Julian Winter teve seu coração partido duas vezes.
E ele está cansado de sua família bem-intencionada tentando combiná-lo com mais uma debutante insípida. Sua atitude em participar de uma festa de inverno é de fato gelada até ele conhecer a convidada Caroline, uma viúva com um filho pequeno. À medida que o Natal se aproxima, Julian Winter descobre que há calor no seu coração, afinal.
Capítulo Um
30 de novembro de 1806, Londres
Maldita gardênia. O cheiro enjoativo da vela derretida misturado com o odor da flor branca preencheu a carruagem e o fez querer vomitar. Julian Winter puxou a cortina de couro para olhar a vista. Foi uma pretensão. Os dias do final do outono chegaram ao fim rapidamente. Não havia vista a ser vista. O sol havia deixado o céu para trás com a mudança de cavalos. Ele sentiu o frio através do vidro e imaginou que o ar estava fresco além dele, mas sabia que era improvável que isso fosse verdade. Eles haviam entrado nas ruas pavimentadas de Londres, se aventurando mais perto do coração da cidade e de seu rio, com sua umidade, fumaça e lixo. Os braseiros que pontilhavam as ruas produziam tanta fumaça quanto luz. Ainda assim, atraia aqueles que não tinham casa própria para se reunir em torno de seu calor. Como ele os invejava agora.
Um pigarro não muito sutil de dentro da carruagem interrompeu suas reflexões. Julian largou a cortina e lançou um olhar de soslaio para sua tia Harriet, que estava sentada no banco ao lado dele. Ele se perguntou o que ela faria com a filha e a amiga, mergulhada em mais perfume do que a cortesã mais ousada poderia usar. Ele imaginou que a mulher mais velha poderia mais tarde trocar palavras com a filha e a amiga, a Srta. Lydia Stonely, sobre a maneira correta de se comportar enquanto estivesse em Londres. Pelo menos, era o que ele esperava. A prima Margaret podia ouvir, mas ele tinha certeza de que Lydia apenas prestaria elogios aos conselhos dados a ela, não importa quão bem-intencionados fossem. Julian distraidamente passou a mão sobre o joelho. A lesão, embora curada, doía demais de vez em quando, principalmente quando o tempo mais frio começava. Pior ainda eram as lesões causadas por seu orgulho.
As mulheres que estavam sentadas na carruagem estavam cientes de seu mau humor e que já durava alguns meses. Mas como ficariam surpresas se estivessem realmente conscientes da sua causa?
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!