"Casamos ou não, Caroline Holt?"
De repente, Caroline entendeu que todos na pequena comunidade do interior da Carolina do Norte aceitavam o motivo evidente pelo qual se casaria com Frederich Graeber.
Grávida, abandonada pelo verdadeiro pai da criança e com o parto para dali a poucos meses, seu filho só teria a lucrar se aquele fazendeiro másculo e impetuoso se tornasse seu marido.
Só Caroline sabia que, ao aceitar a proposta de Frederich, estava se arriscando a trocar a liberdade de seu coração pelos caprichos daquele estrangeiro enigmático.
Capítulo Um
Março de 1862
Caroline Holt esperara a tarde inteira pela volta do irmão, Avery. Vez por outra, aproximava-se da janela e olhava os campos da fazenda Graeber. Ainda não acreditava que Avery tivesse algum assunto tão importante assim, a ponto de ser chamado para conversar com Frederich Graeber. Havia toda a terra para arar, afinal aproximava-se a época do plantio da primavera, além do que Avery desprezava o cunhado alemão.
Era quase noite quando seu irmão finalmente apareceu no pátio. Caroline voltou correndo para a cozinha e continuou batendo a manteiga, uma tarefa que começara desde a saída dele. Concentrou-se vivamente na batedeira, decidida a não lhe dar o prazer de descobrir que estivera tão curiosa a respeito de sua ausência. Avery entrou imediatamente na cozinha, deixando a porta escancarada por mais tempo que o necessário, deixando atrás de si um rastro de lama sem mostrar a menor preocupação com o esforço exaustivo de Caroline em esfregar o piso de carvalho até deixá-lo limpo. Ela estremeceu ao ser tocada pela corrente de ar frio, mas não fez o menor comentário.
— Frederich Graeber quer se casar com você — Avery informou sem preâmbulos.
Ela ergueu os olhos da batedeira de manteiga, sem alterar o ritmo das batidas. A declaração era tão ridícula que seu primeiro impulso foi de dar uma risada. O irmão não era um homem bem-humorado, mas ainda assim pensou que estivesse brincando. Por mais que ele estivesse desesperado para casá-la, nunca teria sugerido o nome de Frederich Graeber... a não ser por uma brincadeira de mau gosto.
— Quero que você se case com ele. Já respondi por você — continuou ele. — Vão fazer o anúncio na igreja alemã neste domingo... então Frederich vai apresentar-lhe o pedido formalmente.
Ela continuou encarando-o, percebendo agora que ele estava completamente sério e que aquele plano de casamento justificava a convocação de Frederich e a disposição de trazer as sobrinhas dela para visitá-la. "Pobre Avery", pensou ela. Ele não fazia a ideia da impossibilidade desse acordo. Pela primeira vez na vida ela sentiu pena do irmão.
— Por que está me olhando dessa maneira? — indagou ele, irritado. — Ouviu o que eu falei?
— Ouvi muito bem, Avery. E só posso imaginar que perdeu o juízo.
Ele lhe dirigiu um sorriso breve.
— E por que está imaginando isso?
— Você sabe que não posso me casar com Frederich Graeber.
— Não pode? — reagiu ele, aproximando-se.
Os cabelos dele estavam grudados na testa suada. Antes de ele ter saído para a fazenda de Graeber, Avery e o sobrinho de Frederich, Eli, estiveram espalhando esterco de cavalo sobre a terra recém-arada a manhã inteira. Ele recendia a esterco e, em algum lugar pelo caminho, devia ter parado para tomar uma caneca de cerveja... para comemorar o negócio que ele e Frederich pensavam ter fechado.
— Está tudo acertado, Caroline.
Capítulo Um
Março de 1862
Caroline Holt esperara a tarde inteira pela volta do irmão, Avery. Vez por outra, aproximava-se da janela e olhava os campos da fazenda Graeber. Ainda não acreditava que Avery tivesse algum assunto tão importante assim, a ponto de ser chamado para conversar com Frederich Graeber. Havia toda a terra para arar, afinal aproximava-se a época do plantio da primavera, além do que Avery desprezava o cunhado alemão.
Era quase noite quando seu irmão finalmente apareceu no pátio. Caroline voltou correndo para a cozinha e continuou batendo a manteiga, uma tarefa que começara desde a saída dele. Concentrou-se vivamente na batedeira, decidida a não lhe dar o prazer de descobrir que estivera tão curiosa a respeito de sua ausência. Avery entrou imediatamente na cozinha, deixando a porta escancarada por mais tempo que o necessário, deixando atrás de si um rastro de lama sem mostrar a menor preocupação com o esforço exaustivo de Caroline em esfregar o piso de carvalho até deixá-lo limpo. Ela estremeceu ao ser tocada pela corrente de ar frio, mas não fez o menor comentário.
— Frederich Graeber quer se casar com você — Avery informou sem preâmbulos.
Ela ergueu os olhos da batedeira de manteiga, sem alterar o ritmo das batidas. A declaração era tão ridícula que seu primeiro impulso foi de dar uma risada. O irmão não era um homem bem-humorado, mas ainda assim pensou que estivesse brincando. Por mais que ele estivesse desesperado para casá-la, nunca teria sugerido o nome de Frederich Graeber... a não ser por uma brincadeira de mau gosto.
— Quero que você se case com ele. Já respondi por você — continuou ele. — Vão fazer o anúncio na igreja alemã neste domingo... então Frederich vai apresentar-lhe o pedido formalmente.
Ela continuou encarando-o, percebendo agora que ele estava completamente sério e que aquele plano de casamento justificava a convocação de Frederich e a disposição de trazer as sobrinhas dela para visitá-la. "Pobre Avery", pensou ela. Ele não fazia a ideia da impossibilidade desse acordo. Pela primeira vez na vida ela sentiu pena do irmão.
— Por que está me olhando dessa maneira? — indagou ele, irritado. — Ouviu o que eu falei?
— Ouvi muito bem, Avery. E só posso imaginar que perdeu o juízo.
Ele lhe dirigiu um sorriso breve.
— E por que está imaginando isso?
— Você sabe que não posso me casar com Frederich Graeber.
— Não pode? — reagiu ele, aproximando-se.
Os cabelos dele estavam grudados na testa suada. Antes de ele ter saído para a fazenda de Graeber, Avery e o sobrinho de Frederich, Eli, estiveram espalhando esterco de cavalo sobre a terra recém-arada a manhã inteira. Ele recendia a esterco e, em algum lugar pelo caminho, devia ter parado para tomar uma caneca de cerveja... para comemorar o negócio que ele e Frederich pensavam ter fechado.
— Está tudo acertado, Caroline.
Gente estava aguardando esse livro há um tempão...obrigada
ResponderExcluirComo faço pra baixar o livro? Amei a sinopse.
ResponderExcluirGrazi, leia Ajuda e Avisos no blog. bjs
ExcluirGostei muito do livro! Um pouco triste mas sensivel e comovente.
ResponderExcluirConfesso que tenho um certo preconceito com históricos que se passem nos Estados Unidos, mas este devorei ontem de uma vez só... Que livro! História cheia de emoção e verdade e os personagens principais são fortes e muito verdadeiros. Recomendo! Obrigada por compartilharem Jenna e moderadoras (está na biblioteca).
ResponderExcluirOlá gostaria de ser membro do blog,o que devo fazer ?
ResponderExcluirRaquel leia Ajuda e Avisos do blog, bjs
ExcluirLi já estava casada da Escócia, ares diferentes...um pouquinho mais realista...gostei
ResponderExcluirNossa que romance denso..houve momentos que eu queria asfixiar ambos..rs,rs..gente nunca senti uma história tão profunda como a deles,além do livro A Canção de Anne que tem um enredo bem profundo, delicioso, triste/alegre e bem próximo a realidade. Contudo, achei uum romance frio, porém com ares de realismo. Não seii dizer se a questão cultural no enredoo determina essa característica mais distante nos relacionamentos interpessoais ou se a questão dos traumas//medos em ammbos me influeciaram nessa visão.
ResponderExcluirEu gostei do romance, muito embora ele parecia prometer mais... Mais momentos felizes no final, cheguei a ansiar que ela aprendesse o alemão, uma vez que era dada a leitura... Que Beata viesse a casar... Mas não me arrependo de o ter lido, iniciei ontem e terminei hoje...mas sinceramente fiquei desejosa de mais dada a intensidade dos momentos vividos.
ResponderExcluirQue coisa, acho que estou ficando exigente. Esperava mais desse livro, achei cansativo, as coisas só dão certo no final. Não consegui devorar como faço quando gosto da estória, porém jamais desisto de ler até o final.
ResponderExcluirComecei a ler sem dar muito crédito.
ResponderExcluirMas a autora consegue nos envolver com a guerra dos estados unidos e com este romance super diferente!!!
Até então, não havia lido romances com colonizadores alemães. Achei interessante o fato de, por eles serem a maioria naquela comunidade, serem muito mais importantes que os americanos...
O drama do casal e realmente um drama!
Torci, emocionei, surpreendi e lamentei...
Mãos à palmatória!!! Lindo romance, apesar de querer saber mais sobre o futuro dos 3 vilõezinhos de meia tigela kkkk
É maravilhoso! Demorou séculos para acha-lo e só agradeço muitíssimo a alma caridosa que o postou aqui. Para quem espera ler um romance cor de rosa desista, pois esse é realista por demais. Duas pessoas extremamente sofridas, teimosas e corajosas e nem tudo é como nós leitoras esperamos que seja, mas assim é a vida. Eu amei o livro e recomento um livro da mesma autora chamado "romance proibido", é lindo.
ResponderExcluirFantástico este livro...amei
ResponderExcluirAmei está estória, será que não tem continuação?
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