11 de agosto de 2025

Príncipe das Trevas das Terras Altas


O passado os mudou, mas seus corpos ainda lembram...
O que vai, volta… com a cara do diabo. May McIver conheceu o amor de sua vida bem cedo. Mas quando seu pai, o Laird, o manda para o exílio, tudo o que ela pode fazer é recusá-lo e permanecer leal ao seu clã e ao seu dever. Mesmo que a escolha de não o seguir parta dois corações em pedaços.E nenhum deles jamais será o mesmo. Iain era um soldado órfão do clã MacIver. Mas hoje ele é apenas Diabhal e certamente ninguém com quem se possa mexer. Todos os seus sentimentos e afeição estão agora mortos e enterrados, nas profundezas do solo do castelo McIver. Mas os demônios do seu passado ressurgirão das ruínas… Em breve, Diabhal terá uma segunda chance de se vingar da mulher que o empurrou para o lado negro. E, dado seu passado pecaminoso, esta será a mais fácil de suas missões. Enquanto tudo se desenrola de acordo com seu plano tortuoso, uma conspiração contra ele muda as regras do jogo. Como ele cumprirá seu propósito? E como May poderá encontrar o homem que um dia amou por trás do Diabhal em que ele se tornou?

Capítulo Um

May não se importava com o barulho das suas botas batendo nas pedras do corredor. O castelo fervilhava de atividade no auge da luz do dia de verão, mas o burburinho do lugar só deixava May com uma forte sensação de pavor.
Ela correu pelos corredores do castelo, apertando os braços contra o peito, apesar do calor do dia. May sentia o coração disparado e engoliu em seco ao virar o corredor rapidamente, tomando cuidado para não esbarrar em nenhum dos criados apressados que vinham na direção oposta.
— Desculpe — ela murmurou, enquanto andava ainda mais rápido e esbarrava no ombro de uma criada.
May podia ouvir os sussurros dos criados que a seguiam pelo corredor, todos fofocando sobre o que a faria estar com tanta pressa.
Não era segredo que seu pai estava doente. May sabia que a notícia se espalhava entre os funcionários do castelo sem parar, como um rio que não tinha nada para deter sua correnteza.
— A notícia é verdadeira? — perguntou May, ao entrar na sala.
A cena à sua frente parou assim que ela entrou. May olhou ao redor e viu que havia um curandeiro ao lado da cama de seu pai e vários criados espalhados pelo quarto.
— Deixem-nos — disse Alistair, erguendo a mão debilmente. Ela estremeceu ao ver o quanto seu pai havia enfraquecido, mas não foi o suficiente para abafar sua raiva.
May esperou o clique da porta antes de falar novamente.
— Quero saber se é verdade.
— O que é verdade, May? — ele questionou, e sentou-se lentamente, dolorosamente lento.
— Soube da notícia. Você vai me casar com um estranho e decidiu contar para o reino inteiro antes de me contar? — May disparou.
— Estou fazendo o que é melhor para o nosso clã — respondeu Alistair.
— Eu sei que as finanças estão ruins. Só não imaginei que você me casaria tão cedo. Fiquei surpresa ao descobrir isso por outras pessoas.
— Sinto muito que você tenha tido que ouvir isso dos outros, mas você sabe que isso aconteceria um dia. Um casamento de conveniência manterá nosso clã vivo.
May sabia que esse era seu destino, mas isso não tornava a tarefa mais fácil.
— Não posso fazer isso, não com a situação atual em que nos encontramos — seu pai balançou a cabeça.
— E fazendo isso, salvarei o clã? — May perguntou em um tom mais baixo.
— Sim, minha filha. Você vai fazer algo que vai ajudar a todos nós, eu prometo. Nossos fundos estão acabando, e eu não posso aumentar os impostos de novo, isso vai arruinar o nosso povo.
— Pai, o senhor está doente demais para tomar tais decisões. Já consultou seus conselheiros sobre isso?
— Sim, e me disseram para casar você em um casamento forte. Um que financiará nossas terras e nos permitirá prosperar novamente — Alistair tossiu enquanto falava.
May assentiu com a cabeça ao ouvir as palavras do pai. Ela sabia que um momento como esse iria acontecer, entretanto não estava preparada para isso.
— Gostaria que houvesse outra maneira — ela suspirou.
May notou que a tosse do pai não passava. A tosse persistia e o som ecoava pela sala, interrompendo a conversa sem piedade. Suas sobrancelhas estavam franzidas, a pele um pouco mais pálida do que o normal, e havia uma quantidade considerável de suor em sua testa.
— Curandeiro! 
 

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