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6 de outubro de 2010
A Marca
Troy, capitão do exercito inglês cai prisioneiro dos franceses.
É confinado em uma remota prisão. A sua cela chegam duas mulheres. Mulheres que colecionam homens e Troy fará parte dessa coleção.
Em um ato degradante, ele é marcado a fogo como propriedade de Lillian.
Um ano mais tarde Troy e Lillian se encontram em Londres, em circunstâncias muito diferentes... tão diferentes que se verão unidos em um matrimônio que nenhum dos dois deseja.
Capítulo Um
França, Outono 1804.
O chiado das portas foi o que o alertou primeiro. Nesse fedido e escuro inferno onde estava encarcerado, um som significava alimento no melhor dos casos e os passos do carrasco no pior.
Mas para então, a maioria dos homens tinham estado aqui por tanto tempo que eles davam boas-vindas até a isso.O som dos corpos se arrastando ao redor dele significava que seus companheiros de prisão estavam despertando?
Ambos, o alimento e o carrasco era melhor receber de pé, embora que só fosse para tirar dos guardas da prisão o prazer de transportar a um puxando dos pés.
Cansado, Troy ficou de pé, ignorando seu pé esquerdo.
A dor ali foi uma companheira constante desde que sua última batalha, quando um golpe havia o alcançando em sua coxa, derrubando e o deixando vulnerável quando o tomou prisioneiro. Trazendo-o aqui.
Distante coçou sua barba espessa, que estava escura com a sujeira.
Uma pulga foi esmagada sob a pressão de dois de seus dedos calosos, suas unhas quebradas, e foi esquecida sem nenhum pensamento consciente.
Muito tempo. Passou muito tempo desde que foi preso aqui.
Perdeu a conta dos dias, das semanas e dos meses que formando um buraco negro onde se transformou em uma eternidade.
Uma maldição eterna.
Havia um rumor de que a guerra terminou que Bonaparte estava vencido.
Não era o costume liberar os prisioneiros de guerra em caso de uma derrota?
Se ele tivesse sido um oficial, eles provavelmente pedissem um resgate antes disso. De fato, ele fora um oficial, pareceu recordar, mas não estava vestindo seu uniforme normal nessa última batalha.
E fora tratado como um soldado comum arrastado a uma prisão, e jogado em companhia de ladrões e assassinos, e esquecido junto com eles.
Uma prisão pequena no fim do mundo, a beira do mar? Era aí que estava?
Não podia confiar em suas lembranças nesse aspecto, não podia estar seguro se o rangido em seus ouvidos durante o deslocamento na parte traseira desse carro tosco era o som das ondas ou apenas o de seu próprio sangue.
À medida que o chiado se fez mais ruidoso, seu vizinho afundou seu cotovelo nas costelas de Troy, causando as correntes que os amarravam à parede se entrechocaram a contraponto.
—Ei, homem — o homem murmurou em francês grosseiro,— O que pensa que será hoje?
Troy deu de ombros.
O outro prisioneiro lambeu seus lábios cinza.
—Chicotadas? passou algum tempo desde que tivemos um desses. Gratien estará impaciente a esta altura. Desejando nosso sangue. — Uma luz estranha entrou em seus olhos.
Troy a viu muito frequentemente para sentir-se perplexo.
Sim, devia ser chicotadas, todos seriam reunidos no pátio pequeno para observar o espetáculo.
Os prisioneiros gostavam das chicotadas. Significavam uma interrupção da vida cinza em suas celas.
Gratien apareceu, arrastando os pés pelo corredor entre as celas.
Parecia uma brincadeira do destino que um homem cujo nome significava "satisfazer" se transformasse em um espécime baixo, de pele-vermelha com cabelo amarelo opaco, sua respiração que saía ofegante de seus pulmões.
Entretanto quando Gratien descia ao coração de sua prisão, ninguém se atrevia a rir dele.
Todos os homens temiam seu caráter violento.
Esta vez, entretanto, não vinha sozinho.
Quando os homens viram quem estava caminhando atrás dele, alta e elegante como a morte, um murmúrio se expandiu entre eles como se uma pedra tivesse sido jogada em um lago escuro e profundo.
—A Viúva Negra.
—Silêncio! — O punho do chicote de Gratien golpeou contra as barras antes que virasse para fazer uma breve inclinação.
—Aqui está, senhora.
Ele parou frente à cela de Troy.
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