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24 de outubro de 2014

A Jornada

Série Knight's Bride
Costa Oeste da Escócia, 1340.
Vítima de um casamento violento, Iana, ao enviuvar, jurou nunca mais confiar seu destino a um homem. Mas Henri Gillet, herdeiro da dinastia Trouville, despertara seus desejos adormecidos e colocara em perigo sua férrea decisão.
Para Henri, o amor era simples; cumprir com as obrigações da nobreza, não.
E agora enfrentava um dilema imenso, pois embora lady Iana o tivesse salvo da morte certa, o passado dela, tão cheio de sombras e segredos, se interpunha entre ambos e ameaçava um futuro a dois...

Capítulo Um


Costa ocidental da Escócia, 1340.
Ao desembarcar, Henri Gillet pensou que a sua chegada à beira-mar não apaziguava em nada a amargura da sua primeira derrota.
Arrastou as suas longas pernas pela água, que lhe chegava até às coxas, e gritou por cima do ombro: - Paga a esse homem, Ev. 
O escudeiro atirou uma pequena bolsa de moedas ao pescador e avançou pela água gelada até onde o esperava Henri, na orla coberta de rochas.
- Onde estamos, senhor? - perguntou, a tremer de frio.
Embora se esforçasse para que a sua voz soasse tranqüila, Henri sabia que certamente o rapaz temia o que os aguardava. E para dizer a verdade, a ele acontecia-lhe o mesmo, embora não pelas mesmas razões.
Necessitava chegar a um lugar seguro para que o rapaz pudesse ter possibilidades de sobreviver. E no momento não estava certo de o conseguir.
Colocava com tranqüilidade um pé à frente do outro e procurava combater a dor. Depois de tudo, a ferida aberta exatamente abaixo das costelas doía menos que a ferida do coração. Tinha perdido tudo. Se morresse, teria que dar contas a Deus.
E se vivesse, a seu pai. Para ele não havia muitas diferenças.
Não porque esperasse dureza em nenhum dos casos, já que ambos o tinham tratado com benevolência até ao momento e voltariam a fazê-lo.
E isso seria muito pior que qualquer castigo que pudesse infligir-se. A derrota era, na verdade, um amargor desagradável.
Ele não a tinha causado. Pelo contrário, tinha feito todo o possível para a impedir. E no entanto, sentia-se de algum modo responsável por perder o que lhe tinham confiado. As vidas dos que o tinham seguido quando os chamaram à guerra.
Tinham-se afogado todos exceto o jovem Everand.
- Conheço este terreno, não estamos perdidos - tranqüilizou o escudeiro.
Sentiu uma ponta de culpa por ter arrastado aquele jovem para tão longe do seu lar, em Sarcelles, para lutar contra os ingleses.
E tinha estado quase a acabar numa sepultura marinha quando o seu barco se afundou perto da costa de Portsmouth.
O rapaz de catorze anos alargava o passo para não ficar para trás e mostrava-se ainda tão desejoso de servir o seu amo como um cãozinho. Henri moveu a cabeça perante o entusiasmo da juventude.
- Deveria descansar, milorde. A vossa ferida preocupa-me - o escudeiro não disse que Henri tinha começado a cambalear e dava mostras de fraqueza.
E este pensou que Everand Mercier era a personificação da compaixão e da lealdade. Por isso tinha escolhido o rapaz, o filho mais jovem de um falecido mercador de roupa, para o servir. Sabia que um dia seria um bom cavaleiro, apesar da sua estatura.
- Penso que há uma aldeia não muito longe, costa acima - disse. - Pararemos lá e enviaremos recado à minha família.
- Restam-nos poucas moedas para pagar a alguém que faça isso, milorde - informou Everand. - Não teria que cruzar quase toda a Escócia?
Henri deteve-se e tirou a corrente de prata que levava em torno do pescoço.
Tirou também o anel que levava no dedo e entregou ambas as jóias ao escudeiro.
- Se a morte se apoderar de mim, usa a corrente para pagar a alguém que nos leve de carro até ao castelo Baincroft, em Midlothian.
O barão de lá, lorde Robert MacBain, avisará o meu pai e ocupar-se-á do teu futuro.
Everand não discutiu nem se incomodou em argumentar que era impossível que morresse; sabia que podia acontecer. Limitou-se a assentir com a cabeça.
- E o anel, milorde? - perguntou.
Henri sorriu e colocou uma mão no ombro do rapaz.
- O anel é para ti. Dirás a lorde Robert e a meu pai que és meu filho.


Série Knight's Bride
1 - A Noiva do Cavaleiro
2 - O Pecado de Anne
3 - Ian's Gift
4 - A Escolha de uma Mulher
5 - Coragem de Mulher
6 - A Jornada

Coragem de Mulher

Série Knight's Bride
Mairi MacInness e um casamento arranjado com Robert MacBain, um lorde das Terras baixas, arrebatou-a para longe… para uma vida de aventura, paixão e um amor sem palavras.

Generoso de espírito e corajoso no campo de batalha, mesmo vivendo em um mundo silencioso, Robert MacBain tinha qualidades que qualquer um invejaria.
Ainda assim, faltava um amor intenso e verdadeiro na sua vida. Até que conheceu e conquistou a linda Mairi. Seria possível que algum dia ela pudesse ouvir e atender os sussurros apaixonados de seu coração?

Capítulo Um


Terras Altas, Escócia, Verão de 1335
O que ele estava fazendo naquele lugar? 
Não precisava de uma esposa tão desesperadamente, disse Robert MacBain a si mesmo. Contudo, ali estava, na estrada, no próprio âmago do desconhecido, naquelas colinas estranhas.
E para se casar com uma noiva que nunca vira, noiva que devia estar provavelmente mais apreensiva que ele com re lação a todos os aspectos daquele acordo.
Ainda assim, era obrigado a seguir em frente Thomas de Brus tinha viajado para muito longe e gastado metade de um ano para arranjar aquele casamento.
E fora obrigado a isso, de forma premente, porque sua irmã havia rejeitado Rob e rompido um noivado de toda uma vida. Rob não tivera coragem de recusar isso ao amigo e deixá-lo com essa culpa a lhe pesar nos ombros.
Agora, porém, desejava ter esperado que Thomas se recobrasse e caísse em si.
A data da chegada de Rob havia sido combinada, contudo. Sua noiva o esperava.
E assim, ali estava ele, encarando o único medo que poderia apavorá-lo.
O medo do desconhecido, a mate rialização de seus piores pesadelos.
Esse não era um medo que pudesse admitir em voz alta.
Nem uma coisa que pudesse evitar. Olhou ao redor e para cima, para os picos de um cinzento tenebroso que definiam as Terras Altas. Aquela região ameaçadora
parecia-lhe muito diferente das Terras Baixas, que ele chamava de lar.
Não guardava semelhança com qualquer dos vários lugares do continente que ele visitara, ao participar de torneios com seu Irmão, Henri,Rob não desejava estar naquele lugar, mas, apesar disso, seus aromas peculiares e a beleza inacreditável o fascinavam, Decidiu, por isso, que devia fixar-se nos aspectos favoráveis da viagem ao invés de em seus temores.
Será que sua noiva das Terras Altas condizia com o lugar em que habitava?
Seria assim tão diferente das mulheres que ele conhecera no passado? Iria atraí lo ou Pazê-lo sentir repulsa? Ou talvez provocar nele ambas as sensações, como a terra em que nascera?
A lâmina aguda da antecipação cortou-lhe as apreen sões, Embora não as dissipassem de todo, certamente fez, com que se tornassem mais suportáveis.
A mulher podia fazer tudo aquilo valer a pena. Thomas lhe afir mara que ela era muito bonita, tanto quanto apropriada,
Ele inalou profundamente o ar frio, seco e fresco das montanhas e balançou a cabeça para afastar as preocupações inúteis.
Gostasse ou não da jovem, ela seria sua esposa, Sua família e Thomas iriam parar de se preocupar com ele. Rob precisava ter um herdeiro.
Se não pudesse conseguir a pessoa adequada, deveria assim mesmo aceitá-la para esposa, já que Tom tivera tanto trabalho.


Série Knight's Bride
1 - A Noiva do Cavaleiro
2 - O Pecado de Anne
3 - Ian's Gift
4 - A Escolha de uma Mulher
5 - Coragem de Mulher
6 - A Jornada

A Escolha de uma Mulher

Série Knight's Bride
Lady Sara de Fernstowe advogou como seu o direito de casar-se com Richard Strode…O cavaleiro que a resgatara do abraço gelado da morte. 

No fundo de seu coração, sabia que ele seria capaz de passar por cima das cicatrizes que a marcavam e, corajoso como era, poderia entender seu coração de guerreira e compartilhar uma nova vida a seu lado! Ele acordou casado com uma estranha…e, segundo as ordens reais, assim, deveria permanecer! 
Jurou, porém, que não passaria de um casamento no papel apenas, e que não se deixaria envolver por aquela desconhecida. 
Contudo, como poderia manter-se fiel a seus objetivos de justiça e virtude se Sara de Fernstowe era a jovem nobre mais sensual e exótica da Inglaterra?

Capítulo Um

Inglaterra, século XIV, Northumberland, 1339
— Nossos agradecimentos por tornar a morte dele menos sofrida, lady Sara — disse o rei Edward suavemente, seus olhos azuis já toldados de tristeza. — Ele parece estar em paz.
Sara de Fernstowe sorriu, rodeando a cama, tendo nas mãos a bacia com as ataduras ensangüentadas e a ponta da flecha.
— Seu cavaleiro não está morto, senhor — ela assegurou, entregando o vasilhame para uma criada e encarando o rei. — Nem morrerá, se eu puder fazê-lo superar a febre.
O belo homem loiro que governava a Inglaterra abandonou sua postura real e inclinou-se ao lado da cama, o ouvido encostado aos lábios do cavaleiro, a mão sobre o ombro ferido de seu subordinado.
— É verdade, ele respira! Como é possível que meu médico tenha declarado que nenhuma esperança restava para este homem, e que você tenha salvado sua vida?
Sara gostava do rei, contudo sabia que diante de uma contradição, tal como aquela sobre a vida de seu cavaleiro, Edward III poderia se tornar tão ameaçador quando seu avô, o famoso "Canela Comprida". Deixou escapar uma ligeira risada, antes de arriscar uma conjectura.
— Talvez seu curandeiro temesse sua fúria se não fosse bem-sucedido em seus esforços, meu soberano. O senhor não deve culpá-lo. Como deve saber, poucos homens podem sobreviver a tal ferimento. — Continuou, sem medo de dizer a verdade: — Há uma chance de que eu também falhe, mas creio que isso não acontecerá. Ele resistiu à operação para a retirada da ponta de flecha mal deixando escapar um gemido de protesto. Aqui está um sujeito forte que suporta bem a dor. Eu diria que sofreu outros ferimentos a seu serviço, a julgar por suas cicatrizes.
O rei endireitou-se.
— Ah, você não sabe a metade, minha senhora. Agora são duas as vezes que sir Richard se colocou entre mim e o desastre. Da primeira vez, éramos camaradas, eu, nada além de um jovem rei inexperiente, e Richard, apenas um escudeiro. — Prosseguiu, deixando visível em sua expressão enlevada, o orgulho que sentia de seu cavaleiro. Era como se pudesse ver tudo de novo, na mente. — Três assassinos atacaram nosso acampamento, com a intenção de me matar. Quando o superior de Richard caiu em meio ao combate, este homem aqui tomou a espada do velho conde e liquidou os dois que restavam. Quase morreu, então, de um ferimento de espada em sua coxa.
— Ah, uma morte gloriosa para um jovem. Tomou-o a seu serviço, então?
— Felizmente, ou estaria deitado aqui agora, e você estaria cuidando de mim, ao invés dele. Richard deve ter percebido o arqueiro posicionado para atirar e recebeu a flecha destinada a mim. Então, ferido como estava, derrubou o patife e cortou-o pela metade. O que pensa de seu valor e de sua força?
Sara estudou a figura que jazia em sua cama. Ele igualava o colchão em comprimento. Se estivesse em pé, ela sabia que poderia rivalizar com o rei em peso. Se o peito dele não fosse formado por uma rígida massa de músculos, a flecha que o atingira teria sido fatal, na verdade. Sim, ele era forte, tanto quanto corajoso.
E belo. Ela notou os cabelos castanho-escuros, com um suave brilho avermelhado à luz das velas. Sua pele parecia macia e ligeiramente bronzeada pelo sol. Seus lábios sensuais, ligeiramente abertos, revelavam dentes brancos e perfeitos, e seu nariz era reto e sem quebraduras.
Se pelo menos pudesse ver seus olhos, talvez pudesse julgar melhor que tipo de homem ele era. Gostaria de saber.
— Que homem é ele para resistir a tais ferimentos? Corajoso? Rude?
O rei deixou escapar um suspiro alto e longo.
— Não, não Richard. 

Série Knight's Bride
1 - A Noiva do Cavaleiro
2 - O Pecado de Anne
3 - Ian's Gift
4 - A Escolha de uma Mulher
5 - Coragem de Mulher
6 - A Jornada

15 de janeiro de 2012

Tramas Da Paixão



Qual seria o verdadeiro Jonathan Chadwick ? 


O homem de inocência juvenil, ou o cínico sofisticado que desprezava a sociedade ? 
Quaisquer que fossem os mistérios que o envolviam. Kathyn Wainwright estava determinada a desvendá-os. Especialmente, quando suas perguntas incessantes acabaram por descobrir uma alma passional no homem a quem ela própria não pôde resistir. 
Jonathan Chadwick jurava que não podia existir mulher mais exasperante do que Kathryn Wainwhight. 
A escritora de uma ultrajante coluna de fofocas parecia obstinada a destruí-lo. 
Mas o desejo que se alastrava entre ambos estava se tornando impossível de ignorar ! 


Capítulo Um 


Londres, setembro de 1889. 
-Siga aquela carruagem! — ordenou Kathryn Wainwright enquanto seu cocheiro dobrava os degraus de sua própria carruagem e fechava a porta. — Certifique-se de que o homem que a conduz não perceba. Quando o ocupante chegar ao destino, prossiga casualmente sem parar. Tudo o que quero saber é aonde está indo. 
— Sim, senhorita — assentiu o criado, sentando-se de volta na boleia. 
Duas horas depois, eles passavam por um vilarejo minúsculo e de aspecto decadente. 
Um quilômetro e meio para além dos arredores do lugarejo, a carruagem à frente entrou por uma estradinha secundária por entre arvoredos. 
Kathryn soube que não poderia continuar seguindo-a sem revelar sua presença, e provavelmente seu propósito, caso a trilha incrustada de raízes não tivesse saída. 
Batendo no teto de sua carruagem, colocou a cabeça pela janela. 
— Prossiga até aquela colina, Thomas. Vamos ver se de lá é possível avistar até onde aquela estradinha leva. 
Quando a carruagem parou no alto da colina indicada, ela pôde, de fato, enxergar os arredores com mais clareza, munida de uma antiga luneta que fora de seu pai. 
Sob o luar, avistou um velho casarão que se situava numa grande clareira por entre os bosques. Não havia o menor sinal de luminosidade nas janelas, nem de moradores no lugar. 
Ficou observando até ver a carruagem dele parando diante da propriedade. 
Jonathan Chadwick desceu, falou com o cocheiro e, então, entrou na casa escura. Kathryn abriu um sorriso triunfante. 
Então, ali era o reduto dele! 
Já o havia seguido antes, mas sempre até uma modesta pensão localizada nas imediações do distrito teatral da cidade. 
E descobrira, depois de ter oferecido um pequeno suborno à senhoria, que ele raramente dormia lá, exceto nas noites em que se apresentava em algum lugar do centro de Londres. 
Chadwick desaparecia durante dias, às vezes por uma semana ou mais, contara-lhe a mulher. Agora ela sabia para onde o misterioso homem ia. 
Concluiu que aquela devia ser a casa de sua família. 
Mas, pelo aspecto deserto da propriedade, devia morar sozinho atualmente. 
A intuição avisava-a de que havia urna boa história ali. 
Talvez os rumores de que Chadwick era de uma família nobre empobrecida fossem verdadeiros. Ninguém parecia saber muito a seu respeito, exceto que fora um menino prodígio no passado, tendo se apresentado em excursões por toda a Europa. 
Então, quando se tornara adulto, desaparecera por completo. 
Havia retornado naquele verão, despertando a curiosidade e o interesse de todos. 
Os salões particulares de Londres e as salas de concerto lutavam para serem agraciados com sua presença, ao passo que o talentoso músico teimava em manter-se quase inacessível. 
A estratégia era das mais convenientes. 
Acabava aceitando apenas as ofertas mais vantajosas. 
Mesmo que sua música não tivesse sido tão maravilhosa quanto de fato o era, o mistério em torno do homem já seria por si só o bastante para torná-lo disputado. 
Sim, havia um grande e antigo mistério envolvendo Jonathan Chadwick, e ela estava determinada a desvendá-lo. 
Entusiasmada com tal perspectiva, sabia exatamente o que tinha que fazer.
— Dê meia-volta, Thomas, e vamos até o vilarejo. Veremos se há alguma hospedaria lá. 
E, de fato, havia uma, um pequeno sobrado quase em ruínas. 
A tabuleta pendia precariamente de correntes desiguais, anunciando: Hospedaria Pata de Coelho. Kathryn desceu depressa da carruagem, entrou e alugou um quarto para si, o único particular disponível. Thomas Boddie, seu cocheiro, protestou num sussurro: 
— Não pode ficar aqui, srta. Kathryn. Olhe para o lugar! Aposto que é um pulguedo. — Olhou ao redor com uma careta e coçou o braço para reforçar o aviso. 
— Ora, Boddie, não me diga que está ficando sensível com a idade. — Ela riu ao ver-lhe a expressão indignada, que o fez parecer ainda mais jovem que os seus vinte e quatro anos. Aguardou até que o dono da hospedaria desaparecesse rumo ao andar de cima, para trocar a roupa de cama, antes de tornar a falar: 
— Quero que me traga um dos cavalos da carruagem depois que estiverem descansados e alimentados. Ah, e me empreste as suas calças.
— As minhas calças, senhorita? 
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3 de maio de 2011

A Noiva do Cavaleiro

Série Knight's Bride
Logo antes de morrer, Lorde Tarvish Ellerby pede a Alan de Strode que faça chegar às mãos de sua esposa, Lady Honor, seus últimos desejos.

Na carta, Tarvish pede a Honor que se case com Alan.
No início, ela repudia a idéia com todas as suas forças.
Mas Honor tem de tomar uma decisão logo, pois, além de ter de evitar as investidas do cruel Conde de Trouville, ela está grávida de oito meses.

Capítulo Um

Castelo Byelough 28 de junho de 1314
— Eu vi a morte no olhar dele, Milady. Lord Hume jamais aceitará o casamento.
E que Deus a ajude se o Conde de Trouville acabar se envolvendo.
Lady Honor Ellerby lutou contra a onda alarmante que ameaçou tomar conta dela diante das palavras do mensageiro.
Precisava permanecer calma e ponderar o que fazer a seguir.
Será que seu pai seria capaz de encontrá-la neste castelo fronteiriço pouco conhecido? Será que ele se lembrará de sua afabilidade para com Tavish Ellerby, quando os dois se conheceram na corte francesa?
Neste caso, ele com certeza adivinharia para onde ela fugira.
Como mais de um ano já se passara, Honor começara a ter esperanças de que ele havia desistido da busca.
Devia saber que isso não poderia ser verdade, visto que ela era sua única herdeira.
Se Tavish não conseguisse rechaçar as forças de Hume, ela poderia ser forçada a retornar com ele. Seu casamento com certeza seria anulado.
Afinal, ela havia roubado e alterado os documentos que o pai preparara, nomeando o Conde de Trouville seu prometido. Mesmo agora, bastava ela pensar naquele homem para estremecer.
Trouville viera à casa de seu pai, menos de três dias após a morte de sua segunda esposa, para exigir a mão de Honor.
Depois de passar quase uma semana trancada sem comida e com pouca água, Honor relutantemen¬te assinara os contratos que seu pai providenciara.
Do seu ponto de vista, isso com certeza representava coerção e não poderia ser lícito.
Mas desde quando parentes do rei precisam respeitar as leis?


Série Knight's Bride
1 - A Noiva do Cavaleiro
2 - O Pecado de Anne
3 - Ian's Gift
4 - A Escolha de uma Mulher
5 - Coragem de Mulher
6 - A Jornada

8 de junho de 2009

O Pecado de Anne

Série Knight's Bride
Ela era tudo o que ele sempre desejara...

Quando Edouard Giílet, o conde de Trouville, casou-se com a bela lady Anne de Baincroft, pensou que havia encontrado tudo o que desejava da vida.
Mas sua paixão, abertamente declarada do alto das ameias, seria correspondida pela esposa?
Ou o segredo que ainda existia entre eles seria capaz de destruir a tão almejada felicidade?
Por mais que isso a fizesse sofrer, Anne rezava para que Edouard deixasse a Escócia e voltasse para a corte francesa. Quanto mais tempo ele ficasse, maior o risco de descobrir que o enteado não era o que parecia ser... e ela sabia que o poderoso conde jamais aceitaria menos do que a perfeição!

Capítulo Um

França, verão de 1318

— Você precisa se casar outra vez, e eu tenho a mulher perfeita para você.
Edouard Gillet, o conde de Trouville, por pouco não perdeu a paciência com a impertinência do barão. Aquilo era só o que faltava para coroar um dia totalmente desastroso…
— Já tivemos essa conversa há quatro anos, Hume. E, se me lembro bem, não teve um final feliz.
Edouard esporeou Bayard e saiu na frente a galope. O calor diminuía à medida que rumavam para o norte, mas o suor não dava trégua sob a pesada armadura.
Pelo menos Edouard não estava carregando seu escudo. E ainda por cima tinha que suportar a irritante presença de Hume, Uma esposa… francamente! Ele só podia estar louco por lhe sugerir uma coisa dessas.
Dairmid Hume adiantou sua montaria e emparelhou novamente com Edouard, indiferente à contrariedade do companheiro.
Com um movimento de cabeça, indicou o garoto Henry, que ia na frente em seu cavalo.
— O rapazinho está precisando de uma mãe para ensinar-lhe boas maneiras.
Se não me engano, milorde, o senhor já passou dos trinta anos, e a tendência é ficar mais velho, não o contrário! Edouard forçou um sorriso.
— Você é um primor de delicadeza, Hume. Não sei como sua cabeça ainda está em cima do pescoço. Barão escocês, o insuportável Hume era casado com uma nobre francesa e fazia muito tempo que era responsável pela comunicação entre o rei da França e Robert I da Escócia.
A função de mensageiro caía-lhe como uma luva. Hume era capaz de qualquer coisa para manter sua posição na corte.
Exatamente como quatro anos atrás, o barão estava bastante interessado na ligação que havia entre Edouard e o rei Philip e em como poderia tirar proveito dela.
O que ele não sabia era que Edouard acabara de ser banido da corte por seu primo da realeza. A ordem não fora oficial, mas quando o rei ficava vermelho de raiva e gritava "Saia da minha frente!", era melhor não insistir.
Não que tivesse sido um grande golpe para Edouard.
Embora tivesse passado a maior parte de sua vida na corte, a mudança viera em boa hora para ele, por mais desagradáveis que fossem as circunstâncias que a causaram.
O conde de Trouville, conselheiro e estrategista do rei, lutaria e morreria pela França, mas jamais se infiltraria na corte inglesa como espião, como lhe fora sugerido. Philip não deveria ter-lhe pedido uma coisa dessas.
O rei encontraria um meio de puni-lo por rebeldia, e isso não demoraria a acontecer. Edouard já estava preparado para o pior.
Deixar a corte não seria suficiente, talvez tivesse de sair da França.
E era por essa razão que estava indo para o norte com seu filho e dois outros cavaleiros. No caminho, haviam encontrado Hume e dois vassalos, o que em nada contribuiu para melhorar seu ânimo.
A única vantagem era que, com o outro grupo, o número de homens subia para sete, o que representava uma segurança maior contra o ataque de bandidos.
Edouard se dirigia para o litoral, onde aguardaria as ordens reais. Ele não fazia ideia de que planos o rei tinha para ele. Talvez fosse apenas demitido de seu cargo de conselheiro, mas também era possível que perdesse o direito às suas pro¬priedades, uma consequência bem mais séria. E na pior das hipóteses, seria acusado de traição


Série Knight's Bride
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2 - O Pecado de Anne
3 - Ian's Gift
4 - A Escolha de uma Mulher
5 - Coragem de Mulher
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