Lorde Graham Spencer precisa de uma esposa.
Mas não qualquer jovem. Deve ter o dinheiro necessário para salvar sua propriedade dilapidada e inquilinos desesperados. Então, quando ele conhece uma encantadora criada americana na praia de Brighton, a última coisa que deve fazer é beijá-la.
Katherine Wright está caçando um marido com título.
Ou pelo menos sua mãe está. Mas Katherine não pode tirar da sua mente a lembrança de um beijo dos mais impróprios. O belo estranho que a tomou em seus braços em Brighton era apenas um valete, mas mesmo sendo uma herdeira, preferiria passar a vida com ele a um aristocrata britânico.
Poderia o verdadeiro amor sobreviver a duas identidades falsas, duas mães maquinadoras e duas festas campestres onde tudo é revelado? Poderia...
Capítulo Um
― Estou morrendo.
Katherine Wright soltou um pequeno e silencioso suspiro ao escutar as palavras de sua mãe, enquanto olhava para a praia lotada desde sua suíte no Grand Hotel. Brighton não era nada comparada a Newport. Não havia nada de distinto ou opressivo naquele famoso local de férias. Estava lotado com o que sua mãe chamava de ralé. Era estridente e barulhento. Era… maravilhoso.
― Estou morrendo, ― insistiu sua mãe, tirando a compressa fria da testa e colocando-a diretamente sobre os olhos. ― Eu fui levada a acreditar que Brighton era o lugar para ir. O lugar. Charles Dickens costumava passar férias aqui.
― Isso foi há vinte anos, mãe. E eu prefiro assim. É tão vivo. E não podemos colocar defeitos no hotel ou na sua clientela. É tudo muito charmoso. Essas máquinas de banho. Realmente ― disse Katherine, olhando para a fila de pequenos vagões cobertos que as mulheres recatadas usavam para trocar de roupa antes de se banharem fora de vista.
Mas não qualquer jovem. Deve ter o dinheiro necessário para salvar sua propriedade dilapidada e inquilinos desesperados. Então, quando ele conhece uma encantadora criada americana na praia de Brighton, a última coisa que deve fazer é beijá-la.
Katherine Wright está caçando um marido com título.
Ou pelo menos sua mãe está. Mas Katherine não pode tirar da sua mente a lembrança de um beijo dos mais impróprios. O belo estranho que a tomou em seus braços em Brighton era apenas um valete, mas mesmo sendo uma herdeira, preferiria passar a vida com ele a um aristocrata britânico.
Poderia o verdadeiro amor sobreviver a duas identidades falsas, duas mães maquinadoras e duas festas campestres onde tudo é revelado? Poderia...
Capítulo Um
― Estou morrendo.
Katherine Wright soltou um pequeno e silencioso suspiro ao escutar as palavras de sua mãe, enquanto olhava para a praia lotada desde sua suíte no Grand Hotel. Brighton não era nada comparada a Newport. Não havia nada de distinto ou opressivo naquele famoso local de férias. Estava lotado com o que sua mãe chamava de ralé. Era estridente e barulhento. Era… maravilhoso.
― Estou morrendo, ― insistiu sua mãe, tirando a compressa fria da testa e colocando-a diretamente sobre os olhos. ― Eu fui levada a acreditar que Brighton era o lugar para ir. O lugar. Charles Dickens costumava passar férias aqui.
― Isso foi há vinte anos, mãe. E eu prefiro assim. É tão vivo. E não podemos colocar defeitos no hotel ou na sua clientela. É tudo muito charmoso. Essas máquinas de banho. Realmente ― disse Katherine, olhando para a fila de pequenos vagões cobertos que as mulheres recatadas usavam para trocar de roupa antes de se banharem fora de vista.
Ela usou uma ontem, cedendo à curiosidade. Levou seu traje de banho em uma bolsa, subiu a bordo e se trocou enquanto o vagão era puxado por um cavalo de aparência muito triste, aproximadamente 15 metros dentro da água. O condutor entrou na água e um conjunto de escadas caiu produzindo um pequeno salpico. Pisou cuidadosamente na água fria, seus pés calçados em chinelos afundando apenas um pouco na areia dura. Os vagões estavam posicionados de maneira que nenhum olho masculino pudesse espionar uma mulher enquanto usava seu traje de banho. Depois de nadar um pouco, saiu da água sozinha e estava terminado.
Como aquilo era diferente das férias de dois anos atrás que passou na casa de sua avó em Nova York quando, vestindo apenas roupa interior, ela corria até uma grande pedra de onde saltava para a água fria do lago com um grito de contentamento. Sua mãe teria desmaiado se soubesse disso. Mesmo ali, naquela carroça estúpida, sua mãe estava diligentemente assegurando-se de que nenhum homem vislumbrasse um tornozelo, ou pior, talvez a curva da sua panturrilha, quando desceu a escada.
Sua mãe não a acompanhou, mas esperou na máquina de banho, reclamando sobre o cheiro estranho em Brighton.
― É o mar ― disse Katherine. ― Acho que cheira bem.
Katherine desviou os olhos das máquinas de banho e olhou para sua mãe. Tinha um aspecto horrível. Fazia anos que sofria de dores de cabeça, mas esses acessos pareciam ser mais frequentes ultimamente ― e justo no momento de fazer algo que sua mãe não tinha interesse em fazer. Hoje, tinham planejado caminhar ao longo do cais. Os ingleses o chamavam de passeio. Katherine simplesmente amava a forma como os ingleses faziam tudo parecer mais especial. Era um dia glorioso e Katherine ansiava sair e juntar-se a multidão.
― Tantas pessoas. Quem é essa gente? Eu posso dizer que esse não é absolutamente o tipo de pessoa que fui levada a acreditar que encontraria em Brighton. Eu posso ouvi-los daqui. Feche a janela, querida.
Elizabeth Wright era uma boa mulher, Katherine sabia, mas era terrivelmente esnobe.
Era verdade que Brighton atraia uma multidão eclética, e Katherine começava a suspeitar que Lady Haversly, quem as introduziria na sociedade neste outono, simplesmente quis se livrar das duas durante o verão.
Como aquilo era diferente das férias de dois anos atrás que passou na casa de sua avó em Nova York quando, vestindo apenas roupa interior, ela corria até uma grande pedra de onde saltava para a água fria do lago com um grito de contentamento. Sua mãe teria desmaiado se soubesse disso. Mesmo ali, naquela carroça estúpida, sua mãe estava diligentemente assegurando-se de que nenhum homem vislumbrasse um tornozelo, ou pior, talvez a curva da sua panturrilha, quando desceu a escada.
Sua mãe não a acompanhou, mas esperou na máquina de banho, reclamando sobre o cheiro estranho em Brighton.
― É o mar ― disse Katherine. ― Acho que cheira bem.
Katherine desviou os olhos das máquinas de banho e olhou para sua mãe. Tinha um aspecto horrível. Fazia anos que sofria de dores de cabeça, mas esses acessos pareciam ser mais frequentes ultimamente ― e justo no momento de fazer algo que sua mãe não tinha interesse em fazer. Hoje, tinham planejado caminhar ao longo do cais. Os ingleses o chamavam de passeio. Katherine simplesmente amava a forma como os ingleses faziam tudo parecer mais especial. Era um dia glorioso e Katherine ansiava sair e juntar-se a multidão.
― Tantas pessoas. Quem é essa gente? Eu posso dizer que esse não é absolutamente o tipo de pessoa que fui levada a acreditar que encontraria em Brighton. Eu posso ouvi-los daqui. Feche a janela, querida.
Elizabeth Wright era uma boa mulher, Katherine sabia, mas era terrivelmente esnobe.
Era verdade que Brighton atraia uma multidão eclética, e Katherine começava a suspeitar que Lady Haversly, quem as introduziria na sociedade neste outono, simplesmente quis se livrar das duas durante o verão.
― Disseram-me que eles chegam aqui de trem, ― disse Elizabeth. ― Escapando da cidade em massas, como ratos.
Katherine encarou sua mãe, ainda que os olhos da mulher mais velha estivessem cobertos pela compressa. ― Eu realmente gostaria que a senhora não fosse sempre tão esnobe, mãe.
― Você vai ficar contente quando for uma duquesa. ― Disse Elizabeth de maneira presunçosa.
Katherine suspirou profundamente. Não queria ser uma duquesa, marquesa ou mesmo uma baronesa. Queria voltar a New York e ir à universidade, tal como sempre desejou.
Katherine encarou sua mãe, ainda que os olhos da mulher mais velha estivessem cobertos pela compressa. ― Eu realmente gostaria que a senhora não fosse sempre tão esnobe, mãe.
― Você vai ficar contente quando for uma duquesa. ― Disse Elizabeth de maneira presunçosa.
Katherine suspirou profundamente. Não queria ser uma duquesa, marquesa ou mesmo uma baronesa. Queria voltar a New York e ir à universidade, tal como sempre desejou.
Qual era o sentido de todo aquele estudo ao qual foi forçada senão para prepará-la para uma educação universitária? Quando abordou aquele tema com sua mãe, foi como se tivesse anunciado que queria se tornar uma prostituta. Foi quando se deu conta, com crescente horror, que todas as lições de linguagem, filosofia e história europeia foram para prepará-la para sua vida como uma nobre. Foi uma operação bem orquestrada e cuidadosamente planejada e Katherine quase admirava a capacidade da sua mãe de permanecer focada no prêmio todos esses anos.
― O dinheiro é grosseiro, querida. Mas um título é algo que você não pode comprar. Eu gostaria que minha própria mãe tivesse feito por mim o que eu fiz por você.
Não ocorreu à sua mãe que exibir o dote dela na frente de um nobre empobrecido era equivalente a comprar um título. E não lhe ocorreu que se a avó a tivesse casado com um nobre, Katherine não existiria. Pelo menos não na sua forma atual.
― Eu vou ler no meu quarto, ― disse Katherine. ― Eu espero que a senhora se sinta bem o suficiente para comparecer ao jantar. Soube que o duque de Monmouth irá.
Isso animou sua mãe. ― Um duque, você disse?
― É apenas um rumor. ― Mentiu Katherine sobre um título que se extinguiu com a infame decapitação do duque de Monmouth no século XVI. Ela afastou a pontada de culpa que sentiu por mentir à sua mãe.
Elizabeth afundou a cabeça no travesseiro, arrancando o pano frio da sua cabeça. ― Se ele vai comparecer, eu simplesmente terei que aguentar a dor. É uma oportunidade que não podemos perder. Um duque. Isso faria com que tudo fosse perfeito, não faria? Se bem que eu miraria no duque de Penfrey. Ele é supostamente bonito e tem uma casa tão adorável em Londres.
Katherine olhou sua mãe com divertida exasperação. Ela distraia Katherine, mas amava sua mãe com todo o seu coração.
― Sim, seria agradável, não seria? ― Disse suavemente.
Caminhou até sua mãe, gentilmente substituiu a compressa e então beijou sua bochecha. ― Eu a verei então à noite, na nossa pequena sala de jantar. As oito?
― A menos que o duque esteja aqui, ― Disse Elizabeth suavemente, soando como se já caísse no sono.
― A menos que o duque esteja aqui, ― Disse Katherine e então saiu do quarto na ponta dos pés...
― Ah não, senhorita. Perderei meu emprego se a pegarem. ― Clara, a leal criada de Katherine e parceira no crime, não parecia nem um pouco preocupada. Seus olhos brilhavam com excitação. Que criada ruim era ela. Katherine piscou um olho.
― Isso não vai acontecer, Clara. Minha mãe não vai te despedir porque eu não permitiria isso. ― Olhou no espelho e sorriu. Parecia tão... ordinária. Apenas uma garota saindo para um passeio. Estaria procurando por alguém na praia, mas na realidade estaria gloriosamente sozinha sem ninguém ao seu redor vigiando com olhos de águia a qualquer cavalheiro sem título que pudesse ousar pousar os olhos nela.
Ontem, pela primeira vez, vestiu a roupa da sua criada e colocou um pequeno chapéu com uma pluma azul, e caminhou sozinha ao longo da praia. Durante dez minutos inteiros.
― O dinheiro é grosseiro, querida. Mas um título é algo que você não pode comprar. Eu gostaria que minha própria mãe tivesse feito por mim o que eu fiz por você.
Não ocorreu à sua mãe que exibir o dote dela na frente de um nobre empobrecido era equivalente a comprar um título. E não lhe ocorreu que se a avó a tivesse casado com um nobre, Katherine não existiria. Pelo menos não na sua forma atual.
― Eu vou ler no meu quarto, ― disse Katherine. ― Eu espero que a senhora se sinta bem o suficiente para comparecer ao jantar. Soube que o duque de Monmouth irá.
Isso animou sua mãe. ― Um duque, você disse?
― É apenas um rumor. ― Mentiu Katherine sobre um título que se extinguiu com a infame decapitação do duque de Monmouth no século XVI. Ela afastou a pontada de culpa que sentiu por mentir à sua mãe.
Elizabeth afundou a cabeça no travesseiro, arrancando o pano frio da sua cabeça. ― Se ele vai comparecer, eu simplesmente terei que aguentar a dor. É uma oportunidade que não podemos perder. Um duque. Isso faria com que tudo fosse perfeito, não faria? Se bem que eu miraria no duque de Penfrey. Ele é supostamente bonito e tem uma casa tão adorável em Londres.
Katherine olhou sua mãe com divertida exasperação. Ela distraia Katherine, mas amava sua mãe com todo o seu coração.
― Sim, seria agradável, não seria? ― Disse suavemente.
Caminhou até sua mãe, gentilmente substituiu a compressa e então beijou sua bochecha. ― Eu a verei então à noite, na nossa pequena sala de jantar. As oito?
― A menos que o duque esteja aqui, ― Disse Elizabeth suavemente, soando como se já caísse no sono.
― A menos que o duque esteja aqui, ― Disse Katherine e então saiu do quarto na ponta dos pés...
― Ah não, senhorita. Perderei meu emprego se a pegarem. ― Clara, a leal criada de Katherine e parceira no crime, não parecia nem um pouco preocupada. Seus olhos brilhavam com excitação. Que criada ruim era ela. Katherine piscou um olho.
― Isso não vai acontecer, Clara. Minha mãe não vai te despedir porque eu não permitiria isso. ― Olhou no espelho e sorriu. Parecia tão... ordinária. Apenas uma garota saindo para um passeio. Estaria procurando por alguém na praia, mas na realidade estaria gloriosamente sozinha sem ninguém ao seu redor vigiando com olhos de águia a qualquer cavalheiro sem título que pudesse ousar pousar os olhos nela.
Ontem, pela primeira vez, vestiu a roupa da sua criada e colocou um pequeno chapéu com uma pluma azul, e caminhou sozinha ao longo da praia. Durante dez minutos inteiros.
Foi a coisa mais gloriosa e talvez mais assustadora que já fez. Sentir o vento contra as suas bochechas, deter-se e assistir as crianças jogando, pensar em como seria sentir a areia entre os dedos do pé. Provou um pouco de uma massa frita coberta com açúcar branco que nunca tinha visto na sua vida. Foi o céu na sua boca.
E ia fazer aquilo tudo novamente hoje.
― E se a sua mãe descobrir?
E ia fazer aquilo tudo novamente hoje.
― E se a sua mãe descobrir?
Série Lordes e Ladys
1 - Quando um Duque diz Sim
2 - A Filha do Lord Louco
3 - Quando um Lorde Precisa de uma Lady
4 - A Noiva Solteirona
Série Concluída
1 - Quando um Duque diz Sim
2 - A Filha do Lord Louco
3 - Quando um Lorde Precisa de uma Lady
4 - A Noiva Solteirona
Série Concluída
Muito bom!!! Eu recomendo
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