Embora fosse uma criada, podia frequentar as festas da aristocracia. Mas, na verdade, um grande mistério pairava sobre seu passado.
De onde viera ou quem eram seus pais ninguém sabia. Porém, quando o visconde Andrew Waverly apostou com seus amigos que em um mês saberia tudo sobre ela, nem de longe imaginava o quanto este envolvimento iria mudar de modo definitivo sua vida.
Capítulo Um
— A condessa está chegando!
Millie Dawkins corria pelos corredores da mansão, espalhando a notícia. Fredericks, o mordomo, fitou-a por cima do ombro, censurando a falta de classe da moça. Com certeza, Millie iria ouvir um longo sermão logo mais.
— Vocês a ouviram, senhoras. Não é hora de ficarem aí sentadas, é hora de trabalhar. Sra. Grover, depois quero dar-lhe uma palavrinha sobre a poeira no lustre do salão principal.
A sra. Grover fez uma careta de insatisfação quando o mordomo se retirou.
— Uma palavrinha, pois sim! Aposto que vou ter que ouvi-lo durante horas! Vamos, menina — disse a Yvette — você sabe que tem que trabalhar dobrado para compensar as horas que passa, cantando.
— Sim, sra. Grover. A festa no Haverford Hall é amanhã, sra. Grover. Espero que não tenha esquecido que preciso praticar minha voz com o sr. Clarke, amanhã pela manhã.
A governanta suspirou.
— Já é a terceira festa este mês. Está parecendo que passa mais tempo cantando do que trabalhando, mocinha. Deste jeito, lady Emily vai acabar despedindo-a.
Yvette sorriu. Sabia bem que aquilo era muito pouco provável, já que havia sido a própria lady Emily que havia divulgado seu talento.
Ela interrompeu os pensamentos. O perigo que um dia ela teria de enfrentar, pairava como uma constante ameaça em sua consciência. Algum dia, alguém acabaria descobrindo a verdadeira Yvette Cordé e o segredo que ela guardava consigo, teria de ser revelado.
A moça cerrou os lábios. Tinha consciência de que havia muitos homens interessados nela. Alguns até lhe propuseram casamento, mas ela não mostrara nenhum interesse.
Yvette deu uma última polida na mesa e estava prestes a se abaixar para limpar os pés da mesinha, quando viu lady Emily se aproximando pelo corredor. Lady Emily, estava com mais de sete meses de gravidez. Yvette sorriu, ao vê-la se aproximar.
— A senhora está bem, milady? Posso ajudá-la em alguma coisa? Emily encostou-se um instante contra a parede e respirou fundo.
— Obrigada, Yvette, mas só parei um pouco para respirar. Acho que subi a escada um pouco rápido. Espero que não tenha esquecido que seu pianista vai estar aqui amanhã, para ensaiar as músicas para a festa dos Wescott.
— Não, não esqueci, milady. O vestido dourado de brocado ficou perfeito depois dos ajustes que fizemos. Só lamento a senhora não poder estar lá comigo. Sinto-me bem mais confiante quando a vejo sentada na plateia.
Emily ajeitou o xale sobre os ombros.
— Eu bem que gostaria de ir, Yvette, mas não posso arriscar a saúde do meu bebê. — Ela sorriu: — Além disso, o que as pessoas iriam dizer se me vissem ir a uma festa nestas condições?
Lady Emily sentou-se em uma cadeira, fazendo o largo vestido azul, espalhar-se à sua volta. Levando a mão ao bolso, pegou uma caixa comprida de veludo.
— Yvette, gostaria que eu lhe emprestasse uma joia para usar na festa?
— Oh, milady, não posso aceitar uma coisa dessas — respondeu ela, quando a dama abriu a caixa, revelando um lindo colar de topázio. — Oh! Mas o que lorde Berrington iria dizer?
— James já me deu consentimento para emprestá-lo. Você tem que estar muito bonita. Ouvi dizer que lorde Bancroft vai comparecer à festa.
Yvette ficou séria: — A mãe dele não vai gostar nada disso. Ela não me pareceu nem um pouco satisfeita quando viu o filho me oferecer um copo de refresco, na festa dos Vancostain.
— Lady Bancroft é uma esnobe, Yvette. Entretanto, dizem que o passado da família dela não é assim tão "nobre" quanto ela clama. Use o colar, minha querida. Ficará muito bonita e se sentirá como uma princesa.
— Merci, milady. A senhora e lady Margaret são muito generosas comigo. Por falar nisso, ela o marido pretendem ficar muito tempo aqui na mansão?
Capítulo Um
— A condessa está chegando!
Millie Dawkins corria pelos corredores da mansão, espalhando a notícia. Fredericks, o mordomo, fitou-a por cima do ombro, censurando a falta de classe da moça. Com certeza, Millie iria ouvir um longo sermão logo mais.
— Vocês a ouviram, senhoras. Não é hora de ficarem aí sentadas, é hora de trabalhar. Sra. Grover, depois quero dar-lhe uma palavrinha sobre a poeira no lustre do salão principal.
A sra. Grover fez uma careta de insatisfação quando o mordomo se retirou.
— Uma palavrinha, pois sim! Aposto que vou ter que ouvi-lo durante horas! Vamos, menina — disse a Yvette — você sabe que tem que trabalhar dobrado para compensar as horas que passa, cantando.
— Sim, sra. Grover. A festa no Haverford Hall é amanhã, sra. Grover. Espero que não tenha esquecido que preciso praticar minha voz com o sr. Clarke, amanhã pela manhã.
A governanta suspirou.
— Já é a terceira festa este mês. Está parecendo que passa mais tempo cantando do que trabalhando, mocinha. Deste jeito, lady Emily vai acabar despedindo-a.
Yvette sorriu. Sabia bem que aquilo era muito pouco provável, já que havia sido a própria lady Emily que havia divulgado seu talento.
Ela interrompeu os pensamentos. O perigo que um dia ela teria de enfrentar, pairava como uma constante ameaça em sua consciência. Algum dia, alguém acabaria descobrindo a verdadeira Yvette Cordé e o segredo que ela guardava consigo, teria de ser revelado.
A moça cerrou os lábios. Tinha consciência de que havia muitos homens interessados nela. Alguns até lhe propuseram casamento, mas ela não mostrara nenhum interesse.
Yvette deu uma última polida na mesa e estava prestes a se abaixar para limpar os pés da mesinha, quando viu lady Emily se aproximando pelo corredor. Lady Emily, estava com mais de sete meses de gravidez. Yvette sorriu, ao vê-la se aproximar.
— A senhora está bem, milady? Posso ajudá-la em alguma coisa? Emily encostou-se um instante contra a parede e respirou fundo.
— Obrigada, Yvette, mas só parei um pouco para respirar. Acho que subi a escada um pouco rápido. Espero que não tenha esquecido que seu pianista vai estar aqui amanhã, para ensaiar as músicas para a festa dos Wescott.
— Não, não esqueci, milady. O vestido dourado de brocado ficou perfeito depois dos ajustes que fizemos. Só lamento a senhora não poder estar lá comigo. Sinto-me bem mais confiante quando a vejo sentada na plateia.
Emily ajeitou o xale sobre os ombros.
— Eu bem que gostaria de ir, Yvette, mas não posso arriscar a saúde do meu bebê. — Ela sorriu: — Além disso, o que as pessoas iriam dizer se me vissem ir a uma festa nestas condições?
Lady Emily sentou-se em uma cadeira, fazendo o largo vestido azul, espalhar-se à sua volta. Levando a mão ao bolso, pegou uma caixa comprida de veludo.
— Yvette, gostaria que eu lhe emprestasse uma joia para usar na festa?
— Oh, milady, não posso aceitar uma coisa dessas — respondeu ela, quando a dama abriu a caixa, revelando um lindo colar de topázio. — Oh! Mas o que lorde Berrington iria dizer?
— James já me deu consentimento para emprestá-lo. Você tem que estar muito bonita. Ouvi dizer que lorde Bancroft vai comparecer à festa.
Yvette ficou séria: — A mãe dele não vai gostar nada disso. Ela não me pareceu nem um pouco satisfeita quando viu o filho me oferecer um copo de refresco, na festa dos Vancostain.
— Lady Bancroft é uma esnobe, Yvette. Entretanto, dizem que o passado da família dela não é assim tão "nobre" quanto ela clama. Use o colar, minha querida. Ficará muito bonita e se sentirá como uma princesa.
— Merci, milady. A senhora e lady Margaret são muito generosas comigo. Por falar nisso, ela o marido pretendem ficar muito tempo aqui na mansão?
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!