Lady Clarissa Bladeston, como a irmã do Duque de Stanton, está acostumada a ser elogiada e solicitada entre a nobreza inglesa.
Sua linhagem e beleza auguram sucesso absoluto em sua primeira temporada social. No entanto, os resultados não podem ser mais desastrosos, pois o único homem que amou e ao qual pertence seu coração está muito longe de suas possibilidades.
Steven Hamilton, Conde Baltimore, é conhecido por sua atratividade incomparável e sorriso lendário, e leva a vida feliz de um solteiro convicto. Apesar disso, sob sua aparência leviana, ele esconde um segredo assustador. A misteriosa morte de seus pais não resolvida e uma descoberta aterrorizante forçaram-no a fazer um terrível juramento. Cercado de mistério, suspeita, perigo e morte, um duelo de vontades será travado entre eles, onde a paixão e o amor finalmente triunfarão.
Capítulo Um
Londres, Inglaterra, 1815
Sentada na janela da sua sala favorita da casa, Clarissa Bladeston olhava, com expressão melancólica, a profusão de rosas que decorava o belo jardim de sua mãe.
A primavera estava em seu esplendor; maio chegou com ar de romance e amor, contagiando todo aquele que fervilhava pela bela Londres. A temporada social estava plena nesse momento: a cada noite se celebrava várias festas, de modo que as anfitriãs deviam competir para tentar atrair a multidão de nobres para o seu evento, e, assim, garantir o sucesso do mesmo.
Para qualquer pessoa, ser a filha de um Duque e pertencer à classe nobre e privilegiada, estar em sua primeira temporada, assistir a cada noite um baile diferente, passar suas tardes passeando pelo Hyde Park ou em piqueniques campestres e ter como passatempo ir as compras pela Bow Street seria o paraíso absoluto, um sonho realizado.
Steven Hamilton, Conde Baltimore, é conhecido por sua atratividade incomparável e sorriso lendário, e leva a vida feliz de um solteiro convicto. Apesar disso, sob sua aparência leviana, ele esconde um segredo assustador. A misteriosa morte de seus pais não resolvida e uma descoberta aterrorizante forçaram-no a fazer um terrível juramento. Cercado de mistério, suspeita, perigo e morte, um duelo de vontades será travado entre eles, onde a paixão e o amor finalmente triunfarão.
Capítulo Um
Londres, Inglaterra, 1815
Sentada na janela da sua sala favorita da casa, Clarissa Bladeston olhava, com expressão melancólica, a profusão de rosas que decorava o belo jardim de sua mãe.
A primavera estava em seu esplendor; maio chegou com ar de romance e amor, contagiando todo aquele que fervilhava pela bela Londres. A temporada social estava plena nesse momento: a cada noite se celebrava várias festas, de modo que as anfitriãs deviam competir para tentar atrair a multidão de nobres para o seu evento, e, assim, garantir o sucesso do mesmo.
Para qualquer pessoa, ser a filha de um Duque e pertencer à classe nobre e privilegiada, estar em sua primeira temporada, assistir a cada noite um baile diferente, passar suas tardes passeando pelo Hyde Park ou em piqueniques campestres e ter como passatempo ir as compras pela Bow Street seria o paraíso absoluto, um sonho realizado.
Para qualquer uma, menos para ela. Colocando-se de pé, saiu da sala de estar para subir a seu quarto. Uma vez ali, sentou-se em seu toucador e observou seu reflexo no espelho. Sua imagem era a de sempre: seu cabelo loiro claro continuava impecavelmente penteado, seus olhos azuis e seus longos cílios a olhavam com aborrecimento, e uma expressão zangada se percebia em seus lábios em forma de coração. Não era como se sua aparência a incomodava, ou que não fosse agradecida por ser considerada bonita; o que a aborrecia era que sua imagem era a de uma jovem ingênua e inocente, uma flor frágil.
É claro que sua aparência física coincidia com sua idade, já que não fazia muito tempo que havia completado dezoito anos, mas nem por isso lhe incomodava menos parecer tão menina e pouco mulher. Apesar de ser considerada uma beldade e um sucesso em sua temporada, e ter uma jovem corte masculina suspirando por ela, nada disso a deixava satisfeita ou a fazia feliz. Porque mudaria tudo isso, sem hesitação, por uma só olhada desse homem, o cavalheiro que era dono de seus pensamentos, seus suspiros e seu amor, e que não podia esquecer nem tirar de sua cabeça.
É claro que sua aparência física coincidia com sua idade, já que não fazia muito tempo que havia completado dezoito anos, mas nem por isso lhe incomodava menos parecer tão menina e pouco mulher. Apesar de ser considerada uma beldade e um sucesso em sua temporada, e ter uma jovem corte masculina suspirando por ela, nada disso a deixava satisfeita ou a fazia feliz. Porque mudaria tudo isso, sem hesitação, por uma só olhada desse homem, o cavalheiro que era dono de seus pensamentos, seus suspiros e seu amor, e que não podia esquecer nem tirar de sua cabeça.
Ela havia tentado centenas de vezes ao longo dos anos, mas seu coração se recusava a se conformar. E não podia aceitar que seu amor por ele era completamente impossível, por isso que se dedicava a honrá-lo, deseja-lo e amá-lo em silêncio.
Esse era seu segredo: amava como uma louca um homem que nunca a veria como ela queria, ainda que pelo menos tivesse sua amizade, proximidade e afeto, e com isso deveria conformar-se, porque era o máximo que poderia ansiar.
Esse era seu segredo: amava como uma louca um homem que nunca a veria como ela queria, ainda que pelo menos tivesse sua amizade, proximidade e afeto, e com isso deveria conformar-se, porque era o máximo que poderia ansiar.
Para ele era apenas uma jovenzinha agradável, alguém para cuidar, proteger e gostar. Tal e como uma delas, ele a via como uma de suas três irmãs. A olhava como uma menina e ela odiava isso.
“Eu não sou uma menina, cresci! E, definitivamente não sou sua irmã nem você é o meu, por Deus!", pensou Clarissa ainda mais irritada. Uma batida na porta interrompeu seus tortuosos pensamentos.
— Entre — disse, virando-se na banqueta para receber o visitante.
— Filha, o que ainda faz vestida assim? Anda, deve se trocar ou chegaremos tarde ao baile de Lady Ashton — disse sua mãe, com seu habitual tom queixoso, quando a viu.
Clarissa a observou por alguns segundos. Apesar de não ser uma jovenzinha, Honoria era realmente muito bonita: conservava seu cabelo loiro com apenas alguns cabelos brancos e sua figura graciosa e esbelta estava perfeita. Ela, como sua filha, era sua imagem viva. Eram praticamente iguais, com a diferença de que sua mãe não tinha olhos azuis, e sim eram de uma rara cor cinza esverdeada.
— Mãe, não posso ficar em casa hoje? — lhe perguntou, sabendo o que responderia.
— Clarissa, não o repetirei. Já perdemos bastante tempo indo visitar minha irmã em Bath, e então com tudo o que aconteceu com Nicholas. Esta é sua primeira temporada; quase se arruína e caímos em desgraça. E já que por um milagre tudo se resolveu, devemos aproveitar para conseguir-lhe um bom marido, está claro, filha? — terminou sua mãe, jogando um de seus olhares intimidadores.
— Sim, mãe. Estarei preparada — respondeu, reprimindo um grunhido exasperado.
— Bem, chamarei sua donzela. Use o vestido de cor lavanda — lhe ordenou Honoria e logo saiu. Suspirando frustrada, Clarissa assistiu sua retirada.
Por mais que tentasse, ela não poderia impor-se a sua mãe. Honoria tinha um caráter dominante e intimidante em partes iguais. Era uma mãe dedicada e presente, mas tinha uma tendência ao drama e ao exagero. Raramente sorria, porque tinha sido criada com as regras inflexíveis da etiqueta e o decoro da mais exigente linhagem inglesa.
“Eu não sou uma menina, cresci! E, definitivamente não sou sua irmã nem você é o meu, por Deus!", pensou Clarissa ainda mais irritada. Uma batida na porta interrompeu seus tortuosos pensamentos.
— Entre — disse, virando-se na banqueta para receber o visitante.
— Filha, o que ainda faz vestida assim? Anda, deve se trocar ou chegaremos tarde ao baile de Lady Ashton — disse sua mãe, com seu habitual tom queixoso, quando a viu.
Clarissa a observou por alguns segundos. Apesar de não ser uma jovenzinha, Honoria era realmente muito bonita: conservava seu cabelo loiro com apenas alguns cabelos brancos e sua figura graciosa e esbelta estava perfeita. Ela, como sua filha, era sua imagem viva. Eram praticamente iguais, com a diferença de que sua mãe não tinha olhos azuis, e sim eram de uma rara cor cinza esverdeada.
— Mãe, não posso ficar em casa hoje? — lhe perguntou, sabendo o que responderia.
— Clarissa, não o repetirei. Já perdemos bastante tempo indo visitar minha irmã em Bath, e então com tudo o que aconteceu com Nicholas. Esta é sua primeira temporada; quase se arruína e caímos em desgraça. E já que por um milagre tudo se resolveu, devemos aproveitar para conseguir-lhe um bom marido, está claro, filha? — terminou sua mãe, jogando um de seus olhares intimidadores.
— Sim, mãe. Estarei preparada — respondeu, reprimindo um grunhido exasperado.
— Bem, chamarei sua donzela. Use o vestido de cor lavanda — lhe ordenou Honoria e logo saiu. Suspirando frustrada, Clarissa assistiu sua retirada.
Por mais que tentasse, ela não poderia impor-se a sua mãe. Honoria tinha um caráter dominante e intimidante em partes iguais. Era uma mãe dedicada e presente, mas tinha uma tendência ao drama e ao exagero. Raramente sorria, porque tinha sido criada com as regras inflexíveis da etiqueta e o decoro da mais exigente linhagem inglesa.
No entanto, dava mostras de um grande senso de humor quando queria, e Clarissa pensava que secretamente desfrutava da atitude irreverente que sempre tinham Nick e ela. Sua família era composta por seu irmão mais velho e atual Duque de Stanton, Nicholas; seu segundo irmão Andrew, Visconde de Bradford; e sua mãe, Duquesa viúva de Stanton desde que seu pai tinha morrido, há oito anos. Seu irmão mais velho tinha se casado dois dias atrás, depois de ter protagonizado o escândalo mais brilhante dos últimos anos, quando fugiu com uma mulher comprometida, o que fez que, por pouco toda a família caísse na ruína social. Se não fosse porque finalmente se casaram dando relativa respeitabilidade a essa relação, e porque, para um Duque, poucas coisas não lhe eram perdoadas, a história seria outra: estariam sofrendo total ostracismo e nenhum sobrenome ou dote seriam suficientes para fazer com que um cavalheiro pedisse sua mão, ou até sequer se aproximasse, no caso.
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!