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11 de dezembro de 2011
A Canção De Annie
Alex Montgomery ficou horrorizado ao descobrir que seu irmão forçou uma moça indefesa.
Atormentado pela culpa, Alex se casa com ela e pretende criar o filho que leva em seu ventre.
A pouco tempo do casamento, Alex descobre que Annie Trimble, a filha “boba” de um juiz
local, não sofre nenhuma incapacidade mental, mas sim padece de surdez.
Enquanto Alex aprende a comunicar-se com Annie, desperta uma parte inexplorada da moça e lhe mostra um mundo do amor.
Prólogo
Hooperville, Oregón.
Domingo 6 de abril de 1890.
Quando Douglas Montgomery estava sóbrio, sua companhia era suportável; mas quando bebia Alan Dristol sentia medo dele.
Alan não tinha explicação do porque. Que ele soubesse Douglas nunca fez nada verdadeiramente mal a ninguém.
Mas mesmo assim pressentia, sem poder evitar, que poderia chegar a fazê-lo. Este era um pensamento perturbador, pois obrigava Alan a examinar sua própria personalidade.
Se Douglas não lhe parecesse todo simpático, por que se relacionava com ele?
E, ainda mais, por que bebia com ele? Eram perguntas que Alan se fez milhares de vezes, e a resposta, embora não gostasse de reconhecer, era que não se atrevia a lhe dizer não...
Uma palavra tão simples como “não”!
Mas dizer a alguém como Douglas não era nada simples.
Depois de obrigar seu cavalo para que diminuísse o passo, Alan entreabriu os olhos frente ao forte sol matutino para observar as costas dos quatro companheiros que cavalgavam adiante dele. Douglas Montgomery, mais alto e largo de costas que outros, encabeçava o grupo.
Como querendo deixar em relevo sua autoridade, cravava com frequência as esporas no cavalo e sacudia continuamente as rédeas da pobre besta.
Alan quase sentia náuseas ao pensar em semelhantes maus tratos.
Era um cavalo obediente e não havia nenhuma necessidade de que Douglas o tratasse com crueldade.
Logo, Alan dirigiu o olhar para James Radwick, Roddy Simms e Sam Peck, os outros três jovens que estavam adiante dele.
Eram seus melhores amigos desde que se lembrava e acreditava conhecê-los quase tão bem como a si mesmo.
Suspeitava que temessem Douglas tanto como ele.
Que pena davam!
Na noite anterior esqueceram tudo o que alguma vez aprenderam para seguirem Douglas como obedientes cordeirinhos, ou como estúpidos escravos: foram com ele aos bordéis e logo afogaram os remorsos em álcool.
Mas as fortes dores de cabeça que sentiam naquele momento os faziam pagar caro por sua debilidade. Deus santo!
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