Danni sempre acreditou que tinha sido abandonada quando criança.
Então, o sedutor Sean Ballogh aparece do nada, com uma história surpreendente mudando tudo o que ela pensava que era certo. Ele afirma, que sua família a esteve procurando, desde que desapareceu a vinte anos. E ele veio, para levá-la a sua casa na Irlanda.
Agora, Danni deve reescrever a história, para salvar sua família, para lutar contra uma força mais malvada do que imaginou e se encontrará com o homem a quem estava destinada ou se arriscará a viver para sempre no tempo, como nada mais, que uma lembrança etérea, uma trágica e inesquecível beleza.
Capítulo Um
O homem aproximou-se dela um pouco antes do amanhecer.
Danni acordou sobressaltada, enrolada em sua cama, sem saber o que tirou seu sono. A negra escuridão que pressionava contra as janelas, uma entidade escura que queria entrar às escondidas e assumir o controle. Inquieta, saiu da cama e arrastando os pés foi até a cozinha para tomar um café.
Foi então que sentiu o ar mudar.
Ele mergulhou em uma força silenciosa e fria que fez com que suas orelhas assobiassem e que seu estômago se revolvesse. Como uma lembrança latente, a sensação apareceu de repente; lá, enchendo sua cabeça, familiar e aterradora, pressão e alívio. Ela o conhecia; ela o temia. Ela se recordava, apesar de que lhe escapasse o que era anunciado.
Virou para encontrar o homem parado atrás dela. Alto, de ombros largos e os músculos de um guerreiro; estava apoiado no balcão. Como se fosse natural para ele estar ali. Como se realmente estivesse na cozinha dela.
As sobrancelhas escuras e pestanas negras ressaltavam a incomum cor de seus olhos; não de todo verde, não de todo cinzas. Olhos como o mar, implacáveis e profundos. Um nariz reto e contundente dava equilíbrio a seus lábios grossos e a sua mandíbula quadrada. Havia um ângulo forte e resistente em suas feições que fazia sua beleza imperfeita e masculina, um pouco mais convincente que simplesmente estética. Usava uma jaqueta de couro negro sobre uma engomada camisa branca e jeans que se ajustavam desde seus quadris magros a suas pernas grossas. Não só era alto. Não só era largo. Era um homem grande.
Ele a olhou, a avaliando e julgando com a mesma concentração ponderada que ela lhe dava. Ela se sentia consciente de si mesma com sua desbotada camiseta do Save the Children e shortinho de cor rosa, o que era ridículo; realmente ele não estava lá.
Danni sabia disso, mas esse conhecimento não evitava que seu estômago se tornasse um nó com a incerteza e o medo. Ela derramou o café pela borda da sua caneca enquanto a deixava sobre a bancada. E derrubaria se tivesse a sustentado por mais tempo. O homem interpretou isso como aquiescência e se moveu. Às vezes era assim, ela se lembrava dele. Às vezes parecia levá-la como guias turísticos em uma viagem fantasmagórica. Outras vezes, eram completamente conscientes de que tinham decifrado as linhas da realidade e que obrigavam Danni a olhar para elas.
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!