limão. Aquela conversa era provavelmente o resultado das maquinações casamenteiras, bem-intencionadas mas inoportunas, de sua mãe.
O pai acariciou o queixo.
― Já tem quase vinte e seis anos, Sammie. É hora de casar.
Sammie lutou contra o impulso de elevar os olhos ao teto. Seu pai era o homem mais carinhoso e doce do mundo, mas apesar de ter uma esposa e quatro filhas era mais burro que uma porta para entender as mulheres, sobretudo a ela.
― Papai, já passei em muito a idade de casar. Estou perfeitamente bem tal como estou.
― Bobagem. Todas as jovens desejam se casar. Foi o que me disse a sua mãe. Aquelas palavras confirmaram suas suspeitas de que sua mãe estava por trás daquilo.
― Nem todas, papai.
O estremecimento que já não podia reprimir mais fez com que ela baixasse os ombros ao pensar em se ver presa com grilhões a algum dos homens que conhecia. Todos eram uns gordos e torpes, e se limitavam a olhá-la fixamente com uma mescla de pena, confusão e, em alguns casos, claro horror, quando ousava falar com eles sobre equações matemáticas ou temas científicos. A maioria a chamava por Sammie A Excêntrica, um nome que ela aceitava filosoficamente, já que sabia que era excêntrica, ao menos aos olhos dos demais.
― Obviamente que todas as jovens desejam se casar ― insistiu seu pai, voltando a atrair sua atenção ao assunto que tinha entre mãos. ― Veja as suas irmãs.
― Já as vi. Todos os dias de minha vida. Amo-as muito mas já sabe que não sou em absoluto como elas. Minhas irmãs são bonitas, doces e femininas, perfeitamente dotadas para ser esposas. Durante os últimos dez anos não fizemos outra coisa que tropeçar com uma grande quantidade de pretendentes. Mas o fato de que Lucille, Hermione e Emily estejam já casadas não significa que eu deva me casar.
― Não deseja ter uma familiar própria, querida?
Um silêncio encheu o ar, e Samantha fez caso omisso da pontada de ânsia que lhe feriu as entranhas. Fazia muito tempo que havia enterrado aquelas fantasias.
― Papai, os dois sabemos que não sou dessas mulheres que atraem os homens para o casamento, nem por meu aspecto nem por meu temperamento. Alem do mais, sou muito velha…






15 de agosto de 2015

Tentado à meia-noite

Sociedade Literária das Damas de Londres

Uma mulher bonita em uma situação desesperadora, vai usar um pequeno truque para garantir o sucesso, e isso não só atrai a atenção do Literary Society of London Ladies, mas do último homem que ela nunca imaginou seria capaz de seduzir.

Emily Stapleford nunca imaginou que a tarefa de salvar sua família da ruína financeira cairia sobre seus adoráveis ombros.
E desde que decidiu se casar só por amor, não por dinheiro, ela tem escrito uma história que espera trazer a cobiçada fortuna que precisa ... Mas tudo o que conseguiu foi a recusa de cada editora a qual enviou seu manuscrito. Afinal, que respeitável leitor que se preze será atraído por uma heroína vampira?
Mas em vez de sentir- se derrotada, Emily elabora um plano e marca uma série de aparições de vampiros para toda a sociedade de Londres. Agora ela tem a publicidade que precisa e o sucesso é garantido ... A menos que o misterioso americano Jennsen Logan perceba seu truque e tenha a intenção de usá-lo em seu próprio benefício. Até que perceba que se apaixonou por ela. Mas Logan também esconde um segredo chocante ... Um que pode colocar suas vidas em perigo.

Capítulo Um

Desejei-o do momento em que o vi.
O aroma de sua pele, de seu sangue, era um delicioso e potente afrodisíaco que me provocava um intenso frenesi de necessidade.
Tentava-me de uma forma inexplicável, e não podia resistir.
Não podia esperar para afundar minhas presas em sua garganta.
O beijo de lady Vampiro, Anônimo
—Vê alguém suspeito?
Logan Jennsen se deteve debaixo de um dos altos olmos que beiravam o caminho de cascalho do Hyde Park e tirou o relógio do bolso do colete; um gesto despreocupado que contrastava com a tensão que gotejava sua voz.
—Suspeito do quê? —perguntou em voz baixa Gideon Mayne, o detetive do Bow Street.
Logan fingiu consultar a hora.
—Ninguém parece me dar a menor atenção, mas tenho a forte sensação de que alguém me vigia.
Notou como Gideon esquadrinhava a zona com um olhar penetrante enquanto fingia, igual a ele, consultar a hora em seu próprio relógio. Graças à ensolarada tarde depois de mais de uma semana do clima deprimente e cinza de janeiro, o parque estava abarrotado de pessoas que passeavam, cavaleiros e carruagens elegantes.
—Pelo seu tom deduzo que esta não é a primeira vez que isso te acontece —disse Gideon, voltando a guardar o relógio no bolso do colete antes de ajoelhar-se para limpar a ponteira de sua bota negra, embora Logan soubesse que o detetive só prestava atenção ao que acontecia a seu redor.
—Não. É a terceira vez em três dias. Por isso pedi que te reunisse comigo aqui. Esperava que pudesse perceber algo estranho.
—Não observo nada fora do normal —disse Gideon levantando-se. —De qualquer forma, será melhor que continuemos caminhando.
Essa era uma das coisas que Logan gostava em Gideon e a razão pela qual tinha pedido ao detetive que o acompanhasse; não perdia o tempo com perguntas desnecessárias tais como« —Está certo disso ? » — nem fazia sugestões como —«Pode ser que tenha imaginado».

Sociedade Literária das Damas de Londres
1 - Despertos à Meia-Noite
2 - Confissões de uma Dama
3 - Sedução à Meia-noite
4 - Tentado à Meia-noite
Série Concluída







Sedução à Meia-noite

Série Sociedade Literária das Damas de Londres
Lady Julianne Bradley sempre ansiou viver uma aventura selvagem. Por desgraça, o homem com quem deseja compartilhar seu ardor jamais poderá ser seu.
Atormentada por seu desejo, prepara-se para um matrimônio apropriado com seu status quando uma série de acontecimentos espectrais, saídos de sua última leitura, começa á suceder-se… e para proteger Julianne, seu pai contrata ao mesmo homem que deseja seu coração.

Capítulo Um

Londres, 1820

Do London Times:
Vocês acreditam em fantasmas? A senhora Marguerite Greeley foi assaltada e assassinada em sua casa na Berkeley Square em um crime idêntico ao de lady Ratherstone semana passada. O mordomo da senhora Greeley, declarou ter ouvido estranhos gemidos, oriundo das habitações privadas, onde a dama guardava suas joias. Ao entrar na sala, o mordomo descobriu o corpo sem vida de sua ama e percebeu que suas joias haviam desaparecido, mas conforme informou, todas as janelas e portas estavam fechadas por dentro. Fatos que se assemelham ao acontecido na casa de lady Ratherstone, por isso resultam evidencias que a senhora Greeley é a última vítima do inteligente, diabólico, e aparentemente invisível e escorregadio criminoso do Mayfair. Neste momento, todo Londres se faz duas perguntas: Poderia ser realmente o ladrão um fantasma? Quem será a próxima vítima?
Depois de assegurar-se de que ninguém a olhava, lady Julianne Bradley, escapuliu do abarrotado salão de baile e percorreu o longo corredor iluminado com velas. Embora seu coração pulsasse de antecipação, esforçou-se a manter um passo tranquilo. De maneira nenhuma queria chamar a atenção sobre sua pessoa.
A música e a risada, o zumbido das conversações, e o tinido das taças se desvaneceram ao afastar-se do elegante salão onde transcorria a festa de lorde e lady Daltry. Dobrou a esquina e começou a contar as habitações… Uma... Duas… Diminuiu o passo ao aproximar-se da terceira porta.
De repente, teve a estranha sensação de estar sendo observada. Um acalorado rubor, que sempre coloria sua pele pálida de um vermelho delator cada vez que experimentava qualquer tipo de nervosismo, subiu-lhe pelo pescoço e lhe acendeu o rosto.
Deu a volta, examinando a zona, mas não viu ninguém. Estava sozinha.
Continuava com a imaginação tão ativa como sempre.
Esperando não parecer tão furtiva quanto se sentia, dirigiu um último olhar a seu redor e abriu a terceira porta. Entrou com rapidez na estadia, fechando a porta atrás de si.
—Já era hora de que chegasse.
Ouviu a voz a seu lado, e Julianne apenas pôde conter o grito de surpresa que lhe veio aos lábios. Apoiando-se contra a folha de carvalho, observou a escura biblioteca, iluminada pelo tênue resplendor do fogo que ardia na chaminé. Três pares de olhos a escrutinaram.
—Começávamos a pensar que não viria. — disse lady Emily Stapleford, afastando impacientemente Julianne da porta — Com sorte, disporemos de uns poucos minutos, antes que alguém note nossa ausência na festa. Que demônios atrasaram-lhe?

Série Sociedade Literária das Damas de Londres
1 - Despertos à Meia-Noite
2 - Confissões de uma Dama
3 - Sedução à Meia-noite
4 - Tentado à Meia-noite
Série Concluída

Confissões de uma Dama

Série Sociedade Literária das Damas de Londres

Carolyn Turner, viscondessa Wingate, está completamente escandalizada pela última seleção levada a cabo pela sociedade literária de Londres. Memórias de uma amante é escandalosamente explícito e absolutamente perverso... e despertava nela sentimentos que nunca soube que possuísse. Está convencida de que esta erótica leitura é o único motivo pelo qual está sucumbindo aos encantos do célebre libertino Daniel Sutton, lorde Surbrooke.
É totalmente impossível que esteja apaixonada por suas ilícitas carícias... ou não?
A última coisa que Daniel desejava era pronunciar os votos matrimoniais. Desejava com anseio a Carolyn, certo, mas nunca imaginou que uma vez que a arrastasse a sua cama jamais queria deixá-la partir.
Mas só quando um assassino converte a sua amada em seu objetivo, Daniel se vê incitado a confessar seu amor... e a reclamar a Carolyn como sua mulher.

Capítulo Um

— Quando escolhemos este livro, não fazíamos ideia de que fosse tão... explícito- murmurou Carolyn Turner, viscondessa de Wingate.
Sentada no salão de sua casa, apertou com suas mãos o exemplar fino, encadernado em couro e muito lido de Memórias de uma amante e contemplou a suas três convidadas, que formava com ela a Sociedade Literária de Damas de Londres. Percebeu que um rubor escarlate idêntico ao dela coloria as faces de suas amigas, o que era compreensível, pois uma delas fazia pouco que se casou, e as outras duas eram inocentes e virginais. Bom, virginais sim, mas inocentes não mais... graças às Memórias.
Claro que ela, apesar de ter estado casada durante vários anos, nunca sonhou, e muito menos experimentou, a metade das coisas descritas no escandaloso livro que, recentemente, cativou à Sociedade Londrina. Antes da prematura morte de seu amado Edward, três anos atrás, Carolyn acreditava que compartilhara com ele todo o prazer imaginável. A julgar pelo que leu nas Memórias, não era exatamente assim.
Sarah, sua irmã, marquesa de Langston graças a seu recente matrimônio, pigarreou.
— Bom, a razão primitiva de que criássemos nossa pequena Sociedade Literária de Damas era deixar de lado os clássicos a favor de leituras consideradas proibidas.
— Assim é — confirmou lady Julianne Bradley, cuja cútis, que normalmente era de porcelana, parecia agora um aceso pôr do sol — mas uma coisa é o proibido, e outra, isto.
Sustentou alto seu exemplar da obra e Carolyn se fixou em que muitas de suas páginas se viam decididamente manuseadas. Julianne se inclinou para diante e, embora estivessem sozinhas na sala, baixou a voz.
— Se minha mãe, alguma vez, descobrisse que tenho lido coisas tão chocantes, ela... — Fechou com força as pálpebras durante uns instantes. — Uf, nem sequer posso imaginá-lo.
— Ficaria furiosa, como faz sempre — interveio lady Emily Stapleford com sua franqueza habitual. — Pediria os sais e, quando se tivesse acalmado, aposto que te confiscaria o livro para lê-lo ela.
— Emily sorriu com ironia a Julianne por cima da borda de sua xícara de chá. — Em cujo caso, você não só te veria confinada a seu quarto pelo resto de seus dias, mas também nunca recuperaria seu livro, assim te assegure de que não o descubra.
Julianne ruborizou ainda mais e acrescentou, com nervosismo, outro torrão de açúcar a seu chá.

Sociedade Literária das Damas de Londres
1 - Despertos à Meia-Noite
2 - Confissões de uma Dama
3 - Sedução à Meia-noite
4 - Tentado à Meia-noite
Série Concluída

Despertos à Meia-noite

Série Sociedade Literária das Damas de Londres

Em Mayfair estalaria um escândalo se descobrissem que a Sociedade Literária de Damas Londrinas decidiu trocar os livros de Jane Austen - muito aborrecidos para seu gosto - por algo mais provocador... algo como Frankenstain.
Depois de um debate em uma reunião campestre, Sarah Moorehouse e suas amigas decidem criar o Homem Perfeito - em sentido figurado, é óbvio. A cada uma delas foi atribuída uma tarefa, e a Sarah corresponde "tomar emprestada" a camisa do anfitrião, o arrumado Matthew Davenport, marquês de Langston. Mas, quando uma noite descobre o marquês no jardim com uma pá, sua imaginação viaja e os mal-entendidos acontecem um após o outro. Movida pela curiosidade, a aventureira moça penetra em seu quarto... e é encontrada com as mãos na massa por este muito bonito aristocrata totalmente nu. De repente, Sarah e Matthew se vêem envoltos em uma luta para descobrir os segredos um do outro.

Capítulo Um

Um calafrio de inquietação desceu pelas costas de Matthew Davenport, que deixou de cavar para jogar uma olhada ao cemitério em penumbra. Com todos os sentidos alerta, aguçou o ouvido para ouvir unicamente o chiado dos grilos e o agitar das folhas pela brisa fresca cujo inconfundível perfume que pressagiava chuva.
As nuvens cobriram a lua, envolvendo-a em sombras, algo que era muito favorável para seus propósitos, mas que ao mesmo tempo o impedia de ver qualquer um que se aproximasse, o que não apaziguava o inquietante martelar de seu coração.
Voltou a jogar uma olhada a seu redor, logo se obrigou a relaxar. Maldição! Por que esse repentino nervosismo? As coisas não estavam saindo mal. Entretanto, não podia evitar a estranha sensação que o tinha invadido desde que a meia-noite tinha saído da casa..., a sensação de que alguém o seguia. O observava.
Uma coruja piou, e seu pulso disparou; apertou os lábios para impedir que o ambiente sombrio o assustasse. Levava meses realizando essas secretas saídas noturnas e estava acostumado aos sons estranhos provenientes do bosque em sombras. Com calma, inclinou-se e rodeou com os dedos o frio punho metálico da faca que levava na bota. Não tinha pensado usar a arma, mas o faria se fosse obrigado. Não tinha chegado tão longe nem dedicado tanto tempo à busca, para permitir que alguém a ameaçasse.
Busca? A palavra em si parecia uma brincadeira, e tragou o amargo som que ameaçava sair de sua boca enquanto cravava a pá na dura terra. Era muito mais que isso. Durante todo o ano anterior, essas malditas aventuras noturnas se converteram em algo mais que uma busca. Era uma obsessão que o despojava do sonho, de sua tranquilidade de espírito. Logo... logo saberia. De uma maneira ou de outra.
Levantando uma pesada pazada de terra, jogou-a de lado enquanto seus cansados músculos protestavam pelo esforço. Quantas fossas mais poderia cavar? Quantas noites mais poderia resistir sem dormir? Inclusive durante o dia, quando tinha que abandonar a busca por temor a ser descoberto, essa tarefa seguia obcecando-o. Agora ficava menos de um mês para cumprir sua promessa. E tanto sua honra como sua integridade requeriam que a cumprisse. Tinha comprometido ambas as coisas e, como consequência de sua insensatez, negava-se a cometer outro engano. 

Série Sociedade Literária das Damas de Londres
1 - Despertos à Meia-Noite
2 - Confissões de uma Dama
3 - Sedução à Meia-noite
4 - Tentado à Meia-noite
Série Concluída

25 de junho de 2010

Só Você



Quando crianças, eles formaram uma amizade improvável,
amigos que riram juntos, compartilharam esperanças, desilusões e os seus pensamentos mais profundos.

Uma amizade de infância única, forjada na solidão e interesses comuns.
Em sua juventude, Ethan Baxter era completamente obcecado pela "sua" Cassie, mas não tinha nada para lhe oferecer...
Exceto... seu amor, seu coração, sua alma.
Foi tudo tão injusto, pois ela nunca, nunca seria dele, esses eram os duros fatos da vida!
O menino que cuidava dos estábulos e a filha do visconde claramente não poderiam se misturar.Durante os últimos dez anos, a vida de casada de Cassandra Heywood foi cheia de solidão e um vazio amargo.
Agora, como uma jovem viúva, ela percebe que Ethan Baxter poderia dar a ela tudo que precisava... paixão, risos e afeto.

Comentário da Revisora Ana Carol: Livro curtinho de uma historia de amor ingênuo, mas inesquecível. Com uma cena sensual no final, mas vale a pena pra quem quer se inspirar no amor verdadeiro.

Capítulo Um

— Pare a carruagem! — exigiu Cassandra Heywood, condessa de Westmore, golpeando o teto com o punho para atrair a atenção do condutor.
— O que foi milady? — perguntou Sophie, com seu bonito rosto fechado pela preocupação — Está pálida, está indisposta?
O carro parou e ouviu o senhor Watley, o chofer, descer da boleia.
— Estou... — Aterrorizada. Insegura. Deus santo, estou cometendo um terrível engano? —... Um pouco perturbada — Reprimiu um gemido ante uma expressão tão comedida.
O senhor Watley abriu a porta, fazendo uma rajada de ar fresco que cheirava a maresia entrar no quente interior.
— Há algum problema?
— Lady Westmore não se encontra muito bem — disse Sophie — Falta muito para chegar?
— A estalagem Blue Seas está a menos de dois quilômetros — informou o senhor Watley.
Menos de dois quilômetros. Os dedos enluvados de Cassandra se fecharam com força sobre a capa negra que vestia pelo luto.
— Possivelmente não deveríamos nos deter na estalagem — disse o senhor Watley com o cenho franzido em sua cara curtida pela vida.
Precisamente, as mesmas palavras que não deixavam de lhe dar voltas na cabeça desde que essa mesma manhã tinha subido no carro para a última etapa da cansativa viagem de três semanas a Cornwall.
— Gateshead Manor está só a duas horas de distancia — continuou ele — Sei que pensava passar a noite no Blue Seas, mas se passa mal, talvez seja melhor seguir até chegar a casa.
Não era a enfermidade o que fazia que tivesse um nó no estômago, mas não podia negar que talvez o melhor fosse seguir. Covarde, burlou-se uma voz em seu interior. Em efeito, era. Mas não queria ser. Não mais. Embora velhos hábitos fossem muito difíceis de mudar.
— Acredito que... O que preciso é um pouco de ar — murmurou ela. Aceitou a enorme e calosa mão do senhor Watley e saiu do carro.
A cálida e brilhante luz do sol e o ar fresco a reconfortaram e se esticou.
Doíam-lhe os músculos e a cabeça palpitava pelos intermináveis buracos do caminho, que as faziam saltar nos assentos de couro, e o monótono estalo continuo das rodas.
Afastou-se vários metros, olhando por cima das sebes que rodeavam o estreito caminho de terra e respirou profundamente, encantada com a vista.
A assombrosa luminosidade da baía do St. Ives a deu boas-vindas.
Uma extensão azul se fundia no horizonte com o brilhante índigo do Atlântico. As gaivotas desciam sobrevoando as dunas de areia, e passavam quase roçando as ondas de espumas brancas.
Os raios dourados do sol das primeiras horas da tarde brilhavam sobre os navios que se balançavam perto da orla esperando que os homens tirassem as redes cheias de sardinhas e lagostas.
Cassandra respirou lenta e profundamente fechando os olhos durante uns instantes, desfrutando o aroma de sal que perfumava a brisa de verão. A nostalgia lhe fez um nó na garganta, e pela primeira vez em dez longos anos, a profunda saudade que sentia por sua amada Cornwall se suavizou um pouco.
Gateshead Manor em Land’s End, a casa de sua infância que não tinha visto durante uma década, estava só a duas horas de distancia.
Um lugar a que ansiava e temia voltar.
Um lugar cheio de lembranças, onde passou alguns de seus dias mais felizes, e alguns dos mais infelizes.
O lugar no que se veria obrigada a fazer frente a um futuro incerto.

17 de junho de 2010

Um Casamento Imprevisto

Série Whirlwind 
Austin Randolph Jamison, brilhante duque de Bradford,passeia por sua grande e jardinada propriedade com o olhar cansado enquanto, dentro da mansão familiar, os convidados desfrutam de uma animada festa. 
Não parece existir uma comemoração capaz de lhe devolver a honra de seu irmão William: um herói abatido na guerra de Waterloo a quem um vergonhoso anônimo aponta como traidor.
Quando a advinha Elizabeth Matthews, uma norte-americana recém desembarcada na Londres de 1816, aparece nos jardins de sua opulenta residência, Austin logo suspeita que os lábios escarlate dessa mulher contêm a resposta a todos os segredos que a moral da época pretende dissimular.
Elizabeth e William empreenderão o ardente caminho de seus lábios, perturbados pelas visões que convulsionam o frágil corpo dela cada vez que acaricia uma mão entre as suas.
Elizabeth nasceu com o dom de ver o futuro e antes que Austin a despreze como bruxa, suas predições semearão incógnitas e mistérios no doce caminho do casal em busca da honra.
Então, Elizabeth terá renunciado ao amor de seu príncipe, convencida de que depois do casamento o destino só existe para lhe proporcionar um filho morto. Só o jugo ardente do desejo poderá desafiar o fatalismo das premonições.

Capítulo Um

Inglaterra, 1816
Austin Randolph Jamison, nono duque do Bradford, observava seus convidados de um canto sombrio. Os casais davam voltas sobre a pista de dança: um arco-íris de mulheres que luziam jóias e trajes caros acompanhadas por cavalheiros impecavelmente vestidos.
Centenas de velas de cera de abelha cintilavam nos lustres, envolvendo com um brilho quente o salão onde se celebrava a festa. Mais de duzentos membros da alta sociedade se reuniram naquela casa, e teria bastado a Austin estender o braço para tocar a uma dúzia de pessoas.
Mas nunca havia se sentido tão sozinho.
Saiu da sombra, agarrou uma taça de brandy da bandeja de prata de um criado que passava por ali e a levou aos lábios.
—Ah, por fim o encontro, Bradford. Estive buscando-o por toda parte.
Austin ficou paralisado, reprimindo uma imprecação. Não sabia com certeza quem lhe tinha falado, mas não importava.
Sabia, no entanto, o motivo pelo qual a pessoa que se encontrava atrás dele o estava procurando, por isso o nó em seu estômago. Não tinha escapatória, assim que bebeu a metade de seu brandy de um gole, preparou-se mentalmente e se voltou.
Lorde Digby se encontrava ante ele.
—Acabo de visitar a galeria, Bradford - disse Digby — O novo retrato de William com seu uniforme militar é magnífico. Parece-me uma comemoração muito adequada — O redondo rosto adotou uma expressão carrancuda enquanto sacudia a cabeça — Que espantosa tragédia, morrer em sua última missão.
Austin se obrigou a fazer um cortês gesto de assentimento.
—Estou de acordo.
—Mesmo assim, é uma honra morrer como um herói de guerra.
Austin notou uma pressão crescente no peito. Herói de guerra.
Deus fosse verdade. Entretanto, a carta que guardava trancada na gaveta de seu escritório tinha confirmado suas suspeitas de que não o era.
De repente lhe veio à mente uma fugaz imagem de William, essa última imagem diliradora que nada poderia apagar.
Um sentimento de culpa e arrependimento se apoderou dele, e seus dedos apertaram com força a taça de brandy.
Ar. Necessitava desesperadamente respirar ar fresco para clarear seus pensamentos. Depois de dar uma desculpa, encaminhou-se para as portas envidraçadas.
Caroline, sua irmã, sorriu ao vê-lo, fazendo-o devolver-lhe um sorriso forçado. Embora as reuniões sociais o aterrorizassem, agradava-lhe ver Caroline tão contente. Fazia muito tempo que essa faísca de alegria despreocupada não lhe iluminava o formoso rosto, e se para fazê-la feliz ele tinha que desempenhar o papel de anfitrião nesse maldito baile, isso era precisamente o que faria.


Série Whirlwind
1 - Um Casamento Imprevisto
Série Concluída

Um Romance Imprevisto

Série Whirlwind

Ao ficar viúva como conseqüência de um escandaloso duelo,
Alberta Brown foi deixada desamparada e na posse de objetos adquiridos desonestamente. 
Decidida a reparar os erros de seu inescrupuloso marido, ela embarca para a Inglaterra para localizar o dono de um anel masculino adornado com um misterioso selo.Uma série de estranhos episódios a bordo a convence de que se encontra envolvida num jogo perigoso.
Entretanto, nada será mais perigoso e tentador que o atraente desconhecido que a espera no cais.
Lorde Robert Jamison desejava contrair matrimônio com uma mulher que despertasse nele algo especial, mas nunca imaginou encontrá-la nessa americana de beleza peculiar e espírito independente que lhe tinham pedido para escoltar de volta para uma esplêndida mansão no campo inglês.
Allie, por sua parte, jurou a si mesma não voltar a casar-se...

Capítulo Um

Alberta Brown se agarrou com força ao corrimão de madeira do Seaward Lady enquanto um calafrio lhe percorria as costas.
Com a esperança de aparentar uma calma que não sentia, jogou uma rápida olhada a seu redor.
Os homens da tripulação gritavam uns com os outros e riam enquanto davam grandes piruetas e recolhiam as velas, preparando-se para a iminente chegada a Londres.
O ar, carregado com o penetrante aroma do mar, arrastava do buliçoso porto o som de vozes, convertidas em um murmúrio indecifrável.
Os passageiros se reuniram em grupos junto ao corrimão, conversado nervosamente, sorrindo ou saudando com a mão alguém no cais.
Todos pareciam perfeitamente tranqüilos e desejosos de pisar em terra depois dos três meses que tinha durado a viagem da América. Ninguém a estava olhando.
Mesmo assim, não podia livrar-se de uma estranha sensação de ameaça.
O peso de um olhar a cobria como um sudário.
O coração lhe golpeava o peito com lentas e pesadas pulsações.
Obrigou-se a respirar fundo para acalmar-se e a devolver sua atenção à próxima ponte.
“Estou totalmente a salvo. Ninguém quer me fazer nada de mal.” Rogou a Deus que estivesse certa.
Mas não conseguia desfazer-se da desagradável sensação de que não estava. Baixou o olhar para a espuma que golpeava o casco enquanto o navio cortava brandamente as ondas, e o estômago lhe deu voltas.
Deus, não faziam nem três horas que tinha caído nessas águas azuis...
Fechou os olhos com força, estremecendo-se.
Recordou a impressão ao sentir que a empurravam por trás, a queda... eterna, dando tapas desesperados ao ar, enquanto gritos de pânico lhe surgiam da garganta e se sossegavam de repente quando a água gelada se fechou sobre ela.
Estaria eternamente agradecida ao trio de cães que, com seus latidos, alertaram a um atento marinheiro do acidente.
Mesmo assim, apesar da rápida reação do homem e de suas próprias habilidades de nadadora, Allie tinha estado a ponto de afogar-se.
O acidente. Sim, assim o chamava todo mundo.
Um cabrestante mau segurado se soltou e lhe tinha golpeado entre os ombros, empurrando-a por cima da amurada.
O capitão Whitstead tinha repreendido toda a tripulação.
Mas tinha sido realmente um acidente? Ou alguém tinha soltado intencionalmente o cabrestante e o tinha empurrado sobre ela?


Série Whirlwind
1 - Um Casamento Imprevisto
2 - Um Romance Imprevisto
Série Concluída

23 de abril de 2010

Maldição de Amor

Série Regência Histórica
Philip Whitmore, Visconde de Greybourne,
sobreviveu a tempestades de areia,
desenterrou tesouros ocultos de antigas civilizações e venceu a múltiplos e perigosos ladrões de tumbas. 


Mas uma estranha maldição pesa sobre ele: não é capaz de encontrar a uma mulher que queira casar-se com ele.
É como se todo seu encanto, seu título e sua fortuna desaparecessem ante o altar. 

Depois do último fiasco, Philip recorre à formosa Meredith Chilton-Grizedale para lhe encarregar da difícil tarefa de encontrar a esposa perfeita.
Mas do momento em que conhece o misterioso visconde, Meredith se apaixona perdidamente por ele e, apesar da maldição e o risco de sua vida, decidirá dar rédea solta a uma paixão que poderia conduzir à loucura...
Será o amor capaz de vencer a uma estranha maldição?

Capitulo Um

Meredith Chilton-Grizedale franziu os lábios e acariciou a nuca enquanto dava voltas lentamente ao redor de lady Sarah Markham, quem estava de pé sobre a plataforma de seu provador. Meredith observou com atenção a esbelta figura embutida no elegante vestido de noiva de cor azul pálida, tomando nota de cada detalhe, da nua linha reta da nuca até os elaborados franzidos dos babados. Um sorriso de satisfação começou a esboçar-se em seus lábios, mas o reteve com firmeza. Não podia ser muito efusiva quando se estava negociando com madame Renée, a costureira mais exclusiva de Oxford Street. Por cada serviço que recebia, via-se claramente impelida a aumentar seus já exagerados preços.
—Está muito formosa lady Sarah - disse Meredith. Lorde Greybourne ficará encantado assim que a veja.
Um suave bater de asas de algo que se parecia suspeito à inveja estremeceu Meredith, surpreendendo-a e irritando-a.
Afastou esse sentimento a um lado, como se fosse um inseto que a incomodasse, e olhou à formosa jovem que estava de pé frente a ela. O orgulho substituiu imediatamente a pontada de inveja.
A verdade era que havia levado ao final os preparativos em nome de lorde Greybourne de uma maneira brilhante.
Lady Sarah era um diamante de primeira qualidade. Doce, inocente, responsável, com um temperamento amável, uma conversação alegre e uma voz de cantora que podia rivalizar com os anjos, e um formidável talento para o piano.
As negociações que Meredith tinha levado a cabo entre o pai de lady Sarah, o duque do Hedington, e lorde Greybourne, o conde do Ravensly, tinham sido difíceis e complicadas, inclusive para uma casamenteira de sua experiência.
Apesar do escândalo provocado pelo fato de que, três anos atrás, Lorde Greybourne não houvesse retornado a Inglaterra, abandonando suas viagens pelas agrestes paisagens de países exóticos — para fazer as honras ao casamento disposto por seu pai em seu nome.
Unido ao feito de que incompreensivelmente tivesse decidido afastar-se das comodidades da alta sociedade para viver em condições «incivilizadas» —onde abundavam os costumes bárbaros— para estudar restos antigos, o título e as relações familiares de lorde Greybourne lhe tinham salvado de converter-se em um solteirão sem esperanças.
Mesmo assim, tinham sido necessária grande quantidade de tempo, adulações e diplomacia por parte de Meredith para convencer ao duque de que lorde Greybourne era o par perfeito para lady Sarah.
Um trabalho que se fazia muito mais difícil se considerava as hordas de jovens pretendentes com título, não manchados por nenhum escândalo, que revoavam ao redor de lady Sarah.


Série Regência Histórica
1 - Maldição de Amor
2 - Um Amor Escondido
3 - Quase um Cavalheiro
4 - Um Romance Impossível
Série Concluída

Um Amor Escondido

Série Regência Histórica
Para escandalizar à rigorosa, 
dissimulada e puritana sociedade em que vive,
Catherine Ashfield, viscondessa Bickley,
acaba de ajudar uma amiga na publicação de um manual para as damas que perverte todas as normas do decoro.
Nunca pensou que esta diversão fosse prejudicá-la, obrigando-a abandonar Londres em companhia de um atraente protetor.

Seu guardião é Andrew Stanton, o melhor amigo de seu irmão, um plebeu.
Mas sem saber, ele está obrigando à formosa e independente Catherine, que renega ao amor, a reconsiderar sua posição.
Assim os segredos, paixões e um amor escondido estão convertendo o homem que prometeu proteger à viscondessa, no mais doce dos perigos...

Capítulo Um

A mulher moderna atual deveria lutar pela iluminação pessoal, a independência e a franqueza. O lugar próprio para dar começo a esta luta pela igualdade é a cama...
—Um escândalo, isso é o que é – ouviu-se o ultrajado sussurro de uma voz masculina— Minha esposa apareceu não sei como, com um exemplar desse maldito Guia feminino.
—Como sabe? —ouviu-se dizer outro resmungo masculino.
—É mais que óbvio. A julgar por sua forma de agir. Não faz mais que vomitar estupidez sobre a mulher moderna atual e sobre a independência como um bule fervendo. Ontem mesmo entrou no meu quarto e me perguntou sobre meus resultados no jogo e sobre a quantidade de tempo que passo no White's!
Seguiram agudas inspirações.
—Mas que ultraje - sussurrou o outro irritado.
—Precisamente o que eu disse.
—O que fez?
—Naturalmente, mandei que ela saísse do quarto, chamei uma carruagem e a enviei ao Asprey's para que comprasse uma roupa nova para se distrair.
—Excelente. Devo entender que sua estratégia surtiu efeito?
—Infelizmente não como eu teria desejado.
Ontem à noite a encontrei me esperando no quarto. Deu-me um bom susto, te garanto. Sobre tudo porque havia acabado de me despedir da minha amante e estava muito esgotado.
Maldita seja uma esposa não deve dizer tais barbaridades nem se tornar tão exigente.
—Minha esposa fez exatamente o mesmo na semana passada – ouviu-se um terceiro sussurro ofendido— Entrou no meu quarto com todo o descaramento que possam imaginar, empurrou-me contra o colchão e logo...
bom, o único modo em que me atrevo a descrevê-lo é dizer que saltou sobre mim. Deixou meus pulmões sem uma gota de ar e esteve a ponto de me esmagar.
Ali permaneci imóvel debaixo dela em estado de choque, lutando para recuperar o fôlego, e ainda por cima ela me diz com o mais impaciente dos tons: “Move um pouco o traseiro”.
Conseguem imaginar atos e palavras mais indignos? E, então, justo quando acreditei que não podia me causar maior espanto, exigiu saber por que eu nunca...
A voz se apagou ainda mais e lady Catherine Ashfield, viscondessa de Bickley, inclinou-se mais sobre o biombo oriental que ocultava sua presença dos homens que falavam do outro lado.


Série Regência Histórica
1 - Maldição de Amor
2 - Um Amor Escondido
3 - Quase um Cavalheiro
4 - Um Romance Impossível
Série Concluída

Quase um Cavalheiro

Série Regência Histórica
Por insistência de seu pai, 
Lady Vitória Wexhall se vê forçada a viajar de Londres ao imóvel rural do visconde Sutton, na Cornualha, onde não se interessa tanto pelo nobre como por seu irmão menor, o Dr. Nathan Oliver, um antigo espião.
O destino tornou a unir Vitória com o primeiro homem a quem beijou, faz três anos, antes de que se apagasse do mapa depois do fim turvo de uma de suas missões.
Mas o reencontro na Cornualha não está livre de dificuldades.
Nathan deve recuperar umas jóias roubadas, para o que Vitória resulta ser uma pista involuntária.
Esporeada pela busca das jóias e do misterioso ladrão, e por causa de uma atração intelectual e física, a relação entre Vitória e Nathan avança a chamas por uma novela onde abundam os pretendentes de linhagem, os diálogos faiscantes e a sensualidade de toda uma época.

Nota da Revisora Roberta: Gostei muito do livro e adorei fazê-lo.

Prólogo

Cornwall, 1817
Nathan Oliver protegeu contra seu peito a valise de couro gasto cheio de jóias roubadas e se recostou contra a áspera casca do imenso olmo em na tentativa de recuperar o fôlego.
Uma bota de cano longo em toda regra... Já quase cheguei.
Já quase o obtive, pensou. Só tinha que cruzar o claro iluminado pela luz da lua, entregar o bota de cano longo ao homem que esperava do outro lado do bosque e tudo teria terminado.
Por fim desfrutaria de segurança econômica durante o resto de seus dias.
Inspirou lenta e profundamente, até que o ar chegou ao fundo de seus ardentes pulmões, acalmando assim seu pulso acelerado.
O coração lhe retumbava no peito, e não lhe custou perceber seus batimentos do coração nos ouvidos e na boca do estômago.
Apesar de que todas eram reações já conhecidas, experimentadas durante as dúzias de vezes que tinha agido assim anteriormente, nesta ocasião as sensações foram mais acusadas... por motivos que Nathan não duvidou em deixar sem piedade a um lado.
Maldição, sua consciência escolhia sem dúvida o momento menos conveniente para lhe censurar. Mesmo assim, e apesar de todos seus esforços por impedir sua intrusão, as dúvidas e a culpa que lhe tinham acusado desde que tinha aceitado levar ao final
este encargo em particular, sua consciência continuava lhe perseguindo.
Esquece-o. Assunto encerrado. Te limite a terminar com isto, disse-se.
Com maior cautela, jogou uma olhada atrás da árvore, com todos os sentidos alerta.
A lua se ocultou depois de uma nuvem, lhe sumindo na escuridão.
Uma brisa fresca, prenhe de aromas marinhos, sacudiu as folhas, mesclando-se com o canto noturno dos grilos e com o de uma coruja próxima.
Embora tudo parecesse em calma, Nathan notou que lhe fechava o estômago, alerta; um instinto que muito bom serviço lhe tinha feito no passado.
Ficou totalmente quieto durante dois minutos mais, esquadrinhando, aguçando o ouvido, mas não detectou nada estranho.
Colocou-se o vulto sob o braço, assegurando-o melhor contra o corpo, inspirou fundo uma vez mais e pôs-se a correr.
Quando quase tinha alcançado já o amparo do bosque do outro lado, ouviu-se um disparo. Nathan se jogou ao chão, dando um doloroso golpe no flanco. ouviu-se um segundo disparo de pistola em rápida sucessão, seguido por um surpreso grito de dor.
- Cuidado! - exclamou alguém.
Gelou-lhe o sangue nas veias. Demônios tinha reconhecido essa voz.
Levantou-se, apoiando-se nas mãos, e correu para o lugar de onde lhe pareceu que procedia o grito.
Depois de uma curva do atalho, viu no chão uma figura masculina.
Com toda sua atenção posta no homem derrubado, não ouviu o ruído a suas costas até que foi muito tarde, antes de poder reagir, viu-se empurrado e a mercê de um golpe que impactou diretamente entre suas omoplatas e lhe fez perder o equilíbrio.
A valise que continha as jóias saiu disparada de suas mãos, mas outra mão, embainhada em uma luva negra, a pegou.
Logo a escura figura se desvaneceu na escuridão, agarrando firmemente o que segundos antes tinha pertencido a Nathan.
Sem apenas denúncia, esporeado pelas afiadas garras do medo, levantou-se e correu até o homem que jazia no chão.
Caiu de joelhos junto a ele e olhou os olhos consumidos pela dor de seu melhor amigo.
- Maldito seja, Gordon, que demônios está fazendo aqui?


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1 - Maldição de Amor
2 - Um Amor Escondido
3 - Quase um Cavalheiro
4 - Um Romance Impossível
Série Concluída

Um Romance Impossível

Série Regência Histórica

Colin Oliver, o visconde Sutton, deixa sua amada casa rural para procurar uma esposa em Londres.

Sem dúvida alguém bastante diferente de Madame Alexandra Larchmont: ela não está entre os da nobreza , mas é bela como poucas, e também é uma cartomante que se dedica a jogar cartas nos salões da alta sociedade.
Entretanto, Colin tem boas razões para não tirar o olhar de cima dela...
Durante anos, as cartas preveniram Alexandra contra o desconhecido de cabelos escuros, que causará estragos na sua vida, na noite em que o conheceu o seu primeiro pensamento foi fugir.
Por desgraça, também acerta ao ouvir a trama de um assassinato e, a única pessoa a quem pode recorrer é ao homem, que sabe que deveria afastar-se, um homem que a observa com um olhar francamente ávido.
O que acontece quando um olhar apaixonado começa a brilhar no rosto de um homem perigoso?

Capítulo Um

A festa anual de lorde e lady Malloran, promete ser este ano mais emocionante que nunca, já que contrataram para entretenimento os serviços da misteriosa e solicitada cartomante, madame Larchmont.
Dado que as previsões da madame são estranhamente precisas, sua presença em qualquer festa garante o êxito da mesma.
Também estará presente o visconde Sutton, um bom partido, que acaba de retornar a Londres, depois de uma prolongada estadia em sua propriedade na Cornualha e quem, segundo rumores, procura por uma esposa.
Não seria delicioso que madame Larchmont dissesse com quem, profetizam as cartas que vai casar-se?
Da Página da Sociedade do London Times.
Alexandra Larchmont cravou em lady Miranda um olhar intenso que contribuía para dar maior credibilidade às suas previsões.
Dado que lady Miranda era a segunda prima da anfitriã de Alex, lady Malloran, queria assegurar-se de que a jovem ficasse contente com a leitura de suas cartas.
—Embora adivinho pelas cartas e sua aura que sofreu no passado, seu presente está cheio de grandes promessas, festas, jóias e fabulosos vestidos.
Os olhos de lady Miranda brilharam de alegria.
—Excelente. E meu futuro? —sussurrou, inclinando-se para Alex.
A moça estava a ponto de baixar o olhar para consultar as cartas, quando a apinhada multidão de convidados da festa, se separou um pouco e sua atenção se viu atraída, pela visão de um homem alto e moreno.
O pânico percorreu suas terminações nervosas, e seus músculos se retesaram, porque face aos quatro anos transcorridos desde a última vez que o viu, o reconheceu imediatamente.
Nas melhores circunstâncias não seria um homem fácil de esquecer, e as circunstâncias de seu último encontro jamais poderiam descrever-se como «melhores». Embora ignorasse seu nome, sua imagem estava gravada a fogo em sua memória.


Série Regência Histórica
1 - Maldição de Amor
2 - Um Amor Escondido
3 - Quase um Cavalheiro
4 - Um Romance Impossível
Série Concluída